O GLOBO:
Itália prende 16 juízes que recebiam dinheiro da máfia.
Ao todo 60 pessoas foram detidas; premier Mario Monti vem combatendo a sonegação fiscal.
ROMA — Dezesseis juízes de assuntos tributários de Nápoles recebiam dois salários. Um do Estado italiano, cada vez mais pobre. Outro, da Camorra — uma das maiores redes da máfia italiana — cada vez mais rica.
A Guarda de Finanças (polícia especial de delitos econômicos) os deteve nesta manhã junto com um elenco variado de industriais, funcionários, pessoas de alto escalão e até um advogado de renome que dava aulas em uma universidade. No total, 60 foram detidos por colaborar com um dos clãs da máfia napolitana, o dos Fabbrocino, na lavagem de dinheiro para envio a paraísos fiscais de Liechtenstein, Luxemburgo e Suíça.
A operação volta a demonstrar até que ponto a máfia tece suas redes desde a esquina onde se venda a droga ou se decide qual músico toca diante de um restaurante, até os despachos do Ministério da Fazenda. Passando, claro, pelos homens de negócios. Empresários da construção, do turismo ou da alimentação foram detidos na operação.
E o que acaba por ser mais importante, perderam o butim. A Guarda de Finanças, em colaboração com fiscais da Direção Geral Antimáfia, confiscou terrenos, edifícios, veículos, contas correntes e ações. Segundo as primeiras estimativas, um total de 1 milhão de euros (R$ 2,4 milhões) foram apreendidos. Dos 60 detidos, 22 já estão na cadeia, outros 25 ficaram em prisão domiciliária e os demais não vão poder abandonar a região de Nápoles. As acusações vão desde lavagem de dinheiro oriundo do crime até a corrupção em atos judiciais.
O premirer Mario Monti, que chegou ao poder em 2011, vem turbinando a Guarda de Finanças. Reuniu-se há algumas semanas com a cúpula da polícia financeira para oferecer o seu apoio e mandar uma mensagem à população: “a luta contra a evasão fiscal é ineludível. É uma questão de equidade. Se cada um declarar o que deve, a pressão do fisco será mais leve sobre todos.”
O objetivo, segundo analistas, não é tirar apenas dinheiro dos grandes mafiosos, mas também a fama de invencíveis e até mesmo de imprescindíveis para o funcionamento do país. Essa imagem que, unida ao medo que infundem, fazia de seus negócios os mais lucrativos.
De toda forma, e enquanto a luta moral ocorre, Mario Monti parece ter aprendido que Alphonse Gabriel Capone, mais conhecido como Al Capone, pegou 11 anos de cadeia nos Estados Unidos por evasão fiscal, e não por sua dilatada trajetória criminal. É a lei seca à lavagem de dinheiro na Itália da crise (Fonte).
Juntos Somos Fortes!
2 comentários:
vamos inaugurar um novo ramo de negócios com a ITÁLIA,importação de magistrados,pois os daqui sinseramente,não dão conta do recado!!!mas os magistrados que estão prendendo os corruptos,se não sabe comoe que é,a gente acaba trazendo concorrencia pra cá....kkkkk
O brasileiro é tão corrupto que, ao invés de importar o know-how desse premier, preferiu importar um terrorista e assassino de lá...
Postar um comentário