JORNAL EXTRA:
Blindados da Polícia Civil estão parados por falta de manutenção e tropa de elite da instituição fica desprotegida.
Paulo Carvalho
Os policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) são a tropa de elite da Polícia Civil do Rio. Mas estão a pé e desprotegidos na hora de entrar em favelas dominadas pelo tráfico ou apoiar operações de delegacias. Há pelo menos oito meses, os dois veículos blindados da especializada não sabem o que é entrar numa comunidade: estão estacionados com problemas no pátio da Core, ao lado do prédio da Chefia de Polícia Civil, no Centro do Rio. Na Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), o blindado também está parado.
Na sexta-feira passada, o inspetor André Ximenes, de 42 anos, que chefiava uma equipe de 11 homens da Core numa operação — sem blindados — na favela de Manguinhos foi atingido nas duas pernas por um tiro de metralhadora disparado por um traficante. Durante 50 minutos, ele perdeu sangue, encurralado pelos bandidos, até conseguir auxílio de um blindado do 22º BPM (Maré), que resgatou os agentes.
A vulnerabilidade das equipes nas ruas fazem com que outros veículos, como as picapes, fiquem avariados durante confrontos. Duas delas estão quebradas e fazem parte do cemitério de carros avariados que se tornou o pátio da delegacia.
A operação em que Ximenes foi baleado fazia parte de um projeto da Polícia Civil de pacificar a região que será ocupada pela Cidade da Polícia, perto de uma das entradas do Jacarezinho.
Ximenes foi baleado nas esquinas da Avenida dos Democráticos com Dom Hélder Câmara, por volta das 19h30m da última sexta-feira. Dois bandidos passaram pelo local armados com uma pistola. Eles jogaram o veículo no meio da rua e fugiram. Quando os policiais tentaram recuperar a moto, foram atacados.
De acordo com informações dos próprios agentes da Core, o blindado mais antigo passa por problemas na parte elétrica. Já o modelo mais novo, criticado pelo seu tamanho por não caber em vielas, está com os pneus em péssimas condições de uso. A situação chegou a tal ponto que as equipes da Core estão evitando realizar operações à noite, por não terem os carros blindados no apoio.
— Foram momentos em que eu achei que fosse morrer. Depois de baleado, me escondi num barraco e vi tiros passando pela nossa cabeça e granadas sendo arremessadas pelos bandidos. A todo momento eu pedia apoio pelo rádio. Foi preciso que um blindado da Polícia Militar chegasse para que conseguíssemos sair da favela. Perdi muito sangue enquanto esperava pela ajuda. Se estivéssemos com o blindado, poderíamos ter saído mais rapidamente da favela. No hospital, ainda ouvíamos os traficantes dando tiros para o alto, como se estivessem comemorando o fato de terem baleado um policial durante o confronto. Os bandidos estavam posicionados em cima das lajes. Isso foi o que complicou tudo, porque eles eram uns 50 e nós, apenas 11 — contou Ximenes ao EXTRA (Leiam).
Juntos Somos Fortes!
Um comentário:
ué porquê não pediu apoio a pm?amigo segura tua viola,proporcionalidade é a primeira coisa que se aprende em qualquer curso de segurança! quem te obrigou a ir? foi o dever? se eram 50,vc,deveria entrar com 100,ah não tem? não vá. deixa que o bope vai.cuida dessas pernas amigo,quando se aposentar vai precisar para pescar,um abraço.
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