domingo, 25 de dezembro de 2011

REFORMA DAS POLÍCIAS - COMENTÁRIOS - PROPOSTAS.

Os nossos comentaristas estão externando suas idéias nos comentários sobre a unificação das polícias e sobre o fim do concurso externo para delegados, tenho acompanhando com atenção e estou evitando comentar  de propósito, considerando que quero fazer uma proposta. 
Consideremos hipoteticamente que o Rio de Janeiro é um país, portanto, podemos alterar o seu sistema policial. Sabemos que tanto a polícia ostensiva (Polícia Militar), quanto a polícia investigativa (Polícia Civil), são ineficientes no Rio de Janeiro. Partindo dessa verdade respondamos aos seguintes questionamentos:
1) A Polícia Militar é improdutiva em razão da sua organização militar? Por que?
2) A Polícia Civil não é organizada militarmente, porém é tão ineficiente quanto a Polícia Militar. Qual é a causa (s) que tamanha ineficiência da nossa polícia investigativa?
3) Desmilitarizando a Polícia Militar, como será organizada a nova Instituição?
4) Como será organizado o sistema policial do Rio de Janeiro como um todo?
Juntos Somos Fortes!

20 comentários:

Anônimo disse...

O sistema atual está ultrapassado, posso dizer isso, mas qualquer outro que venha a suceder, continuará a ser uma MERDA se pagar o péssimo salário atual. Então passe a pagar um bom salário com o que aí está que tudo vai melhorar, senão só vai ter ladrão em ação ou bandido oficializado.

Anônimo disse...

Prezado Paul,

Estou aproveitando este espaço em cima deste tema tão importante, pq quero que todos leiam o que o Mario Sergio me fez.

Um abraço.


Ex- Comandante Mário Sergio,

Na verdade, eu queria te encontrar para dizer algumas verdades, porém, como estou morando em Porciúncula, acredito que isso não será muito fácil.
O primeiro assunto, refere-se aquela frase que disse ao assumir o Comando da PMERJ: Acabou a era da antiguidade, chegou a era da competência, numa clara ofensa aos Coronéis mais antigos. Veja bem garoto, você tem idéia de quantos incompetentes foram nomeados para comandar OPM na sua gestão, incluindo o 7º BPM? Você tem idéia de quantos Coronéis antigões competentes mandaste embora, inclusive, que fui um dos melhores nomes que já passou pela Corregedoria, mas nomeou um CEL PM para Diretor, sem cultura jurídica e que nunca teve qualquer experiência por lá?
Seguindo adiante, agora vamos ao mais importante: Você me deu um bico na canela, para não dizer em outro lugar, e fui parar na letra, pondo fim a minha carreira, no entanto, em 2007, por apreço a sua pessoa, esqueceste da ajuda que te dei naquele episódio envolvendo CEL FERNANDO, Ex-DGP, o qual o participou, por ter cometido, em tese, uma indisciplina com o próprio, ao proteger um tenente do BOPE, ocasião em que este teria se envolvido num entrevero com o referido Oficial Superior, na fila do kkITAU, do HCPM. Diante da situação, num MOMENTO de DESESPERO, COMPARECESTE ao antigo CmdoUOpE para pedir a minha ajuda, tendo, incontinenti, comprado a sua briga e, junto com o CEL CAMILO, o qual coaptei para o meu lado, te livramos de uma situação bem complicada e da perda do Comando daquela Unidade, APESAR DE TODA A PRESSÃO que o Fernando vinha fazendo com o CMT GERAL, à época.
No final de tudo, lembra, você saiu ileso e o seu tenente também, inclusive, dei a vocês dois toda a orientação jurídica sobre o fato, incluindo a impetração de um provável HC junto a AJMERJ, caso fosse necessário. E eu, com toda a consideração que tive com você, num momento difícil da sua vida, o que ganhei com isso? Repito, um bico na canela mais tarde e, infelizmente, a inimizade do Cel Fernando, gente boa toda vida.
Finalizando Mário Sergio, o que você fez comigo dá-se o nome de INGRATIDÃO, coisa que uma pessoa, mesmo pouco sensata, por dever moral, jamais deveria fazer com qualquer outra.
Sem mais para o momento, sem esquecer que bebeste o próprio veneno ao proferir aquela frase, deixo o resto para a sua consciência, mas acredito que se um dia passar por mim, vai abaixar a cabeça ou então olhar para os lados e fingir que não me viu, aliás, seria tudo isso mesmo que gostaria que fizesse.

Cel RR Corrêa

Anônimo disse...

seria mt facil adotar o modelo de polciia americano

daria para juntar as 2 policias e não mudaria mta coisa

vai um artigo em ingles sobre a organização da olicia de los angeles: http://en.wikipedia.org/wiki/LAPD#Office_of_Administrative_Services

Anônimo disse...

FIm da PM! Oficiais postos em disponibilidade!

Mudança constitucional com Guardas Minucipais fortalecidas e recebendo os prças com salário no mínimo triplicado

Policia Civil já mostrou que é capaz de atingir todas as esferas de poder! Logo basta uma faxina nos corruotps e independecia politica e funcional com eleição para Chefe de Polícia e lei organiza com NO MINIMO 300 procento de aumento para tiragem!

O Estado manteria uma pequena parcela , uma instituição desmilitarizada no modelo da guarda para atuar e casos extremos! Estilo BOPE e CORE!

A PM não é só desmilitarizada, ela é desnecessária! A guarda municipal forte e bem remunerada, demonstraria a total desnecessidade da PM!

Facil!

Anônimo disse...

Enquanto isso o policial recem formado e que já atua, fazendo prisões, abordando suspeitos, mostrando a cara realmente, continua desarmado em seu horário de folga porque administração de sua unidade perde os documentos de pedido de compra de arma ou simplesmente engaveta-o. Para adquirir a arma o pilicial precisa de autorização para compra (vinte dias utéis), após ela sair e de posse da nota fiscal da arma que ele tem que pagar adiantado, da entrada no craf (três meses), ou seja, ele já comprou a arma e não pode retirá-la da loja até o craf sair, após adquiri-lo volta a loja para retirar a sua arma, volta a administração e pede para incluir no seu RG o número da arma. Pronto (sete meses depois de formado) agora ele pode se defender.
ATÉ QUANDO??????????

Eussnes

Anônimo disse...

1) Sim < pq é modelo anacronico, que so obecede a POLITICA e pelos baixos salarios, além de tratar o cidadao coomo o "inimigo" pela arcaica estrutura militar!

2)A PC já deu demonstrações que sabe ser eficiente. Vide ELUCIDACAO da MORTE DA JUIZA, investigação de BICHEIROS, de escritos de Beira-mar, etc. A ineficiencia decorre da falta de autonomia, da POLITICA e da carencia estrutural e defasagem salarial. Triplica-Se o salario da tiragem, compra-se o material necessario, lei organica com autonomia e independencia funcional de Delegados com Chefe de Policia ELEITO pelos pares com mandato de BIENIO!

3) Oficiais postos em disponibilidade com soldo proporcional ao tempo de contribuiçao. Mudança Constitucional com a Guarda Municipal (que ja e desmilitarizada e mais proxima e benquista pelao população" assumindo a função da PM com efetivos proprocionais e triplo do salário!

4) cria-se um modelo enxuto de unidade de Elite (BOPE-CORE) para intervir e apoiar qdo necessário. Uma espácie de SWAT! Sem autonomia! Sempre em auxilio as Guardas ou nas Operações de investigação da Policia Civil que demandem isso (ex. favelas)


Pronto! Muito facil! Economia aos cofres e GARANTO que a POPULACAO AOPIARIA mais que 100 porcento!!!

milton disse...

Comandante,penso que apenas a unificação das policias não produziria mudança substancial.O que realmente daria resultado seria o acompanhamento diuturno em todas as dps e unidades militares de membros do MP e o funcionamento de juizados de plantão pelo menos em cidades mais populosas,os quais ficariam responsáveis por jurisdições mais amplas.Assim acontece na maioria dos paises desenvolvidos,conclusão,todo o mundo bota a mão na merda e se compromete cada um na sua área com as investigações, tendo a corroboração da justiça e os atos ilegais e as medidas corretivas de menor porte,juntamente com a coibição dos desvios de conduta sendo prontamente repelidos pela autioridade judicial.

Anônimo disse...

O problema do Militarismo Policial adotado aqui é além da falta de logística e estrutura,somando aos baixos salários,é que o Militarismo fabrica muito inútil.Por exemplo de Capitão para cima não vai mais para as ruas por ser Of intermediário ou superior.Se reunirmos no QG todos os oficiais superiores,teria a noção de quantos homens estão enfurnados nos quartéis que poderiam sair para as ruas.É muita seção desnecessária com um efetivo considerável.Em um DP só tem um chefe o Del Pol,na PM é muito cacique inútil.Coloca um fuzil na mão de cada um OF superior,e vocês veriam quantos GATs daria para montar.Feliz Natal.

Anônimo disse...

CEL. PAUL.
SAIU A NOVA TABELA SALARIAL PMERJ/CBMERJ, SAIBAM QUE SERÁ MENOS DE (05) CINCO REAIS MENSAL. CONTINUA A ESCRAVIDÃO. VEJA O JORNAL EXTRA.

Anônimo disse...

Boa noite Cel.Paul acabou de sair uma reportagem no canal 13 sobre a prisão dos bicheiros pela P.C, mostraram os cartões de natal recheados de dinheiro com nomes de Oficiais da PMERJ, o senhor poderia comentar o assunto? Será que eles vão ser excluidos? Sera que é invenção da P.C ?

Anônimo disse...

Censurando comentários?? pq?? Não foi NADA ofensivo a ninguem! o Sr não gosta da liberdade de pensamento e opiniao??? Postamos , em colaboração ao dialogo e pelo bem da sociedade e do interesse publico pela 5 vez!!!


1) Sim < pq é modelo anacronico, que so obecede a POLITICA e pelos baixos salarios, além de tratar o cidadao coomo o "inimigo" pela arcaica estrutura militar!

2)A PC já deu demonstrações que sabe ser eficiente. Vide ELUCIDACAO da MORTE DA JUIZA, investigação de BICHEIROS, de escritos de Beira-mar, etc. A ineficiencia decorre da falta de autonomia, da POLITICA e da carencia estrutural e defasagem salarial. Triplica-Se o salario da tiragem, compra-se o material necessario, lei organica com autonomia e independencia funcional de Delegados com Chefe de Policia ELEITO pelos pares com mandato de BIENIO!

3) Oficiais postos em disponibilidade com soldo proporcional ao tempo de contribuiçao. Mudança Constitucional com a Guarda Municipal (que ja e desmilitarizada e mais proxima e benquista pelao população" assumindo a função da PM com efetivos proprocionais e triplo do salário!

4) cria-se um modelo enxuto de unidade de Elite (BOPE-CORE) para intervir e apoiar qdo necessário. Uma espácie de SWAT! Sem autonomia! Sempre em auxilio as Guardas ou nas Operações de investigação da Policia Civil que demandem isso (ex. favelas)


Pronto! Muito facil! Economia aos cofres e GARANTO que a POPULACAO APoiARIA mais que 100 porcento!!!

Anônimo disse...

Segurança Pública não é só polícia. Trata-se de um sistema que envolve advogados criminais, legislação, Justiça Criminal, Ministério Público, Sistema Prisional, polícias etc.
Querer tratar do tema apenas falando de polícia é o mesmo que dizer para comprar pneus novos para um carro velho e tudo está resolvido, ou que basta o avião ter um painel de instrumentos somente e está apto a voar.
Não quero ser pessimista mas, alguém com uma certa idade que tenha visto o Trânsito do Rio operado pela PM e depois operado pelas prefeituras pode informar se possuem a mesma sensação de haver piorado ou foi somente fruto da péssima Engenharia e do aumento de carros?

Anônimo disse...

OPERAÇÃO FORA CABRAL JÁ,INTERVENÇÃO FEDERAL NO CBMERJ JÁ,DESMILITARIZAÇÃO DO CBMERJ JÁ.

Anônimo disse...

FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL,FORA CABRAL

Anônimo disse...

Muitos comentários passaram a ser postados por pessoas sem conhecimento algum de causa, apenas ódio no coração. Nem mostrando na TV o cara acredita. Oficial de capitão pra cima não vai pra rua?
Só eu fiquei duas vezes na praia de Copacabana de 31 para 1º como major, cansei de comandar operação e tirar supervisão como capitão e major. Outro dia quem terminou uma ocorrência com refém disparando na testa do malandro não foi um major?
No extra de carnaval quem comanda e supervisiona o policiamento?
Para conhecimento, os capitães, majores e tenentes coronéis (excepcionalmente coronéis) concorrem a escalas de supervisão e de comando de operações compatíveis ao seu posto.
Pegar um fuzil e ir para a rua é mais ou menos como na delegacia o delegado sentar na cadeira do escrivão e passar a transcrever os relatos de ocorrência.
Não me parece razoável que a Wolksvagen melhore sua produção de automóveis se cortar os gerentes de setor ou seus diretores e os mandasse apertar parafusos na linha de produção...

Anônimo disse...

27 de dezembro de 2011 18:57

Concorrer escalas de supervisão,é um árduo serviço oficial,como se isso não fosse a função e obrigação dos oficiais,trocar tiros em Manguinhos, Jacarezinho,Vila Vintém,e outras se eu enumerar aqui,não terá espaço,é outra coisa,caro oficial,você como a maioria de seus pares,nunca deve ter dado um tiro,a grande maioria não sabe o que é isso,quer falar daquele major que deu um tiro,como se isso fosse costumeiro,na verdade acontece de 1000 e 1000 anos,que está na linha de combate são os verdadeiros policiais,os praças,você dá exemplo do caso do major,só isso que pode citar como exemplo?
Alguém aqui já viu na televisão acontecimento de oficial baleado ou morto em serviço?É igual a cabeça de bacalhau ninguém nunca viu!Nem serviço de Oficial de dia os oficiais tiram,quem concorre a escala são os subtenentes,o que é um absurdo,e você vem falar que as pessoas tem ódio no coração,não se trata disso oficial,o que acontece é que todos já estão cansados de vocês oficias,os verdadeiros sanguessugas da polícia,e no final saírem da sua salinha com ar condicionado dos batalhões e aparecerem na TV como se fossem os heróis daquele fato e ganhando as glórias da ocorrência,mais na verdade não dispararam um tiro e nem estavam no local,e quando acontece algo de errado são os primeiros a meter o rabinho entre as pernas e dizer que não autorizaram nada e que irão apurar o ocorrido,no mais,a função do Delegado é apuração dos fatos,a PCERJ é a polícia judiciária,quer ser Delegado,autoridade policial,vai estudar,o coronel ,capitão e o major são policiais militares,também fazem parte da polícia repressiva,ostensiva,e só vivem enfurnados nos batalhões batendo papo e assinando requerimentos,volto a dizer,isso não é ódio no coração é um desabafo e a mais pura verdade!

Anônimo disse...

4) Fala-se em reforma política, reforma previdenciária e outros tipos de reforma. Por que não falamos em Reforma Policial a nível nacional? Boa discussão, Coronel Paúl!
O ideal para que pudéssemos ter uma polícia transparente seria a subordinação direta ao Ministério Público que é órgão independente – não pode ser submisso a partido político, nem se permite ser. E, assim, sem intervenções que visam atendimento de assuntos pessoais ou políticos, sem o toque de “chefes” elegíveis ou daqueles que têm pretensão de se tornarem elegíveis, fazendo falsos discursos moralistas para os policiais, mídia e sociedade, possamos um dia contar com policiais que se atrelem, somente, com a missão constitucional, ou então teremos que nos conformar com este modelo arcaico de polícia e de fazer segurança pública, sob pena de pagarmos um preço alto pela falta de desejo de uma reforma, num futuro não muito distante. Se nós acreditarmos que lutar por uma polícia melhor é morrer por uma causa perdida, sem merecer qualquer consideração, então, no mínimo, nossas consciências terão de pagar o preço pela falta de paz que nossa covardia está plantando: nossos filhos e netos colherão violência urbana desenfreada em safra muito mais farta do que esta que herdamos de nossos pais e avós.
Sgt Foxtrot (anônimo por não ser reconhecido cidadão, mas sim PM)

Anônimo disse...

3)Desmilitarizando a PM teríamos uma Instituição com a maior parte dos seus integrantes patrulhando as ruas. Pois a escola formadora de oficiais encharca a PM com tantos homens em gabinetes, mais de 70 novos administradores por ano copiando, colando e carimbando os mesmos papéis de sempre. Note que a expressão patrulhar, numa acepção mais moderna, nada tem a ver com deslocamentos militares, mas sim com o modo dinâmico de promover segurança. A PMERJ, por exemplo, está sendo engolida pela Guarda Municipal, que veste uniforme, entra em forma, mas na execução dos serviços não é militar (inclusive vem sendo mais ostensiva que a PM).
Essa nova Instituição Policial teria hierarquia como em qualquer empresa, mas não seria força auxiliar do Exército – que hoje pode se servir de qualquer cidadão ao convocá-lo – nem teria como premissas profissionais sem direito algum daqueles tantos previstos no Art. 5º da CFB, pois é inconcebível ter um homem desrespeitado diariamente e depois exigir que ele respeite o seu público. Repito: o pensamento militar não é condizente para o trato polícia e cidadão.
Grosso modo, a base da pirâmide dessa nova polícia ostensiva – cuja denominação poderia ser esta mesma – seriam os agentes policiais uniformizados, a pé, em veículos, em duplas ou quartetos circulando pelos bairros. Não seriam necessários tantos quartéis com suas famigeradas instalações e burocracias, as quais, hoje, aprisionam Tenentes, Capitães, Majores, TenCel, Coronéis e Praças em gabinetes que poderiam ser geridos por gente contratada para atuar em único local. Exemplo: Divisão de transportes, de pessoal, de finanças, de logística, etc., em um mesmo prédio (hoje, vemos dezenas de quartéis). A atividade operacional seria gerida por um número menor de superiores, diferentemente do que se pode ver nas polícias militares do país: incontável número de oficiais com suas medalhas e barretes sem saber o que é policiar uma rua. Corregedorias fortes e imparciais seriam imprescindíveis, porque as de hoje não acompanham de perto o público interno e ainda são lotadas por muita gente que, apesar de ter o nome limpo nos órgãos de proteção ao crédito – uma das principais exigências para trabalhar lá –, se sofrerem uma devassa por órgão superior, serão esvaziadas.
Esta nova polícia ostensiva seria subordinada ao Ministério Público Estadual, órgão isento das manipulações políticas. Os chefes dos agentes seriam como os capitães do departamento de polícia Yankee, isto é, aproveitaríamos aquele modo de se fazer presente nas ruas.
“Enfim, Precisamos de uma nova concepção para formação de policiais destinados ao policiamento ostensivo”. Precisamos de uma polícia ostensiva de verdade!
Sgt Foxtrot (anônimo por não ser reconhecido cidadão, mas sim PM)

Anônimo disse...

2)A polícia Civil é tão ineficiente quanto a Polícia Militar, sim. Mas devemos considerar suas especificidades. O que falta à Civil são investimentos para capacitá-la na arte de investigar e menos ingerência eleitoreira. Ela é ruim, mas não o é porque é um órgão civil. Pois se o fato de não ser militar fosse o seu aleijão poderíamos dizer que a Microsoft, a Coca-Cola e tantas outras empresas bem sucedidas são dirigidas por generais. Falta levar a Polícia Civil ao seu papel constitucional, mas isso não se realiza sem recursos financeiros e investigadores nas ruas sem uniforme, com veículos descaracterizados de verdade, aparato tecnológico e pensamento científico. Hoje, temos uma polícia judiciária que se limita em registrar ocorrências e inventar factóides para apresentar ao MP; temos uma polícia judiciária verificando pagamento de IPVA de motociclistas infratores; temos uma polícia judiciária fardada e brincando de operações especiais (vide a CORE), e, quase na totalidade, somente resolve crimes com prisão em flagrante delito ou denúncias anônimas.
Por tudo isto, precisamos reformular o sistema policial brasileiro. Não precisamos de uma polícia ostensiva que não se faz presente nas ruas, mas voa, navega, entra em florestas, etc.; mas também não precisamos de uma polícia judiciária que não elucida os crimes, mas voa, veste uniforme e apresenta inquéritos muito mal instruídos ao MP, possibilitando ao malfeitor permanecer nas ruas rindo deste sistema esdrúxulo e antiquado.
Sgt Foxtrot (anônimo por não ser reconhecido cidadão, mas sim PM)

Anônimo disse...

1)Coronel Paúl, sou Sargento PM formado pelo CFS I/2005. Tenho 19 anos de caserna e 16 em unidades operacionais; contudo, sempre procurando entender as mazelas de nossa Instituição... Mesmo sabendo que Praça só pode mudar a si próprio, como eu fiz.
Se a PM é considerada improdutiva, deve-se exclusivamente ao fato de que deixamos de nos comportar como policiais ostensivos para nos comportarmos como infantes implacáveis – sem contar que nossos administradores não se contentam com a missão atribuída pela Constituição e vivem querendo “abraçar” outras missões do poder público –, então expõe a PM aos constantes e severos corretivos da mídia, políticos e população.
A Instituição se recusa a acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade desde o início do processo de redemocratização, bem como as mudanças no perfil do seu público interno. Desde 1993, quando entrei para o CFAP, vejo o policial “holywoodiano” sendo explorado (depois abandonado) e, ao mesmo tempo, sendo exaltado pelos comandantes: esqueceram que as práticas dos anos 1970, por exemplo, não caberiam mais. Os oficiais continuaram tratando seus soldados como meros cumpridores de ordens, porém, perderam a honra dos oficiais de outrora: hoje, praça trabalha para o oficial “X” e não para a PM. Esqueceram também que a globalização, a influência das liberdades de imprensa e pensamento fariam com que tudo fosse acompanhado em tempo real de qualquer parte do mundo.
Um número sem fim de Unidades/PM é criado constantemente, apenas, para abrigar mais um comando e mais um estado maior, mas o policiamento ostensivo sagrado de cada dia... às favas. Hierarquia não é problema, mas solução. E é isto que anda faltando na PM. Vemos os oficiais tratando o serviço (e praças) como instrumento particular para “ganhar algum”, o famoso policiamento vendido nunca foi investigado pelas corregedorias porque oficial é corporativista com oficial, e em casa militar oficial é deus.
Por conseguinte, essa organização militar farsante não condiz com uma democracia. Usar uniformes, simplesmente, não a tem feito presente. Por que tantos oficiais aquartelados e tão poucos praças policiando as ruas? Usar militares na defesa da sociedade? Nunca! Pois o pensamento militar é pensamento de guerra, quando o que se espera prover ao cidadão é a paz. Quando se fizer necessário usar uma força militar para defender o povo, as FFAA estarão lá para fazê-lo, pois o inimigo será um estrangeiro. E no caso de uma intervenção especial – como, por exemplo, os casos em que haja tomador de refém – aí sim, poderiam usar uma unidade tática. Um soldado é aquele profissional treinado para cumprir as ordens superiores de maneira incondicional; um policial, profissional em tese treinado para cumprir e fazer cumprir as leis em prol da convivência harmoniosa entre os indivíduos daquele povo, precisa pensar e decidir sozinho porque passa a maior parte do tempo sozinho sendo o mediador das crises.
Sgt Foxtrot (anônimo por não ser reconhecido cidadão, mas sim PM)