segunda-feira, 5 de outubro de 2009

FUNCIONÁRIO PÚBLICO: LEVE AS SUAS DEMANDAS PARA AS RUAS OU CONTINUE GANHANDO ESSE SALÁRIO MISERÁVEL.

Nos meus mais de 33 anos de serviço público ainda não tinha vivenciado uma situação de tanta penúria como a enfrentada pelo funcionalismo público na gestão Sérgio Cabral (PMDB).
Nunca antes na história do Rio de Janeiro um candidato ao governo estadual fez tantas promessas ao funcionalismo público e após ser eleito simplesmente esqueceu de todas elas e não cumpriu nenhuma, caracterizando que no mínimo estava mentindo quando prometeu.
Profissionais de saúde, de educação e de segurança pública foram iludidos e depois de quase três anos de governo, ainda padecem com salários famélicos.
A cada proposta de reajuste apresentada por Cabral, uma nova decepção, uma novela após a outra e sempre com final infeliz.
Além da destruição do serviço público, a atual gestão está deteriorando de forma quase irreversível Instituições Públicas mais que centenárias.
A Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros nunca foram tão mal tratadas quanto no governo Sérgio Cabral (PMDB).
A Polícia Civil perdeu a sua identidade de polícia investigativa, colocou uniformes e agora parece uma força paramilitar de assalto.
A Polícia Militar está inteiramente subjugada pelo poder político que dirige a Instituição Militar de fora para dentro, afastando-a dos seus parâmetros constitucionais.
Atualmente, ninguém na Polícia Militar é capaz de dizer quais são as pretensões da corporação para os próximos 5 ou 10 anos, isso significa que não temos futuro, ele pertence aos políticos, que nos conduzem para onde desejarem e para onde for mais interessante para os seus interesses.
As gratificações atiradas ao vento, subvertem a hierarquia, uma das bases de toda instituição pública. Gratificações que fazem com que Cabos ganhem mais que Sargentos e que Sargentos ganhem mais que Tenentes, uma grave violação hierárquica.
No Corpo de Bombeiros Militar a situação é ainda mais grave nesse aspecto, pois o CBMERJ agora subordinado ao secretário de saúde, foi transformado no "faz tudo" governamental.
A missão atual é novamente o combate ao mosquito da dengue, que dará aos voluntários um pouco mais de R$ 600,00 de gratificação e com isso o Sd BM ganhará mais que o Cb PM, algo inconcebível em qualquer instituição pública ou privada.
Imagine um funcionário ganhando mais que o seu chefe?
Alguém consegue conceber isso acontecendo em uma empresa?
No funcionalismo público do Rio de Janeiro isso virou regra.
Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar existe um show de gratificações temporárias: do BOPE, da UPP, do PRONASCI, da Lei Seca, do SAMU, da UPA, da Dengue, do PROERD, etc.
Isso sem falar no RioCard para a minoria e para a maioria não.
E agora os R$ 350,00 para alguns.
Nenhuma delas pode ser incorporada e nenhuma delas será paga às nossas pensionistas ou aos inativos.
Tudo é temporário, como o próprio governo.
Inexiste outra forma de reverter esse caos que não seja a união dos funcionários públicos, que precisam demonstrar o seu poder, a sua força política, as nossas centenas de milhares de doláres.
Diante dessa realidade, as ações do Movimento Único dos Servidores Públicos precisam ser desenvolvidas com maior velocidade e com foco mais direcionado em desfavor de quem nos oprime.
No dia 14 de outubro estaremos promovendo o Dia do Luto, uma mobilização fácil de realizar e sem custos, porém ela tem apenas um simbolismo, sendo uma das formas de pressionar pela justiça salarial para os servidores públicos.
Os Policiais Militares e os Bombeiros Militares estão mobilizados na luta pela aprovação da PEC 300/2008, todavia, os Policiais Civis, os profissionais da saúde e da educação parecem imobilizados, sem poder de reação, acomodados na mesmice e com os péssimos salários.
O MUSP precisa declarar-se em assembléia permanente e mobilizar todas as categorias, pois as formas de protestar são diversas e podem ser complementares.
Os Policiais Militares, os Bombeiros Militares e os Policiais Civis podem realizar operações PADRÃO e TOLERÃNCIA ZERO, isso sem falar na possibilidade da permanência nos locais de trabalho, após o término do serviço.
O que não faltam são opções para protestarmos, o que está faltando é vontade.
Temos que ter consciência que nada podemos esperar do atual governo do PMDB, todavia temos que deixar claro para o próximo governador que somos fortes!
Funcionário público não mobilizado é funcionário público condenado a ganhar mal, muito mal.
No dia 14 coloque uma camisa preta para ir trabalhar, mas não fique só nisso.
Leve a sua demanda para as ruas, faça como o Excluído Fardado que no dia 09 de outubro estará participando do ato cívico em Araruama, Região dos Lagos, Rio de Janeiro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

4 comentários:

Anônimo disse...

Prezado coronel Paúl, ja existe uma data para aprovação do aumento vergonhoso do salário e a gratificação, já fico defina que o bm não vai receber?

Anônimo disse...

não tem nada certo ainda,o deputado paulo ramos juntocom outros deputados que estão contra essa miseria,convocará o secretario de finanças para saber o por que desse 5%? outra coisa coronel paúl essa onda de gratificações temporárias deve acabar por que isso está desestruturando as tropas!!!!!!

mcjsf disse...

Os marcadores voltaram!
Concordamos com a adesão de todo o funcionalismo público estadual, afinal, não há VITÓRIA sem LUTA!

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato elos comentários.
Não existe data ainda para a votação da proposta do Cabral.
Primeiro os deputados ouviram os secretários de fazenda e de planejamento.