quarta-feira, 23 de setembro de 2009

AS UNIDADES DE POLÍCIA PACIFICADORA.

PROFISSIONAIS DO DETRAN/RJ PROTESTAM
2009
Ao assistir uma das incontáveis reportagens das organizações globo a respeito das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), o cidadão fluminense deve se perguntar:
- Por que uma solução tão simples - saturar uma comunidade carente com dezenas Policiais Militares -, não foi adotada antes pela Polícia Militar?
O cidadão mais atento deve se perguntar:
- Por que o governador Sérgio Cabral (PMDB) demorou tanto para a implantar a primeira e por que até hoje ainda continua usando a tática ortodoxa e ultrapassada do tiro, porrada e bomba?
A atual ação governamental é paradoxal: invade (mata, fere e morre) e sai na quase totalidade das comunidades; enquanto invade (mata, fere e morre) e ocupa raras.
Cidadão faça uma relação entre o número de comunidades existentes no Estado do Rio de Janeiro dominadas pelo tráfico de drogas e o número de UPPs, o percentual encontrado parecerá até percentual de aumento do funcionalismo público estadual.
E por que a Polícia Militar não fez isso antes?
Simples, tecnicamente isso é um erro grosseiro, um absurdo que contraria toda a realidade vivenciada em termos de segurança pública, que no Rio de Janeiro é o samba do criolo doido.
Enquanto a Polícia Federal praticamente não atua nas suas missões constitucionais (prevenir e reprimir o tráfico de drogas e o contrabando de armas) no Rio de Janeiro, o secretário (delegado da Polícia Federal) manda as Polícias Militar e Civil, como tropas de assalto invadir as comunidades carentes. A Polícia Civil invade diariamente e já utiliza uniformes, logo os Policiais Civis estarão recebendo instrução de ordem unida, entrando em forma e marchando, assustando todos aqueles que defendem a desmilitarização das Polícias Militares.
A Polícia Militar nos últimos anos desenvolveu projetos exitosos de ocupação de comunidades carentes, como no Morro do Cavalão, por exemplo, com efetivo muito menor. Porém, não pode desenvolver vários desses projetos com o seu efetivo e não pode aumentar o efetivo enquanto os salários forem famélicos.
Mas isso não importa a Cabral, ele quer ações politicamente corretas, quer os votos dessas comunidades.
E qual a solução de Cabral, Beltrame e Mário Sérgio?
Abrir as portas da Polícia Militar, inclusive retirando do CRSP a Tenente Coronel Siciliano, uma Oficial reconhecida pelo seu rigor na realização dos exames admissionais, essa deve ter sido a ordem para Mário Sérgio.
Ordem dada, ordem executada, a PM que se dane.
Temos recebido inúmeras denúncias anônimas que dão conta das facilidades nos exames no CRSP, inclusive recentemente o Jornal do Brasil publicou uma matéria (reproduzimos no blog) que claramente cita que um candidato teve uma segunda chance na medição da altura, recebendo a determinação de voltar no dia seguinte, após ser orientado a fazer alongamentos.
Estica que passa!
Essa facilidade na entrada determinará décadas de problemas.
Aumentar o efetivo da Polícia Militar pagando R$ 30,00 por dia significa recrutar e selecionar mal é um erro que se repete nos governos do PMDB.
O nosso salário é tão ruim que historicamente cerca de 20% dos aprovados no concurso não se apresentam para os primeiros exames, abandonam o concurso.
Na segunda-feira, 28 de setembro, 1.200 alunos do CFSd entrarão marchando no CFAP, com grande repercussão na mídia e com a garantia de que Sérgio Cabral não será vaiado (dentro do aquartelamento). Ele descerá dos céus no seu helicóptero, pousando dentro do CFAP, enquanto o Excuído Fardado estará em frente ao corpo da guarda do CFAP, mostrando para a população fluminense quanto ganha um Soldado de Polícia.
Vida que segue.
Pena que as UPPs do Juramento, do Complexo da Maré e do Complexo do Alemão, ainda não estejam funcionando...
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGDOR INTERNO

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