O Tenente Coronel de Polícia Príncipe concedeu uma breve entrevista ao jornalista Gustavo de Almeida, embora a imagem não esteja com a iluminação adequada, o conteúdo é extremamente revelador.
Príncipe expõe parte de uma "combinação" feita entre Tenentes Coronéis de Polícia, na época (16 de julho de 2008) para colherem os frutos das previsíveis exonerações dos Coronéis Barbonos, do Coronel Ubiratan e do Coronel Samuel após o enfrentamento com Sérgio Cabral (PMDB).
Ele explica que ligou para alguns desses Oficiais solicitando a participação na nossa mobilização e eles não atenderam as ligações.
No livro online "Cabral contra Paúl" trataremos isso com mais detalhes.
Aliás, logo após a posse de Mário Sérgio eu encontrei vários desses Oficiais, alguns já Coronéis de Polícia, os quais estavam reunidos no gabinete do Diretor Geral de Pessoal, Coronel Luiz Antônio.
Tudo isso é muito triste.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Um comentário:
Sem comentários. LASTIMÁVEL. Mais um episódio triste, que demonstra o quanto a Polícia Militar do RJ está longe do ideal.
Antes que me critique pela franqueza e coragem em expor minha opinião, sabedor que não agradarei, informo que sou Promotor de Justiça, logo tenho uma perfeita compreensão acerca do universo da criminalidade e de estudos acerca da forma ideal de combate aos desvios.
Acontece que nossa Polícia Militar parece desconhecer o que signifique estudar. Parece desconhecer que mesmo o delinqüente é um cidadão passível de recuperação, e não um inimigo que precise ser eliminado. É por isso que convivemos com tanto desvio, tanto arbítrio, tantas execuções, etc. por conta dessa instituição.
Matar deveria ser SEMPRE a última opção, se é que merece ser considerada uma opção. Não vi isso nesse infeliz episódio. Vi sim foi a PRECIPITAÇÃO em logo "abaterem o inimigo" na primeira oportunidade, sem que antes tentassem esgotar sua resistência fazendo com que se entregasse. Vi uma truculência que estimulará futuros delinqüentes a matarem suas vítimas, pois imaginarão haver outros executores da PM à espreita, sedentos para matá-los.
A PRECIPITAÇÃO dessa ação demonstrou mais uma vez o DESPREPARO dos condutores da "negociação" e resultará em um acréscimo na violência.
Apenas lastimo e muito por mais esse episódio de incompetência. Pior do que ele, apenas o fato de que populares tenham aplaudido a barbárie, e que muitos estejam a favor de um ato que trocou a isenção da Justiça pelo arbítrio travestido de "justiça pelas próprias mãos".
Já se perguntaram agora se, depois de periciada, checarem que a tal granada era falsa (de brinquedo)? E se o tiro errasse o alvo? Espero honestamente que o banco dos réus onde sentará o executor o faça refletir melhor acerca da sua reprovável atitude.
Eficiência policial jamais será sinônimo de "bandido" morto no chão, e sim de delinqüente preso e submetido à Justiça. Será que um dia os senhores aprenderão, ou precisaremos desenhar ???
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