Nos corredores políticos do Estado do Rio de Janeiro, existe ainda alguma indefinição quanto aos candidatos que disputarão o governo do estado, nas eleições de 2.010. Apesar dessa verdade, podemos considerar que dúvidas estão se dissipando, com o passar da atual administração estadual. O governador não se reelegerá, apesar de todo apoio do governo federal, que nunca na história desse país, injetou tanto dinheiro no Rio de Janeiro. O problema da atual administração não é a falta de recursos, eles estão sobrando, mas sim a péssima qualidade dos gestores, o que tem determinado a ausência total de políticas positivas de governo (de estado, nem pensar) para as principais demandas da população fluminense: educação, saúde e segurança.
A população fluminense deixa claro nas ruas (basta ir às ruas para identificar essa verdade) que não gosta do governador Sérgio Cabral (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB).
A decepção é generalizada.
O funcionalismo público estadual conta os dias que ainda restam da atual administração, pois nunca foi tão maltratado por um governante, que chegou a ofender publicamente médicos e oficiais da Polícia Militar, reconhecidamente, honestos e competentes.
O governo abandonou os que servem e protegem a população, que sofre com todas as mazelas de uma administração incompetente, que nada consegue fazer, citando um exemplo, para minimizar a tragédia dos quase 15.000 cidadãos fluminenses que serão assassinados ou desaparecerão no atual ano (dados do Instituto de Segurança Pública, órgão vinculado à SESEG/RJ).
O abandono é tanto, que não parece culposo, parece um erro de avaliação, mais um, da "equipe governamental", no sentido de acreditar na força do dinheiro federal, somada à força da imprensa "chapa branca", como forma de manipular a opinião pública.
Um erro que custará, se já não custou, a reeleição, apesar do governo possuir duas máquinas administrativas (estadual e municipal - RJ); receber fortunas do governo federal (Lula) e ter o apoio irrestrito das organizações Globo.
A Vênus Platinada tem consumido todas as suas forças para fortalecer Cabral e Paes, porém, só consegue alcançar meia dúzia de cidadãos, além daqueles que se locupletam com esse estado caótico que vivemos.
O editorial "Nossa Opinião - Política de Estado" (29/06/2009 - página 6) é uma prova inconteste desse apoio incondicional do jornal O Globo ao governador Sérgio Cabral
Por favor, leiam o artigo.
Leiam novamente e tentem localizar alguma referência a VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA, que ganham os piores salários do Brasil.
Agora, procurem encontrar alguma referência ao fato de que nesse ano, cerca de 15.000 cidadãos fluminenses serão assassinados ou desaparecerão no Estado do Rio de Janeiro.
E, sobre os 60 (sessenta) Policiais Militares assassinados, apenas em serviço, durante esse governo, você encontrou alguma citação?
O editorial é uma vergonha!
Nem os muros da exclusão social, condenados nacional e internacionalmente são referenciados.
Um desrespeito à IMPRENSA LIVRE e à LIBERDADE DE EXPRESSÃO, uma liberdade que tenha um mínimo compromisso com a verdade.
O editorial contribui para a desinformação da população fluminense, a respeito de tema tão relevante, considerando os milhares de assassinados e de famílias enlutadas.
Analisem o editorial.
O primeiro parágrafo joga a culpa do caos na segurança nos governos anteriores (não citando que o atual completa 30 meses) e ainda, coloca a gestão em exercício como uma esperança.
No segundo parágrafo, PERDOA as incontáveis e evidentes falhas da atual administração.
O terceiro parágrafo enaltece, novamente, as ações da atual gestão e pede um VOTO DE CONFIANÇA.
Uma confiança que certamente os familiares dos milhares de assassinados não dará nunca.
O quarto parágrafo, é uma verdadeira apologia ao governo e demonstra a desinformação proposital do editor.
Onde ou com quem, o editor constatou (descobriu) que acabaram as nomeações políticas na Polícia Civil e na Polícia Militar?
Por que ele não revelou, por exemplo, qual é a meta para a redução dos 15.000 assassinados ou desaparecidos, ou seja, a que números o governo quer chegar em 2.010?
Uma meta de redução da ordem de 20%, significa que o governador Sérgio Cabral (PMDB) quer "fechar" 2.010, com um total de 12.000 cidadãos fluminenses assassinados ou desaparecidos, no ano.
O que equivale a 1.000 por mês e mais de 33 por dia.
No quinto parágrafo, o editor "aconselha" a aumentar o efetivo da Polícia Militar, para adenter a demanda das UPP da Zona Sul, porém, não faz qualquer referência a valorização do Policial Militar (salário), que ganha cerca de R$ 30,00 por dia, para arriscar a sua vida em defesa da sociedade.
O editor esquece que quanto maior o efetivo, pior o salário. Ele parece desconhecer que apesar da sua ineficência no cumprimento de suas missões constitucionais (artigo 144), a Polícia Federal não aumenta o seu efetivo como deveria, pois os Policiais Federais querem continuar ganhando os maiores salários do país.
Um agente novato na Polícia Federal ganha mais que um Major da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, com dois cursos superiores (no mínimo) e mais de 15 anos de serviço.
O último parágrafo aconselha que a atual política seja incorporada como uma política de estado, não apenas, como um política de governo, reforçando que o que está sendo feito é o melhor, "eternizando" essas ações.
O Globo pretende assim que o "tiro, porrada e bomba" seja uma política de estado.
E, de forma idêntica, que a não valorização dos Policiais Militares, Policiais Civis e Bombeiros Militares seja uma política de estado.
Que os muros da exclusão social sejam considerados ecolimites...
Pior, que todas essas ações, que culminam com a taxa de quase 2 (dois) cidadãos fluminenses assassinados ou desaparecidos a cada hora, continuem sendo executadas.
O editorial é uma vergonha.
Um panfleto de terceira categoria de uma propaganda política enganosa.
Viva os 150 milhões de reais (R$ 150.000.000,00) que Cabral investe na mídia.
Uma mídia amordaçada e tendenciosa, em grande parte.
Uma mídia que toda democracia repudiaria.
Sorte dela, que o Brasil não passa de um conjunto de oligarquias cleptocráticas, nada além disso.
Eu encaminharei esse artigo ao jornal O Globo e a todos os órgãos da mídia e aos jornalistas da minha lista de emails, vamos ver que vai citá-lo, nem que seja para me processar!
NÓS, JUNTOS, AINDA TRANSFORMAREMOS ESSE BRA$IL EM UMA DEMOCRACIA!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO