As mobilizações cívicas pelo resgate da cidadania do Policial Militar começaram no primeiro semestre do ano passado, isso considerando a sua fase organizada, pois a formação dos grupos e as reuniões começaram muito antes.
Os “40 da Evaristo” composto por Oficiais e Praças começaram os atos cívicos, enquanto os “Coronéis Barbonos” encaminharam formalmente documentos ao Secretário de Segurança e ao Governador do Estado do Rio de Janeiro.
As duas mobilizações foram legitimadas pelo Secretário de Segurança e pelo Governador do Estado que recebeu representantes dos dois grupos, para reuniões no Palácio Guanabara.
Simultaneamente, o Comando da Polícia Militar cumpria o seu papel desenvolvendo a rotina habitual na busca de melhorias salariais e de condições de trabalho – as reuniões com a equipe econômica do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
E abro um parêntese nesse ponto para destacar que o próprio Secretário de Segurança Pública, durante uma reunião com Coronéis, disse claramente que não participaria mais de nenhuma dessas reuniões, enquanto a equipe econômica não tivesse uma proposta efetiva de aumento – um sinal concreto de descontentamento – isso dias antes do Coronel Ubiratan ser arrancado da função de Comandante Geral.
A exoneração do Coronel Ubiratan foi o marco inicial da radicalização do Governo Estadual que investiu em táticas radicais para parar as mobilizações.
E o uso de três táticas tem sido a tônica dessa decisão (estratégia):
Silenciar a mídia – uma tática que tem dado certo, considerando que boa parte da imprensa fluminense optou por “ficar ao lado do Governador”, sobretudo a nossa principal Rede de Televisão – a única que conseguiu entrevistar o Coronel Pitta. E não devemos duvidar que a mídia como formadora de opinião pública tem uma importância fundamental em qualquer processo. Inclusive, no passado recente, fazendo um paralelo entre o comportamento dessa mesma parte da mídia no Governo Collor e no Governo Lula, diante os escândalos políticos, podemos avaliar o seu poder.
As ameaças com base no “militarismo” - A “RECOMENDAÇÃO” lida nos nossos quartéis, antes da última”marcha democrática”, foi o ato típico dessa tática, recheada de artigos do Código Penal Militar que não guardavam qualquer relação com o direito constitucional que seria e foi exercido, ordeira e pacificamente. A “RECOMENDAÇÃO” assinada pelo Chefe do Estado Maior trouxe o medo.
O aceno de vantagens para os que “mudarem de lado” - O Projeto de Lei encaminhado à Assembléia Legislativa simboliza essa tática, um projeto onde o casuísmo e o autoritarismo político caminham lado a lado. A aceitação de Comandantes, Chefes e Diretores do pedido para que permanecessem na função - a maioria dos que pediram exoneração, constitui outro símbolo.
As três táticas alcançaram, em parte, os resultados pretendidos, grande parcela da mídia nos esqueceu; basta perguntar a um Soldado o quanto se sentiu ameaçado diante da “RECOMENDAÇÃO” e a postura de alguns Oficiais diante da possibilidade de ser promovido, demonstram esse sucesso parcial.
Entretanto, o Governo Estadual sempre esteve muito mal assessorado no plano estratégico, no que diz respeito as nossas mobilizações.
Ao radicalizar, arrancando o nosso Comandante Geral e impondo um “Comando”; afirmando não ter condições de dar aumento e perseguindo os denominados “líderes” das mobilizações, o Governo Estadual deixou os Policiais Militares e os Bombeiros Militares sem um caminho que conduzisse às negociações e o “ATO CÍVICO” de amanhã é o primeiro sinal evidente do erro das táticas governamentais.
O Governo Estadual fechou todas as saídas e acabou ficando também sem saída...
O “ATO CÍVICO” de amanhã, uma caminhada da Igreja da Candelária até a Cinelândia, pela Avenida Rio Branco, sempre foi a principal idéia defendida pela Associação dos Militares Estaduais, ou seja, realizar um “ATO CÍVICO” que chamasse a atenção, inclusive pelos transtornos que causaria.
E de forma idêntica, a “OPERAÇÃO PADRÃO” e a “TOLERÂNCIA ZERO” sempre foram idéias defendidas pelos jovens Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, idéias que foram contornadas enquanto possível.
Ao longo do processo, o radicalismo foi evitado de nossa parte, porém o Governo Estadual resolveu fazer do radicalismo a sua única tática.
Como faz com a “Tática de Segurança Pública”, que só tem um caminho, o enfrentamento armado, mesmo com o risco iminente de morte de Policiais e de pessoas de bem.
A intransigência tem sido a marca das decisões governamentais, a ponto de anunciar que não tem dinheiro para aumento, quando na sua proposta inicial concederia 12%, ao longo de 2008.
O que foi feito desses 12%?
Ou eles nunca existiram?
E a proposta inicial era uma falácia?
Os assessores do Governo Estadual esqueceram de avisar ao Governador que a mobilização não é feita por meia dúzia, que comanda os demais como ocorre em desfiles militares.
Na verdade, com o apoio das Organizações Não Governamentais e com o apoio da Sociedade Fluminense, as mobilizações já não pertencem apenas aos Policiais Militares e aos Bombeiros Militares – na verdade – pertencem ao Povo Fluminense que clama por segurança.
Ao radicalizar usando de um autoritarismo próprio dos piores tempos da ditadura, o Governo Estadual perdeu inteiramente o compasso, fez o processo desandar e colocou sob seus ombros toda a responsabilidade pela condução do processo.
Nunca é demais lembrar que todas as mobilizações ordeiras e pacíficas foram feitas como forma de sensibilizar à Sociedade Fluminense e ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, nunca para simplesmente afrontar, quem quer que seja.
A Sociedade Fluminense entendeu o problema e apoiou, por sua vez, o Governo Estadual “achou” que poderia fazer o que quisesse, impunemente.
Desonrou a Polícia Miltar, com o intervencionismo simbolizado na “posse” do Coronel Pitta e afrontou publicamente Coronéis da Polícia Militar, os quais chamou de irresponsáveis, de sindicalistas e que não queriam trabalhar.
Mal assessorado, o Governador não conhece o passado e o presente do Coronel Vivas, do Coronel Fialho, do Coronel Lyrio, do Coronel Esteves, do Coronel Menezes, do Coronel Cony, do Coronel Leonardo Passos e do autor desse blog.
Não conhece o Tenente Coronel Príncipe, o Tenente Coronel Roberto, o Tenente Coronel Havani, o Major Wanderby, o Capitão Luiz Alexandre, apenas para citar alguns Oficiais que participam da mobilização.
Mal assessorado, o Governo Estadual não conhece os Oficiais e os Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Aliás, o Governo só deve conhecer os Coronéis que o cercam no Palácio Guanabara, muitos promovidos por estarem exatamente no Palácio Guanabara e o Coronel Pitta.
Mal assessorado, o Governo Estadual pensa que a tropa segue “lideranças” impostas ou “lideranças” omissas.
Na atual fase do processo, a verdade é uma só, a radicalização por parte do Governo Estadual foi um grave erro.
Reconhecer e rever erros são atos de grandeza.
O Governo Estadual reavaliar essa estratégia é fundamental para o sucesso das negociações salariais pelo resgate da cidadania do Policial Militar e do Bombeiro Militar.
Os louros do sucesso e os espinhos do fracasso só terão um responsável – atualmente – o Governo Estadual.
A mobilização cívica agora pertence ao Povo Fluminense, que precisa e merece uma segurança pública de qualidade.
Um povo cansado de promessas vazias.
Nós, Policiais Militares e Bombeiros Militares – Oficiais e Praças – agora fazemos parte dela, povo que somos!
Os “40 da Evaristo” composto por Oficiais e Praças começaram os atos cívicos, enquanto os “Coronéis Barbonos” encaminharam formalmente documentos ao Secretário de Segurança e ao Governador do Estado do Rio de Janeiro.
As duas mobilizações foram legitimadas pelo Secretário de Segurança e pelo Governador do Estado que recebeu representantes dos dois grupos, para reuniões no Palácio Guanabara.
Simultaneamente, o Comando da Polícia Militar cumpria o seu papel desenvolvendo a rotina habitual na busca de melhorias salariais e de condições de trabalho – as reuniões com a equipe econômica do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
E abro um parêntese nesse ponto para destacar que o próprio Secretário de Segurança Pública, durante uma reunião com Coronéis, disse claramente que não participaria mais de nenhuma dessas reuniões, enquanto a equipe econômica não tivesse uma proposta efetiva de aumento – um sinal concreto de descontentamento – isso dias antes do Coronel Ubiratan ser arrancado da função de Comandante Geral.
A exoneração do Coronel Ubiratan foi o marco inicial da radicalização do Governo Estadual que investiu em táticas radicais para parar as mobilizações.
E o uso de três táticas tem sido a tônica dessa decisão (estratégia):
Silenciar a mídia – uma tática que tem dado certo, considerando que boa parte da imprensa fluminense optou por “ficar ao lado do Governador”, sobretudo a nossa principal Rede de Televisão – a única que conseguiu entrevistar o Coronel Pitta. E não devemos duvidar que a mídia como formadora de opinião pública tem uma importância fundamental em qualquer processo. Inclusive, no passado recente, fazendo um paralelo entre o comportamento dessa mesma parte da mídia no Governo Collor e no Governo Lula, diante os escândalos políticos, podemos avaliar o seu poder.
As ameaças com base no “militarismo” - A “RECOMENDAÇÃO” lida nos nossos quartéis, antes da última”marcha democrática”, foi o ato típico dessa tática, recheada de artigos do Código Penal Militar que não guardavam qualquer relação com o direito constitucional que seria e foi exercido, ordeira e pacificamente. A “RECOMENDAÇÃO” assinada pelo Chefe do Estado Maior trouxe o medo.
O aceno de vantagens para os que “mudarem de lado” - O Projeto de Lei encaminhado à Assembléia Legislativa simboliza essa tática, um projeto onde o casuísmo e o autoritarismo político caminham lado a lado. A aceitação de Comandantes, Chefes e Diretores do pedido para que permanecessem na função - a maioria dos que pediram exoneração, constitui outro símbolo.
As três táticas alcançaram, em parte, os resultados pretendidos, grande parcela da mídia nos esqueceu; basta perguntar a um Soldado o quanto se sentiu ameaçado diante da “RECOMENDAÇÃO” e a postura de alguns Oficiais diante da possibilidade de ser promovido, demonstram esse sucesso parcial.
Entretanto, o Governo Estadual sempre esteve muito mal assessorado no plano estratégico, no que diz respeito as nossas mobilizações.
Ao radicalizar, arrancando o nosso Comandante Geral e impondo um “Comando”; afirmando não ter condições de dar aumento e perseguindo os denominados “líderes” das mobilizações, o Governo Estadual deixou os Policiais Militares e os Bombeiros Militares sem um caminho que conduzisse às negociações e o “ATO CÍVICO” de amanhã é o primeiro sinal evidente do erro das táticas governamentais.
O Governo Estadual fechou todas as saídas e acabou ficando também sem saída...
O “ATO CÍVICO” de amanhã, uma caminhada da Igreja da Candelária até a Cinelândia, pela Avenida Rio Branco, sempre foi a principal idéia defendida pela Associação dos Militares Estaduais, ou seja, realizar um “ATO CÍVICO” que chamasse a atenção, inclusive pelos transtornos que causaria.
E de forma idêntica, a “OPERAÇÃO PADRÃO” e a “TOLERÂNCIA ZERO” sempre foram idéias defendidas pelos jovens Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, idéias que foram contornadas enquanto possível.
Ao longo do processo, o radicalismo foi evitado de nossa parte, porém o Governo Estadual resolveu fazer do radicalismo a sua única tática.
Como faz com a “Tática de Segurança Pública”, que só tem um caminho, o enfrentamento armado, mesmo com o risco iminente de morte de Policiais e de pessoas de bem.
A intransigência tem sido a marca das decisões governamentais, a ponto de anunciar que não tem dinheiro para aumento, quando na sua proposta inicial concederia 12%, ao longo de 2008.
O que foi feito desses 12%?
Ou eles nunca existiram?
E a proposta inicial era uma falácia?
Os assessores do Governo Estadual esqueceram de avisar ao Governador que a mobilização não é feita por meia dúzia, que comanda os demais como ocorre em desfiles militares.
Na verdade, com o apoio das Organizações Não Governamentais e com o apoio da Sociedade Fluminense, as mobilizações já não pertencem apenas aos Policiais Militares e aos Bombeiros Militares – na verdade – pertencem ao Povo Fluminense que clama por segurança.
Ao radicalizar usando de um autoritarismo próprio dos piores tempos da ditadura, o Governo Estadual perdeu inteiramente o compasso, fez o processo desandar e colocou sob seus ombros toda a responsabilidade pela condução do processo.
Nunca é demais lembrar que todas as mobilizações ordeiras e pacíficas foram feitas como forma de sensibilizar à Sociedade Fluminense e ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, nunca para simplesmente afrontar, quem quer que seja.
A Sociedade Fluminense entendeu o problema e apoiou, por sua vez, o Governo Estadual “achou” que poderia fazer o que quisesse, impunemente.
Desonrou a Polícia Miltar, com o intervencionismo simbolizado na “posse” do Coronel Pitta e afrontou publicamente Coronéis da Polícia Militar, os quais chamou de irresponsáveis, de sindicalistas e que não queriam trabalhar.
Mal assessorado, o Governador não conhece o passado e o presente do Coronel Vivas, do Coronel Fialho, do Coronel Lyrio, do Coronel Esteves, do Coronel Menezes, do Coronel Cony, do Coronel Leonardo Passos e do autor desse blog.
Não conhece o Tenente Coronel Príncipe, o Tenente Coronel Roberto, o Tenente Coronel Havani, o Major Wanderby, o Capitão Luiz Alexandre, apenas para citar alguns Oficiais que participam da mobilização.
Mal assessorado, o Governo Estadual não conhece os Oficiais e os Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Aliás, o Governo só deve conhecer os Coronéis que o cercam no Palácio Guanabara, muitos promovidos por estarem exatamente no Palácio Guanabara e o Coronel Pitta.
Mal assessorado, o Governo Estadual pensa que a tropa segue “lideranças” impostas ou “lideranças” omissas.
Na atual fase do processo, a verdade é uma só, a radicalização por parte do Governo Estadual foi um grave erro.
Reconhecer e rever erros são atos de grandeza.
O Governo Estadual reavaliar essa estratégia é fundamental para o sucesso das negociações salariais pelo resgate da cidadania do Policial Militar e do Bombeiro Militar.
Os louros do sucesso e os espinhos do fracasso só terão um responsável – atualmente – o Governo Estadual.
A mobilização cívica agora pertence ao Povo Fluminense, que precisa e merece uma segurança pública de qualidade.
Um povo cansado de promessas vazias.
Nós, Policiais Militares e Bombeiros Militares – Oficiais e Praças – agora fazemos parte dela, povo que somos!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PMERJ, CBMERJ E POVO FLUMINENSE!
DEUS ESTÁ NO COMANDO!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
4 comentários:
A moda agora e transferir e perseguir os tenentes que apoiaram o movimento... Gostaria que o Sr. divulgasse e denunciasse isso... Basta ler os ultimos bol PM
Sintetizando: NÓS NÃO VAMOS DESISTIR!
Não adiantam as táticas do "esquecimento", da "corrupção política" e muito menos a do "terrorismo ideológico".
Só existe UMA ÚNICA maneira de deixarmos de ser "uns chatos": realizar aquilo que foi prometido e está GRAVADO, aliás exibiremos tal gravação para a população.
JAMAIS DESISTIREMOS!
JUNTOS SOMOS FORTES!
Cada vez que leio as suas crônicas me sinto mais fortalecido e orgulhoso por estar fazendo parte deste Movimento Cívico. Estamos reescrevendo a história da nossa Polícia Militar. Nós cidadãos fluminenses e os verdadeiros Policiais Militares que preferem lutar por salário digno, do que se vender em troca de funções gratificadas, promessas de promoções e até mesmo por propinas e outros ganhos inconfessáveis.
Parabéns Grande Líder, estamos no caminho certo e não desistiremos nunca, pois JUNTOS SOMOS FORTES!
DIVULGAR À EXAUSTÃO AS PROMESSAS FEITAS PELO ATUAL GOVERNADOR QUANDO EM CAMPANHA.CARRO DE SOM COM A VOZ DELE FAZENDO PROMESSAS, NÃO SÓ PARA POLICIAIS MAS TAMBÉM PARA PROFESSORES E PESSOAL DA SAÚDE. O SINDICATO DOS PROFESSORES (SEPE)TEM UMA GRAVAÇÃO EXCELENTE QUE DESMASCARA ESSE POLÍTICO DESCUMPRIDOR DAS SUAS PALAVRAS.
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