Em recente encontro na Corregedoria Interna, com o atual Corregedor Interno da Polícia Militar - Coronel ASSAD - ele comentou comigo as dificuldades encontradas no exercício da função, tendo o autor desse blog concordado plenamente.
A própria natureza da atividade correcional, que ainda acaba esteriotipando negativamente os seus integrantes junto a parte do efetivo, torna a tarefa árdua, a qual é extremamente agravada com a grande demanda do serviço.
Uma demanda que parece interminável.
Eu nunca esquecerei a resposta que recebei na época, quando convidei um Coronel de Polícia para me substituir na Corregedoria Interna, após a confirmação do Coronel Ubiratan como próximo Comandante Geral:
"Isso não é convite que se faça para um amigo..."
Essa resposta empresta a real dimensão das dificuldades enfrentadas ao longo da missão e devo destacar que tenho conhecimento de alguns Coronéis que já se negaram a aceitar essa missão no passado, quando convidados.
E entendo a resposta negativa, o desgaste pessoal é enorme.
Eu quando assumi a Corregedoria Interna da Polícia Militar (maio/2005) era um dos Coronéis mais modernos da Polícia Militar, com menos de um mês de promovido (abril/2005), o que se constituiu em mais uma dificuldade para o cumprimento da missão.
A Corregedoria Interna tem uma demanda contínua e crescente, que merece todos os investimentos por parte do Comando da Polícia Militar, no sentido de apoiar a atividade correcional, ampliando com recursos humanos/materiais e modernizando a gestão, minimizando as dificuldades.
Sem um forte apoio do Comando Geral, a Corregedoria Interna não consegue gerir a sua demanda, o que no passado causou uma grande demanda reprimida, gerando incontáveis problemas até os dias atuais.
Em consequência, urge a estruturação do Gabinete Geral de Assuntos Internos, criado por decreto do atual governo estadual, bem como, o início do primeiro Curso de Assuntos Internos para Oficiais e para Praças.
A atividade correcional não pode deixar de crescer e a sua ampliação para atividade de controle interno, propiciando a indispensável geração de "conhecimento correcional" e o surgimento de uma "inteligência correcional", precisam ser objetivos institucionais.
E por falar em Corregedoria, duas notícias aumentaram a demanda:
A primeira em razão de uma matéria publica no jornal "O DIA" - que não li - contendo uma fotografia onde aparecem dois Coronéis de Polícia e um cantor acusado de envolvimento com o tráfico de drogas.
Eu li o artigo do jornalista Gustavo de Almeida, publicado no seu blog, onde trata do assunto:
A segunda matéria foi publicada no jornal "EXTRA", na coluna da jornalista Berenice Seara, no dia 16/03/2008, a respeito da citação "nada elogiosa" de um Tenente Coronel da Polícia Militar na "Operação Hurricane" da Polícia Federal.
O Oficial teria sido nomeado no Comando anterior como "Coordenador de Assuntos Especiais da PM" e que estaria "ILESO" por continuar, "hoje, na mesma função, junto à cúpula do comando geral da corporação".
As duas notícias, sem dúvida, estão sendo avaliadas pela Corregedoria Interna.
A atividade correcional é muito difícil, concordo plenamente.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
Um comentário:
Que catucada hem Cel. ???? bem dada por sinal...rsrsrsr
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