Consultor Jurídico
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Limites no estado
Subir o morro atirando não é política de segurança
por Marina Ito
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Limites no estado
Subir o morro atirando não é política de segurança
por Marina Ito
O problema da violência retratada pelo filme Tropa de Elite se deve à política de segurança pública adotada pelo estado do Rio de Janeiro. O rigor nas ações policiais não pode ser o de subir favela atirando a esmo. A afirmação é dos debatedores que participaram do debate Tropa de Elite: Limites da ação do Estado, promovido pelo Instituto de Advogados Brasileiros (IAB). Além de avaliarem os temas tratados no filme, os debatedores criticaram a política estadual de combate à criminalidade a apresentaram algumas soluções. Para eles, o estado precisa equipar e treinar os policiais.
Segundo o antropólogo Antônio Rangel Bandeira, para quem o filme deforma a realidade, falta eficiência e inteligência à Polícia. Para Rangel, a Polícia não pode estar acima da lei, pois PM que é autorizado a matar, também é a roubar.
“Temos a pecha de que os Direitos Humanos defendem o bandido. Mas o que defendemos é a dignidade”, afirmou a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB fluminense, Margarida Presburguer. Para a advogada, o secretário de Segurança Pública do estado, José Beltrame, não está preocupado com a vida da população ou dos policiais. “Polícia não é Exército”, afirmou Ester Kosovski, do IAB. Segundo Kosovski, a primeira deve ser formada para defender o cidadão, enquanto o segundo é treinado para matar em defesa do país.
Visão da PM
Segundo o ex-corregedor interno da PM, coronel Paulo Ricardo Paul, o filme divide a corporação em duas: a convencional, inoperante e corrupta, e outra efetiva, mas que tortura, representada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). “O filme passa para a população uma PM que não existe”, afirmou.
Paul também explicou o motivo pelo qual a PM entrou com ação de danos morais e para impedir a exibição do filme Tropa de Elite. Segundo ele, o livro Elite da tropa, que deu origem ao filme, foi assinado por dois oficiais. Com isso, segundo Paul, o livro ganha a visão de dois especialistas, que passam a ser formadores de opinião. Ele reiterou que a corrupção na PM se dá de forma isolada.
O coronel informou, ainda, que um policial ganha cerca de R$ 30 por dia. “Enquanto não se investir no profissional, não teremos segurança pública”, afirmou. O coronel Vidal da Silveira Barros afirmou que a tortura não faz parte do ensino nem da doutrina da PM.
Os debatedores concordaram em assinar um manifesto contra a política de segurança pública a ser enviado ao governador do Rio, Sérgio Cabral. Apesar de o filme ter estreado há cerca de cinco meses e ter sido muito debatido antes mesmo de ser apresentado no cinema, a sessão promovida pelo IAB contou com a participação de advogados e estudantes. O instituto pretende promover sessões de filmes seguidas de debates sobre temas atuais.
Revista Consultor Jurídico, 15 de março de 2008
Segundo o antropólogo Antônio Rangel Bandeira, para quem o filme deforma a realidade, falta eficiência e inteligência à Polícia. Para Rangel, a Polícia não pode estar acima da lei, pois PM que é autorizado a matar, também é a roubar.
“Temos a pecha de que os Direitos Humanos defendem o bandido. Mas o que defendemos é a dignidade”, afirmou a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB fluminense, Margarida Presburguer. Para a advogada, o secretário de Segurança Pública do estado, José Beltrame, não está preocupado com a vida da população ou dos policiais. “Polícia não é Exército”, afirmou Ester Kosovski, do IAB. Segundo Kosovski, a primeira deve ser formada para defender o cidadão, enquanto o segundo é treinado para matar em defesa do país.
Visão da PM
Segundo o ex-corregedor interno da PM, coronel Paulo Ricardo Paul, o filme divide a corporação em duas: a convencional, inoperante e corrupta, e outra efetiva, mas que tortura, representada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). “O filme passa para a população uma PM que não existe”, afirmou.
Paul também explicou o motivo pelo qual a PM entrou com ação de danos morais e para impedir a exibição do filme Tropa de Elite. Segundo ele, o livro Elite da tropa, que deu origem ao filme, foi assinado por dois oficiais. Com isso, segundo Paul, o livro ganha a visão de dois especialistas, que passam a ser formadores de opinião. Ele reiterou que a corrupção na PM se dá de forma isolada.
O coronel informou, ainda, que um policial ganha cerca de R$ 30 por dia. “Enquanto não se investir no profissional, não teremos segurança pública”, afirmou. O coronel Vidal da Silveira Barros afirmou que a tortura não faz parte do ensino nem da doutrina da PM.
Os debatedores concordaram em assinar um manifesto contra a política de segurança pública a ser enviado ao governador do Rio, Sérgio Cabral. Apesar de o filme ter estreado há cerca de cinco meses e ter sido muito debatido antes mesmo de ser apresentado no cinema, a sessão promovida pelo IAB contou com a participação de advogados e estudantes. O instituto pretende promover sessões de filmes seguidas de debates sobre temas atuais.
Revista Consultor Jurídico, 15 de março de 2008
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
Um comentário:
Cel Paúl: será que o IAB encaminhou o manifesto ao governador mesmo?
Acho difícil alguém se opor ao "soberano" atualmente.
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