quinta-feira, 20 de março de 2008

O DIA ONLINE - 20/03/2008 - ASSALTOS DISPARAM EM 2007

20/3/2008 01:33:00
Assaltos disparam em 2007
Estado registra aumento de 13 mil roubos no ano passado.
Secretário culpa falta de policiamento
Paula Sarapu


Rio - O Estado do Rio teve no ano passado 13.154 assaltos a mais que em 2006. Ao todo, foram registradas 59.494 ocorrências de ‘roubo a transeunte’, um aumento de 28,4% em relação ao ano anterior. A deficiência no policiamento ostensivo, segundo o próprio secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, explica a explosão desse tipo de crime. Ao divulgar, ontem, o balanço dos índices de criminalidade de 2007, produzido pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), Beltrame afirmou que seria preciso aumentar em 10 mil homens o efetivo da Polícia Militar para conter a escalada da violência. Um novo concurso, para 3.100 na PM, foi aprovado ontem pela Casa Civil. Existe solução para acabar com a violência no Rio?
“O policiamento ostensivo é um desafio, a lição de casa a ser cumprida. O roubo é um dado preocupante porque é um crime que usa a violência, usa um instrumento que atenta contra a vida das pessoas. Nós combatemos os comandos e isso mexeu em determinados focos, fazendo com que os bandidos viessem para as ruas”, explicou Beltrame.
MENOS ROUBOS DE CARRO
Dos 33 delitos analisados, 19 índices tiveram queda, como roubos de veículos, de carga e a loja. E 14 apresentaram crescimento. Os roubos de rua — a pedestres, roubo de celular e dentro de coletivos — subiram de 62.784 para 75.433, de 2006 para 2007, o que representa um aumento de 20,1%. O secretário disse que medidas serão tomadas para enxugar os batalhões e levar PMs às ruas.
“Temos déficit de 10 mil policiais e precisamos discutir isso. Um batalhão de uma área central, que em 1977 tinha previsão de 1.400 policiais, 30 anos depois tem menos de 500. Vamos trazer os aposentados, estamos investindo no policiamento móvel e vamos acabar com o Batalhão ferroviário”, listou. A Zona Norte registrou assaltos. Em 2006, houve 17.025 roubos e, no ano passado, 21.312. Na região, caíram os roubos de veículos, de 17.372, em 2006, para 14.528.
Na Zona Sul houve aumento nos assaltos a pedestres (de 3.227 para 3.493) e roubos de veículos (de 495 para 633), além dos roubos a residências, que passaram de 79 para 112, em 2007. Em sua primeira apresentação de dados à frente do ISP, o tenente-coronel Mário Sérgio Duarte, presidente do órgão, afirmou que pretende divulgar os índices de criminalidade a cada 15 dias para que, em junho, não haja mais atraso na liberação.
Mortes aumentam e apreensões caem
Os dados do Instituto de Segurança Pública revelam que houve queda na produção policial. Entre 2006 e 200y, caíram os números de prisões e de apreensões de armas e drogas. De acordo com a estatística, aumentou o número de mortos em confronto com a polícia, os autos de resistência. No ano passado, foram recolhidas 11.062 armas, 2.250 a menos que em 2006. Em relação às apreensões de drogas, foram 10.178 casos em 2007, contra 10.793 no ano anterior. O número de mortos em confronto passou de 1.063 para 1.330, e as prisões caíram de 16.543 para 14.355, em 2007, uma redução de 13,2%.

QUADRO RUIM
A coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, da Universidade Cãndido Mendes, Sílvia Ramos, acredita que o aumento dos crimes de rua e a queda no desempenho policial é o pior quadro para a sociedade. Para ela, a sensação de insegurança do cidadão é maior em conseqüência do aumento dos pequenos crimes violentos.
“Você só perde o celular, mas sofre a ameaça de levar um tiro na cabeça porque as armas que antes faziam a segurança das bocas-de-fumo agora são usadas em assalto. É estranho o fato de a polícia estar retirando menos armas das ruas, quando há número maior de crimes ”, comenta Sílvia Pontes.
A pesquisadora também destaca a política de enfrentamentos. “O mais grave é esta combinação que se concentra nos confrontos e não na melhora da atividade nas ruas”, analisa.
Em volta da Providência, menos crimes
Na Área Integrada de Segurança Pública que abrange Gamboa, Saúde, Santo Cristo e parte do Centro, houve queda significativa nos índices de roubos a pedestres em dezembro em relação a novembro. Foram 13 casos a menos, numa redução de 33%. De acordo com policiais, um dos motivos para essa diferença é a ocupação do Exército ao Morro da Providência, iniciada em meados de novembro, para obras do Projeto Cimento Social. Os bandidos que agem no asfalto e costumavam esconder os produtos roubados nos assaltos teriam migrado para outras regiões. O tráfico, no entanto, não desapareceu do morro, apesar da presença de 200 militares do Exército e de de PMs do Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (Gpae). É o que admite o general Rui Monarca da Silveira, comandante das operações na favela. Para ele, um dos fatores que impedem a repressão ao tráfico é o fato de o Exército não ter o poder de polícia para prender suspeitos. “Este poder é, segundo a Constituição, autorizado somente pelo Presidente da República” afirma. O delegado Ricardo Dominguez, da 4ª DP (Central do Brasil), admite que a criminalidade no morro caiu bastante, mas que ainda há bandidos agindo na área.
Colaborou Bartolomeu Brito


Cidadão Fluminense, a velha fórmula vai usada novamente...
O diagnóstico é a falta de policiamento e a solução será um novo concurso para a Polícia Militar, com milhares de vagas.
E no concurso sobrarão vagas, como em todos os últimos concursos, diante da qualidade dos que procuram a Instituição, para arriscarem a vida por menos de R$ 30,00 (trinta reais) por dia.
Paradoxalmente, como explicar o fato do governo estadual alegar não ter dinheiro para pagar dignamente os atuais Policiais Militares, que recebem salários famélicos e ainda, insistir em aumentar o efetivo.
Quando e como pagará salários dignos prometidos durante a campanha eleitoral?
Porém, isso não importa, o Policial Militar precisa ganhar mal, todos nós já sabemos o motivo...
E quanto mais Policiais Militares ganhando mal, policiarem as ruas do Rio de Janeiro, maior a probabilidade do estado paralelo crescer!
Finalmente, porque ao invés de contratar milhares, não retornar para a Polícia Militar os milhares que estão em outros órgãos?
Será que o fim da Polícia Militar será a tercerização de todo seu efetivo, gerando recursos para o Estado do Rio de Janeiro?

JUNTOS SOMOS FORTES!
VAMOS MUDAR ESSE MODELO DE SEGURANÇA PÚBLICA!


PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO

2 comentários:

Anônimo disse...

É "estranho" observar neste Quadro de Dados que as quedas de "Apreensão de drogas", "Armas apreendidas", "Recuperação de veículos" e "Prisões" são considerados resultados POSITIVOS (em verde), quando ao contrário, deveriam ser considerados NEGATIVOS (em vermelho).

Ninguém viu isso?
Estão todos lobotomizados?


Turma 76

Anônimo disse...

Entendo um pouco de estatistica, entretanto nao ha necessidade de conhecimento pra perceber que a distribuicao dos indices neste quadro e no minimo sem sentido, visivelmente tende a criar no leitor uma falsa impressao de reducao da criminalidade, ao dispor elementos de avaliacao positiva na medida em que sao reduzidos no inicio do quadro, com cores verdes, e levando os menos atentos a fazerem uma avaliacao por similaridade diante dos outros indices. Um exemplo: O numero de apreensoes de drogas diminuiu e isso e um fato negativo, entretanto esta em cor verde. Outro exemplo: Os numeros de roubo e furto de veiculos permaneceu praticamente inalterado e quando comparamos com o numero de veiculos recuperados verificamos tambem uma queda; o que representa que os veiculos objeto de crime nao estao sendo recuperados na mesma proporcao.
Felizmente os numeros nao mentem jamais.
Ass.: Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan