terça-feira, 25 de março de 2008

BLOG REPÓRTER DE CRIME - 25/03/2008 - JORGE ANTONIO BARROS

CASO DE POLÍCIA
"Eu não conheço a delegada Sueli Murat de Sousa, mas posso concluir que é uma mulher de coragem e de fibra pelo relatório que fez e assinou na Corregedoria da Polícia Civil. Ela não poupou nem o segundo homem da secretaria de Segurança do estado, ao escrever no relatório que o subsecretário geral da Secretaria de Segurança, Marcio Derenne, autorizou a realização de uma micareta que acabou dando bastante trabalho para a polícia, em Niterói. A delegada isentou de culpa os delegados Marcus Pires e Armando Zucarelli, que trabalhavam na 81a DP (Itaipu), que estavam sendo acusados por colegas da polícia de terem exercido abuso de poder ao não dar autorização para a realização da tal festa que, além de tudo, cobrou ingressos de até R$ 70,00 para acesso a uma praça pública. Ou seja: com o apoio do subsecretário de Segurança, que autorizou a festa por considerar que não havia nada de mal nisso, privatizaram uma praça pública em Niterói. Isso sem contar que a festa teve mais de 50 registros de ocorrência na delegacia.
A polícia alega que não é atribuição dela saber onde será dada a festa. Pode? Acho que não devia, mas pode.
Como se não bastasse ter dado uma autorização que se comprovou infeliz, o delegado Márcio Derenne, que é da Polícia Federal, como outros assessores diretos de Beltrame, ainda mandou o fax com a boa notícia para os organizadores da festa, que foi parar justamente no empreendimento Tio Sam, que tem entre seus sócios o bicheiro Turcão, um dos presos da Operação Hurricane, da... Polícia Federal. Em entrevista ao GLOBO, Derenne alegou ter autorizado a festa porque os organizadores haviam cumprido as exigências legais, inclusive de segurança. Só que durante o evento uma parte da arquibancada afundou.
A polícia alega que o fax foi enviado para o hotel Tio Sam porque lá estavam hospedados os organizadores da festa.
Além de isentar os delegados Marcus e Zucarelli, a delegada Sueli disse no relatório que eles sofreram pressões para não fazerem a coisa certa. De quem teriam partido as pressões é coisa que a própria corregedoria agora vai ter que investigar.
É lamentável que a polícia não se una numa questão básica, que é zelar pela ordem pública. E o programa que autorizou a festa chama-se curiosamente Noite Legal. Imagina se não fosse.
Saiba mais sobre essa história contada com exclusividade pelo repórter Sérgio Ramalho, em matéria do GLOBO de hoje e publicada no
Globo Online."
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO

Um comentário:

Anônimo disse...

Que papel ridículo, hein?
Expliquem-se agora para a população!