A seguir transcrevo um artigo publicado no "Dia online" e faço a inserção de breves comentários (preto):
Dia on line
7/3/2008 10:59:00
"Cidadão que é bandido não tem que ser tratado com pétala de rosa", diz Lula no Alemão Presidente anuncia obras do PAC na comunidade e diz que espera ver o Rio fora das páginas policiais.
Rio - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse emocionado, nesta sexta-feira, ao anunciar o início das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no complexo de favelas do Alemão. Os trabalhos devem ter início na segunda-feira, mas Lula afirmou que, por ele, "já começava amanhã". "Do hotel para cá, fiquei emocionado, porque estamos fazendo em todas as capitais do Brasil, investindo R$ 40 bilhões para cuidar dos pobres, sim. Tem gente que acha que eu deveria estar fazendo outra coisa", afirmou.
"Se depois de tudo isso, agente diminuir as manchetes negativas no Rio de Janeiro... Tem coisa ruim, mas nos sabemos que tem, não é porque você encontra um grão de feijão estragado que a gente vai jogar o prato fora", disse. "Queremos ver ainda na manchete em todos os jornais do País e do Rio de Janeiro, a esperança do Rio voltar a ser a cidade maravilhosa com muita paz que todos almejamos", acrescentou.
(Exmo Presidente, existe uma condição indispensável para o Rio de Janeiro começar a "controlar a criminalidade violenta", o estabelecimento de uma POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA, que contemple medidas preventivas - além de meras táticas repressivas, que transformaram as Instituições Policiais Estaduais em verdadeiros "grupos guerrilheiros estatais" - e que valorize o profissional de segurança pública, que continua ganhando menos de R$ 30,00 por dia para defender o cidadão e a cidadania).
Lula também comentou a possibilidade de confrontos na região por conta das obras. Nas palavras dele, “aqueles que não prestam para viver com a gente, a gente faz como laranja podre, vai tirando do pé" (Exmo Presidente, respeitosamente, na condição de cidadão brasileiro afirmo que sua frase foi profundamente infeliz para um Chefe de Estado, repleta de possibilidades de interpretações negativas, inclusive como forma de estímulo a atual tática do "tiro, porrada e bomba", combatida por todos que querem e precisam de segurança pública, porém que não estimulam a barbárie).
Lula também comentou a possibilidade de confrontos na região por conta das obras. Nas palavras dele, “aqueles que não prestam para viver com a gente, a gente faz como laranja podre, vai tirando do pé" (Exmo Presidente, respeitosamente, na condição de cidadão brasileiro afirmo que sua frase foi profundamente infeliz para um Chefe de Estado, repleta de possibilidades de interpretações negativas, inclusive como forma de estímulo a atual tática do "tiro, porrada e bomba", combatida por todos que querem e precisam de segurança pública, porém que não estimulam a barbárie).
O presidente disse esperar dureza contra os bandidos, mas cuidado com a população local:
“Cidadão que é bandido não tem que ser tratado com pétala de rosa, mas a polícia antes de entrar aqui tem que saber que aqui tem homens e mulheres também”, expressou. (Parece que a fala de um Coronel de Polícia alertou ao Presidente Lula, que deve ter ficado assustado quando ouviu o Coronel de Polícia afirmar sobre a possibilidade da morte iminente de Policiais e de pessoas de bem, nas obras do PAC, no Alemão).
O presidente também agradeceu ao governador Sérgio Cabral e à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff": “A Dilma é uma espécie de mãe do PAC é ela que cuida, é ela que cobra. Ela é a companheira que coordena o PAC”.
“Cidadão que é bandido não tem que ser tratado com pétala de rosa, mas a polícia antes de entrar aqui tem que saber que aqui tem homens e mulheres também”, expressou. (Parece que a fala de um Coronel de Polícia alertou ao Presidente Lula, que deve ter ficado assustado quando ouviu o Coronel de Polícia afirmar sobre a possibilidade da morte iminente de Policiais e de pessoas de bem, nas obras do PAC, no Alemão).
O presidente também agradeceu ao governador Sérgio Cabral e à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff": “A Dilma é uma espécie de mãe do PAC é ela que cuida, é ela que cobra. Ela é a companheira que coordena o PAC”.
Cabral: 'Tem muita gente torcendo contra essas obras'
Antes do presidente Lula, o governador Sérgio Cabral fez um discurso em que prometeu "mudar a história do Complexo do Alemão". "Para as obras irem bem, dependemos de vocês, porque tem muita gente torcendo contra essas obras", disse.
O governador afirmou que as obras estarão prontas daqui a dois anos e afagou o presidente Lula: "é muito fácil convencer o presidente Lula quando se fala de projetos que vão mudar a vida do povo, principalmente ao povo do Rio de Janeiro, que sempre confiou nele".
“Muitos políticos passaram prometendo, criando expectativas e gerando sonhos na população. Muitas vezes a população dessas comunidades foi usada. Prometeram coisas que não foram cumpridas”, disse. (Exmo Governador, não existe nada pior que POLÍTICO QUE PROMETE E NÃO CUMPRE, nessa linha, concordo com vossa excelência e acrescento, QUEM PROMETE E NÃO CUMPRE, deveria passar o bastão, o POVO NÃO TOLERA MAIS ESSE TIPO DE POLÍTICO).
JUNTOS SOMOS FORTES!
DEUS ESTÁ NO COMANDO!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CIDADÃO BRASILEIRO PLENO
4 comentários:
Cel Paúl.
"O povo não tolera mais esse tipo de político":
MENTIRA!
Não só "tolera" como reelege (quer um exemplo?).
Quem resolveu não tolerar mais foram alguns PPMM que resolveram "chutar o balde", deflagrando o início de um processo que irá culminar numa transformação do atual modelo de se fazer política neste país - com mentiras e promessas vãs.
Turma 76
blogueiro por um dia
A Polícia Militar e a Classe Média
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que será comemorado amanhã em todo o mundo ocidental, cedo a vez para a leitora assídua Olga Costa, na seção Blogueiro por um dia, que vai ao ar toda a sexta-feira. É a terceira vez que um internauta tem o espaço que quiser para publicar aqui suas idéias relativas à segurança pública, criminalidade e violência. Como é uma leitora preocupada com a situação como um todo, Olga não fala da questão da mulher, como algum leitor poderia supor. Ela alerta para a necessidade cada vez maior de a classe média se sensibilzar com a questão salarial dos policiais, servidores públicos que atravessam uma das piores crises de remuneração da história recente do Rio. Essa circunstância, com certeza, é resultado de anos de descaso do poder público com a segurança do povo. Aqui, infelizmente, a segurança do cidadão tem dado lugar à segurança de Estado. Basta ver o aparato que está sendo empregado hoje para proteger a comitiva do Presidente da República na inauguração simbólica das obras do PAC nas favelas.
Mas sem mais delongas, aqui vai a íntegra do artigo de Olga:
"A Classe Média e a PM – uma dupla de respeito
No Brasil, o médico, o professor e o policial militar são alguns dos mártires da sociedade. Não falo aqui daquele médico que herdou o consultório do avô “medalhão”, ou daquele professor que teve sua formação custeada pela família abastada que lhe proporcionou a oportunidade de cursar um mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior. Sorte destes, que assim, por mérito pessoal ou oportunidade, podem ter acesso a postos de trabalho mais bem remunerados. Falo mesmo é daqueles servidores públicos que atendem ao seu cliente – o enfermo, o aluno – em estabelecimentos carentes de quase tudo.
Mas vamos ao PM: quem é ele? Em que escolas estudou? Melhor dizendo: em que escolas o PM de amanhã estuda hoje? O que o levará a escolher tão arriscada carreira?
Além de uma eventual vocação – existem casos de escolha por vocação - o que leva um jovem a escolher como carreira a proteção aos membros de uma sociedade? Opção ou falta de alternativa melhor?
Nos Estados Unidos e em muitos outros países, o policial é um trabalhador de classe média, defendendo basicamente membros dessa mesma categoria sócio-econômica. Isso faz dele, naturalmente, um cidadão tão respeitado quanto aqueles a quem defende e protege.
Já no Brasil, e estamos falando do Rio, num mercado de trabalho que privilegia os filhos da classe média branca moradora da zona sul, o que um rapaz - talvez mulato ou negro; talvez morador de um subúrbio ou de uma comunidade carente - pode esperar em termos de carreira? Portador de um diploma de ensino médio, abraça uma das possibilidades que lhe vêm cabendo historicamente: a tropa.
A classe média, envolvida apenas com seus próprios problemas, acaba só olhando para seu próprio umbigo, e torna-se repetidora de chavões tanto de direita quanto de esquerda, e não procura colocar a pessoa e a função do PM dentro do contexto em que ele atua. Arrisca-se assim a afogar-se no fosso de seu próprio castelo.
É necessário que a classe média lance um olhar mais lúcido e generoso sobre aquele que, como dissemos, por opção ou por falta dela, em algum momento de sua vida foi designado para protegê-la. A classe média precisa sair do comodismo e da alienação, e tornar-se solidária com as justas reivindicações salariais e melhores condições de trabalho para aquele que arrisca até a vida para cumprir o dever que lhe foi imposto. Todos precisam compreender a precariedade da condição de vida do PM. Nas condições atuais, o contato que trava com os marginais, até por força do ofício, pode a qualquer momento cooptá-lo para o lado do inimigo, mais próximo a ele em muitos aspectos do que aqueles mais favorecidos a quem tem por obrigação defender.
Para tanto é necessário rever conceitos e superar preconceitos. Enquanto é tempo.
Obs: Post copiado do Blog Repórter de Crime. Muito bom!!!!
Concordo em número, gênero e grau, com as palavras proferidas pelo Sr. Presidente da República LULA quando falou que deveríamos retirar de nosso convívio aquelas pessoas que não prestam, equiparando-as como laranjas podres que deveriam ser retiradas do pé.
Assim como a Administração Pública, na agricultura quando há má administração, tudo o que foi plantado é jogado fora (isso tem me parecido familiar).
A questão é: Quem seriam os agricultores ou citricultores capazes de diferenciar, verdadeiramente, as laranjas podres das laranjas boas? Estaria o Exmo. Sr. Presidente LULA e Governador CABRAL capacitados para tal seleção? Caso sejam, acho que foi puro desperdício de tempo e verbas públicas, pois não se fazia necessário o deslocamento do presidente ao RJ, afinal, assim como a “Cidade Maravilhosa”, lá em Brasília o que mais se tem são laranjas podres, as vezes mais perto do que imaginamos.
O GLOBO ON LINE:
blogueiro por um dia
A Polícia Militar e a Classe Média
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que será comemorado amanhã em todo o mundo ocidental, cedo a vez para a leitora assídua Olga Costa, na seção Blogueiro por um dia, que vai ao ar toda a sexta-feira. É a terceira vez que um internauta tem o espaço que quiser para publicar aqui suas idéias relativas à segurança pública, criminalidade e violência. Como é uma leitora preocupada com a situação como um todo, Olga não fala da questão da mulher, como algum leitor poderia supor. Ela alerta para a necessidade cada vez maior de a classe média se sensibilzar com a questão salarial dos policiais, servidores públicos que atravessam uma das piores crises de remuneração da história recente do Rio. Essa circunstância, com certeza, é resultado de anos de descaso do poder público com a segurança do povo. Aqui, infelizmente, a segurança do cidadão tem dado lugar à segurança de Estado. Basta ver o aparato que está sendo empregado hoje para proteger a comitiva do Presidente da República na inauguração simbólica das obras do PAC nas favelas.
Mas sem mais delongas, aqui vai a íntegra do artigo de Olga:
"A Classe Média e a PM – uma dupla de respeito
No Brasil, o médico, o professor e o policial militar são alguns dos mártires da sociedade. Não falo aqui daquele médico que herdou o consultório do avô “medalhão”, ou daquele professor que teve sua formação custeada pela família abastada que lhe proporcionou a oportunidade de cursar um mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior. Sorte destes, que assim, por mérito pessoal ou oportunidade, podem ter acesso a postos de trabalho mais bem remunerados. Falo mesmo é daqueles servidores públicos que atendem ao seu cliente – o enfermo, o aluno – em estabelecimentos carentes de quase tudo.
Mas vamos ao PM: quem é ele? Em que escolas estudou? Melhor dizendo: em que escolas o PM de amanhã estuda hoje? O que o levará a escolher tão arriscada carreira?
Além de uma eventual vocação – existem casos de escolha por vocação - o que leva um jovem a escolher como carreira a proteção aos membros de uma sociedade? Opção ou falta de alternativa melhor?
Nos Estados Unidos e em muitos outros países, o policial é um trabalhador de classe média, defendendo basicamente membros dessa mesma categoria sócio-econômica. Isso faz dele, naturalmente, um cidadão tão respeitado quanto aqueles a quem defende e protege.
Já no Brasil, e estamos falando do Rio, num mercado de trabalho que privilegia os filhos da classe média branca moradora da zona sul, o que um rapaz - talvez mulato ou negro; talvez morador de um subúrbio ou de uma comunidade carente - pode esperar em termos de carreira? Portador de um diploma de ensino médio, abraça uma das possibilidades que lhe vêm cabendo historicamente: a tropa.
A classe média, envolvida apenas com seus próprios problemas, acaba só olhando para seu próprio umbigo, e torna-se repetidora de chavões tanto de direita quanto de esquerda, e não procura colocar a pessoa e a função do PM dentro do contexto em que ele atua. Arrisca-se assim a afogar-se no fosso de seu próprio castelo.
É necessário que a classe média lance um olhar mais lúcido e generoso sobre aquele que, como dissemos, por opção ou por falta dela, em algum momento de sua vida foi designado para protegê-la. A classe média precisa sair do comodismo e da alienação, e tornar-se solidária com as justas reivindicações salariais e melhores condições de trabalho para aquele que arrisca até a vida para cumprir o dever que lhe foi imposto. Todos precisam compreender a precariedade da condição de vida do PM. Nas condições atuais, o contato que trava com os marginais, até por força do ofício, pode a qualquer momento cooptá-lo para o lado do inimigo, mais próximo a ele em muitos aspectos do que aqueles mais favorecidos a quem tem por obrigação defender.
Para tanto é necessário rever conceitos e superar preconceitos. Enquanto é tempo."
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