JB ONLINE.
O primeiro golpe no curral das milícias.
Felipe Sáles, Paula Máiran e Renata Victal, Jornal do Brasil.
Felipe Sáles, Paula Máiran e Renata Victal, Jornal do Brasil.
RIO - A campanha eleitoral no Rio virou caso de polícia. Somente uma milícia da Zona Oeste faturou neste ano R$ 17 milhões em negócios criminosos para financiar campanhas de seus candidatos próprios, impostos à força do medo nos seus currais eleitorais.
Há centenas desses currais no Rio, controlados pelo tráfico de drogas, por política clientelista e por milícias.
Essa realidade enfrentada por cerca de 500 mil eleitores em favelas do Estado foi tema de série de reportagens do JB desde o domingo dia 13 de julho.
O primeiro a admitir a gravidade do contexto foi o coordenador de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Márcio Victor Alves Pereira:
– Trata-se de uma questão de segurança pública – afirmou ontem o magistrado, que convocou, no dia 11 de julho, a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral para agir contra dos donos dos currais.
O governador Sérgio Cabral Filho, de Brasília, anunciou ontem que aceita, sim, a ajuda da PF para garantir no Rio o exercício constitucional do livre ir e vir de candidatos pela cidade. Há pelo menos duas décadas que política e tráfico se tornaram assuntos um tanto quanto mesclados no Rio.
Fenômeno mais recente é o das milícias eleitoreiras, surgidas há menos oito anos, segundo a própria polícia. São pelo menos cem as comunidades em que milícias já subtraíram a soberania da população.
A prisão, na noite de anteontem, do deputado estadual Natalino Guimarães (DEM) representou golpe e tanto em certo bando miliciano da Zona Oeste, a despeito da ousadia da reação a tiros dos acusados.
Nem tudo está perdido, no entanto. Na Zona Sul, Ingrid Gerolimich (PT) pediu e obteve apoio policial para subir à Rocinha a despeito de ameaças. Na Baixada, o TRE fechou ontem centro social inaugurado neste ano de campanha por Chico Borracheiro (PV), flagrado em puro clientelismo.
Há centenas desses currais no Rio, controlados pelo tráfico de drogas, por política clientelista e por milícias.
Essa realidade enfrentada por cerca de 500 mil eleitores em favelas do Estado foi tema de série de reportagens do JB desde o domingo dia 13 de julho.
O primeiro a admitir a gravidade do contexto foi o coordenador de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Márcio Victor Alves Pereira:
– Trata-se de uma questão de segurança pública – afirmou ontem o magistrado, que convocou, no dia 11 de julho, a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral para agir contra dos donos dos currais.
O governador Sérgio Cabral Filho, de Brasília, anunciou ontem que aceita, sim, a ajuda da PF para garantir no Rio o exercício constitucional do livre ir e vir de candidatos pela cidade. Há pelo menos duas décadas que política e tráfico se tornaram assuntos um tanto quanto mesclados no Rio.
Fenômeno mais recente é o das milícias eleitoreiras, surgidas há menos oito anos, segundo a própria polícia. São pelo menos cem as comunidades em que milícias já subtraíram a soberania da população.
A prisão, na noite de anteontem, do deputado estadual Natalino Guimarães (DEM) representou golpe e tanto em certo bando miliciano da Zona Oeste, a despeito da ousadia da reação a tiros dos acusados.
Nem tudo está perdido, no entanto. Na Zona Sul, Ingrid Gerolimich (PT) pediu e obteve apoio policial para subir à Rocinha a despeito de ameaças. Na Baixada, o TRE fechou ontem centro social inaugurado neste ano de campanha por Chico Borracheiro (PV), flagrado em puro clientelismo.