quarta-feira, 4 de maio de 2011

O SERVIÇO DE 24 HORAS – REPOUSO – RESPONSABILIDADE DO COMANDO.

A escala de serviço é o modo que possibilita que as atividades sejam desempenhadas por turnos, permitindo o desenvolvimento adequado das tarefas (missões) com o indispensável repouso dos funcionários.
Via de regra, esses turnos são de seis ou oito horas diárias com uma carga máxima semanal, respeitando os horários para alimentação, as folgas e o pagamento das horas extras, quando essas se fizerem necessárias e, assim mesmo, obedecendo a um limite máximo para esse trabalho a mais.
As escalas de vinte e quatro de serviço por quarenta e oito, por setenta e duas, etc, horas de folga é uma prática comum nas instituições organizadas militarmente e nas instituições policiais. A própria Polícia Civil emprega essa escala, no caso 24 horas de serviço por 72 horas de folga.
Obviamente, nesse período de 24 horas de serviço, devem estar previstos os horários para alimentação e para o repouso, considerando ser impossível um ser humano trabalhar com eficácia por 24 horas sem descanso.
No caso das atividades policiais, onde se empregam armas de fogo, esse descanso ganha maior relevância ainda, tendo em vista que um homem cansado dificilmente conseguirá usar o armamento de forma eficiente, o que pode significar risco de morte.
Cabe aos comandos fiscalizar que o horário de descanso dos policiais seja respeitado, dispondo de supervisores para tal finalidade, entre outras.
Hoje voltei a receber denúncias que esse horário de repouso não está sendo respeitado em um posto de policiamento da PMERJ, pois os PMs estão sendo deslocados para outros serviços no horário de repouso, acabando por trabalharem durante todas às 24 horas.
Isso não pode dar certo, urge que isso seja coibido antes que uma nova tragédia aconteça, como um disparo equivocado, fruto do desgaste físico, que acabe por vitimar um inocente.
Como fiz de outras vezes, comunicarei o fato pessoalmente a um órgão operacional da Corregedoria Interna da Polícia Militar.
Temos que aprender a respeitar os direitos dos Policiais Militares, aliás, quando o governo Sérgio Cabral vai começar a pagar as horas extras, como já ocorre em vários estados brasileiros?
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

3 comentários:

Anônimo disse...

Precisamos aproveitar esta oportunidade para que a alerj vote um novo regulamento.
precisamos mudar esse regime ditatorial, onde somos oprimidos, presos como bandidos por motivo futil...onde o nosso direito de ampla defesa é conversa pra boi dormir!
Prisão é para bandido e não para trabalhador!

Anônimo disse...

coronel, o praça trabalha não só as 24 horas, algumas vezes já trabalhei mais de 30 horas, pois em grande incêndio, a rendição é no local, em certos pontos que demora muito.

praça em alguns serviços, nem pisca os olhos,

Anônimo disse...

na tragedia da região serrana teve bms que ficaram 72 hs no no local retornava para a obm a noite e regressava para o local no dia seguinte e a escala ficou 24 por 36 por meses,para dar cobertura as maquinas que estavam escavando o local.que por sinal a empresa que prestava este serviço,pertence ao vice-governador indiretamente,eo MP onde estava que não apurou tal fato,recebendo uma graninha do vice a mando do gv.