quarta-feira, 25 de maio de 2011

AS UPAS DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO, NA CAPITAL, FRACASSARAM! - CESAR MAIA.

EX-BLOG DO CESAR MAIA:
1. O Ministério da Saúde, em função dos procedimentos clínicos e cirúrgicos, transfere via SUS os recursos para Estados e Municípios. Divide-os no que se referem as ações da Esfera Federal, da Esfera Estadual, da Esfera Municipal e da Esfera Privada. A série do Ministério da Saúde -dos últimos cinco anos, de 2006 a 2010, relativa à Cidade do Rio de Janeiro- permite analisar a dinâmica dos procedimentos nas 4 esferas, na capital.
2. A partir de 2007, o Governo do Estado do Rio implantou as UPAs, começando pela Capital, pela Cidade do Rio de Janeiro. Foram divulgados e propagados os números dos procedimentos como se as UPAs tivessem multiplicado os mesmos. Para que se possa avaliar o que ocorreu nesses cinco anos, tomamos as informações do SIASUS. Primeiro, do Sistema de Informações Ambulatoriais. Depois, Sistema de Informações Hospitalares. Nos dois casos foram separados os Procedimentos com finalidade diagnóstica e os Procedimentos Clínicos, já que as UPAs não realizam Procedimentos Cirúrgicos. Mesmo estes que em 2006 foram 17.185, em 2010 apenas alcançaram 10.956. As UPAs estavam em funcionamento em 2008, ampliando e amadurecendo em seguida.
3. Comecemos pelo Sistema de Informações Ambulatoriais relativo à Esfera Estadual no Município do Rio de Janeiro. Os Procedimentos Clínicos alcançaram 3.194.727 em 2006. Em 2007 foram 2.231.824. Em 2008 foram 2.116.058. Em 2009 foram 1.597861. E em 2010 foram 1.864.232. Mesmo usando o ano de 2010, a queda foi abrupta: 41%. Se usarmos a média de 2009-2010, com o sistema de UPAs maduro, a queda foi de 46%.
4. Se tomarmos, neste Sistema, os Procedimentos com finalidade diagnóstica, em 2006 foram 3.970.758, em 2007 foram 2.182.173. Em 2008 foram 1.530.793. Em 2009, foram 1.761.176. Em 2010 foram 2.521.332. A queda, em 2010, em relação a 2006 foi de 37%. Em relação à média 2009-2010 a queda foi de 46%.
5. Passemos ao Sistema de Informações Hospitalares. Nesse caso, o número de procedimentos com finalidade diagnóstica, em todas as esferas, é insignificante. Tomemos os Procedimentos Clínicos, supondo que, por qualquer razão, as UPAs os tivessem contabilizado nos hospitais. Os números são, naturalmente, muito menores. Mas vamos lá. Em 2006 foram 39.920. Em 2007 foram 62.688. Em 2008 foram 21.820. Em 2009 foram 18.101 e em 2010 foram 21.213. Ou seja: mesmo na hipótese de contabilização errada, as UPAs nada produziram a mais. Ao contrário.
6. Portanto, o programa estadual de UPAs, que produziria um enorme impacto, esvaziando as filas dos hospitais, nada, rigorosamente nada produziu. A queda de procedimentos com finalidade diagnóstica e de procedimentos clínicos é brutal. O Governo do Estado do Rio na Capital viu esses procedimentos desabarem cerca de 40%.
7. E foram muitos milhões de reais jogados, aplicados, em aluguéis de containers, contratações de pessoal, de materiais, medicamentos, etc. As UPAs nada acrescentaram. Um fracasso rotundo. Muito dinheiro, muita propaganda e nada!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

5 comentários:

Anônimo disse...

AS RAZÕES DA CRISE NO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO RIO!
1. Ninguém tem dúvida dos problemas de remuneração do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do Estado do Rio. A questão remuneratória é básica no conjunto de elementos que a teoria da administração chama de Satisfação. A Insatisfação é geral.

2. Mas há um vetor matriz que explica a crise no Corpo de Bombeiros núcleo central da Defesa Civil. Há um desvio de função da própria corporação. O deslocamento do Corpo de Bombeiros para uma Subsecretaria da Secretaria Estadual de Saúde é algo nunca visto em nenhum lugar do mundo.

3. A decisão, tomada no início dos anos 80, de entregar ao Corpo de Bombeiros os serviços públicos de ambulância relativos aos acidentes de trânsito justificava-se por integrar o escopo da Defesa Civil em áreas públicas de uso coletivo. Mas a centralidade do Corpo de Bombeiros na Defesa Civil não foi afetada. Esta foi elevada a condição de Secretaria de Estado.

4. No entanto, a partir do governo do PMDB, em 2007, a extinção da Secretaria de Defesa Civil e a localização do Corpo de Bombeiros como subsecretaria da secretaria de saúde teve como objetivo suprir a falta de pessoal nos postos de saúde -UPAs...- e até hospitais. E uso -proibido por lei- em funções administrativas de hospitais. Suprir com bombeiros militares funções ambulatoriais tinha por trás a ideia de que isso reduziria as faltas pela punição prevista no regulamento dos mesmos.

5. Abriram-se concursos e pelo menos 5 mil oficiais e suboficiais, médicos e enfermeiros foram contratados. Mas o truque não deu certo e a evasão se deu em proporções enormes e crescentes. Mas o desvio de função corporativa afetou a identidade da própria corporação. E a autoestima desabou. Os 'Combatentes' se sentiram diminuídos. Para se ter uma ideia da gravidade dos fatos, excluindo o cargo de coronel, praticamente 2/3 dos oficiais do Corpo de Bombeiros passaram a ser profissionais de saúde no início de 2010.

6. O governo do Estado do Rio oculta os números, como a proporção de oficiais e suboficiais fora da Defesa Civil, e o volume de evasões. A instituição de Defesa Civil, como tal, sofreu um desmonte. E isso afeta suas funções precípuas. O inchamento da corporação, ampliando-se fora da Defesa Civil em quase 30% seu efetivo, cria mais inflexibilidades salariais.

7. Por décadas, o Corpo de Bombeiros foi a instituição pública mais apreciada pelos cariocas. E as pesquisas mostravam isso. Seu profissionalismo levou os governadores a terem sempre como uma força de pronta ação nas emergências. Isso está acabando, e por responsabilidade do atual governo do Estado.

8. Há uma solução e imediata. Começar pelo reestabelecimento da Secretaria de Defesa Civil e transferir o Corpo de Bombeiros da Secretaria de Saúde. Não há nada mais urgente e fundamental para se começar a enfrentar esta crise.


OPINIÃO DO EX PREFEITO CÉSAR MAIA, cel paul li este texto ele e muito bom,,,,, do cb gomes dos 36 vontando para o gmar.

Anônimo disse...

Precisa o ex-prefeito dizer?

Basta procurar atendimento nestas porcarias para constatar.

Falando em UPAs: O Secretário SÉRGIO CORTES já cumpriu aquela ANTIGA determinação judicial e divulgou O VALOR DOS CONTRATOS????

OU CONTINUA O MISTÉRIO???

sgt paulo cesar disse...

os senhores estão convidados, à fazerem uma visita a UPA, em caxías, pq lafaíete, FALTA tudo!
só tem enfermeiros.

Anônimo disse...

Tabela Salarial dos Soldados das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros do Brasil em Início de Carreira

EM ORDEM DO MAIOR PARA O MENOR SALÁRIO PAGO:

01º - Brasília - R$ 4.129.73
02º - Sergipe – R$ 3.012.00
03º - Goiás – R$ 2.722.00
04º - Mato Grosso do Sul – R$ 2.176.00
05º – São Paulo – R$ 2.170.00
06º – Paraná – R$ 2.128,00 1
07º - Amapá – R$ 2.070.00
08º – Minas Gerais - R$ 2.041.00
09º - Maranhão– R$ 2.037.39
10º – Bahia – inicial - R$ 1.927.00
11º - Alagoas - R$ 1.818.56
12º - Rio Grande do Norte – R$ 1.815.00
13º - Espírito Santo – R$ 1.801.14
14º - Mato Grosso – R$ 1.779.00
15º - Santa Catarina – R$ 1.600.00
16º - Tocantins – R$ 1.572.00
17º - Amazonas – R$ 1.546.00
18º - Ceará – R$ 1.529,00
19º - Roraima – R$ 1.526.91
20º - Piauí – R$ 1.372.00
21º - Pernambuco – R$ 1.331.00
22º - Acre – R$ 1.299.81
23º - Paraíba – R$ 1.297.88
24º - Rondônia – R$ 1.251.00
25º - Pará – R$ 1.215,00
26º - Rio Grande do Sul – R$ 1.172.00
27º - Rio de Janeiro - R$ 1.031,38

A disparidade dos salários é enorme entre muitos Estados. Será que a Polícia Militar do Rio de Janeiro merece estar na posição de pior remuneração paga pelas Polícias Militares do país?

Anônimo disse...

cel,pául,eu quero agradecer o senhor,pelo apoio que sr,tem dado aos bombeiro.meu muito obrigado, juntos somos forte.sgt bm marcos,costa verde...