sexta-feira, 20 de maio de 2011

A FÁBULA DO CASEIRO DE R$ 39 MIL E DO MINISTRO DE R$ 7,5 MILHÕES - REINALDO AZEVEDO.

Veja On Line / Blog Reinaldo Azevêdo.
19/05/2011 às 20:27
A fábula do caseiro de R$ 39 mil e do ministro de R$ 7,5 milhões

No post anterior, vocês lêem trecho de reportagem da Veja Online em que o caseiro Francenildo faz uma pergunta sobre o caso Palocci: “Por que ele não explicou de onde veio o dinheiro? Eu tive de explicar”.
Com uma pergunta muito simples e uma constatação, esse rapaz desconstrói, mais uma vez, Antonio Palocci. É isto: por que o coitado teve de explicar tudinho, e o nababo não precisa explicar coisa nenhuma?
O fato é que o ressurgimento de Palocci no noticiário, não exatamente nas páginas do jornalismo de exaltação, lembra-nos a barbaridade que foi o caso Francenildo, não é mesmo? Um homem pobre, simples, que pertence àquele tal “povão” tão exaltado por Lula, quase foi esmagado pela soma das máquinas do estado e do partido oficial. Teve seus direitos constitucinais violados. Pecado: ele tinha R$ 39 mil na conta e era alguém que testemunhara que o então poderosíssimo ministro da Fazenda freqüentava uma casa de pecados, também os políticos, em Brasília.
O caseiro, de fato, derrubou o ministro — que, como se vê, não ficou na chuva. Eleito logo depois, montou a sua “consultoria” e juntou a fortuna à fama. O que teve seus direitos constitucionais violados vai receber, não havendo protelação, R$ 500 mil de indenização. O então ministro que bisbilhotou a sua conta ganhou uma bolada como consultor, tanto que torrou R$ 7,5 milhões em dois imóveis.
Não é luta de classes no molde marxista exatamente. Estamos diante de um troço diferente. Os petistas formam a nova aristocracia brasileira. Como se sabe, por laços de parentesco e simpatias partidárias, ela tem direito até a passaportes diplomáticos.
Ah, sim: a jornalista que “bateu o fio” para o então ministro sobre a grana do caseiro, Helena Chagas, é a chefona da área de comunicação do governo. Exerceu o mesmo papel na campanha de Dilma. Por indicação de Palocci.
Desta feita, o algoz de Palocci, tudo indica, não é um caseiro, mas um “companheiro”. Quem? A esta altura, o ministro já conhece o preço do bom comportamento com quem o tem na mira. Francenildo se danou apenas porque contou o que viu. Não havia pedido nada em troca.
Por Reinaldo Azevedo
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

3 comentários:

Anônimo disse...

Pelo que sei o dinheiro do caseiro foi depositado pouco tempo antes do escândalo e ele não tinha motivo de vir a publico pra falar nada. Será que o dinheiro não foi o motivo? Me corrijam se eu tiver errado.
Existem muitas explicações plausivas ou não, verdades ou não, convicentes ou não mas se é a realidade ...
Acho que a verdade depende de quem houve. Se eu contar uma verdade e vc achar que é meintira será mentira se eu conta uma mentira e vc achar que é um verdade o que posso fazer?

Anônimo disse...

Continuação do post acima as vezes é mais fácil transformar uma mentira em verdade do que provar que a verdade é realmente a verdade.

Anônimo disse...

Naquela ocasião ficou provado que o dinheiro foi adquirido de forma lícita (não me recordo a fonte).
Basta acessar as notícias da época.

Pior foi o que fizeram para "descobrir" que o caseiro tinha essa "fortuna". Rasgaram à lei.
Por isto (algum dia) receberá sua indenização de R$500 mil, imposta pela justiça.

Já no caso do probo Palocci....