quarta-feira, 4 de maio de 2011

AS ARTIMANHAS DO GOVERNO SÉRGIO CABRAL NA CONCESSÃO DAS GRATIFICAÇÕES.

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro terceiriza os seus Policiais Militares.
Hoje o número de Policiais Militares que recebem dos cofres públicos para exercerem a atividade de Policial Militar, mas que na verdade trabalham em outros órgãos, se aproxima dos 3.000 PMs.
Prezado leitor, não se assuste, o número é esse, próximo de 3.000 PMs.
Isso significa que nós pagamos SEIS BATALHÕES de Policiais Militares para trabalharem em outras atividades e não no policiamento ostensivo.
A Guarda Municipal do Rio de Janeiro é uma das instituições que recebem esses Policiais Militares da ativa, os quais deveriam estar trabalhando na PMERJ. Nesse caso específico, os cedidos são Oficiais em sua maioria, inclusive Coronéis de Polícia da ativa que deveriam estar comandando, chefiando ou dirigindo Organizações Policiais Militares, mas que estão ocupando lugares dos Guardas Municipais de carreira. Obviamente, não fazem isso por amor, muito pelo contrário, ganham excelentes gratificações, além do salário da PMERJ.
Todos esses batalhões fora das ruas, somados aos batalhões que estão imobilizados nas UPPs, resultam em uma gigantesca falta de efetivo para policiar as ruas do Rio de Janeiro. Para solucionar esse problema, o governo Sérgio Cabral (@SergioCabralRJ) resolveu gastar mais dinheiro público ainda em forma de gratificação. Criou o POEPP, travestido do qualificação, o programa tem a finalidade objetiva de fazer com que os Policiais Militares que estão em tratamento de saúde se apressem em sair da condição de Incapacidade Física Parcial (IFP) e passem para a condição de aptos para o serviço, quando podem ser escalados nas ruas. O PM que fica apto recebe seis parcelas de R$ 350,00, sob a justificativa que se qualificou no POEPP.
Mentira tem perna curta.
Ora se o PM se qualificou, tem o direito de receber as parcelas, essa seria a lógica. Todavia, não é isso que acontecesse, como nesses exemplos:
1) O início do gozo de licença especial, apesar de ser um direito, o qual nem pode mais contar em dobro para a inatividade, interrompe o recebimento das parcelas. Entrou de LE, deixa de receber.
2) Os PMs que concluem o POEPP nos batalhões, ao serem classificados nas UPPs, perdem as parcelas. Recentemente, alguns estão tendo que devolver o recebido no valor de R$ 700,00 (duas parcelas).
Tal realidade demonstra que o POEPP não visa a qualificação, mas sim forçar o PM a ficar apto, dando um cala boca, para que ele seja escalado nas ruas para cobrir os SEIS BATALHÕES que estão cedidos a outros órgãos.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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