sábado, 27 de novembro de 2010

É ISSO MESMO! PARA CIMA DELES! SÓ NÃO PODE ACERTAR EM MIM E NA MINHA FAMÍLIA.

É plenamente aceitável que a população do Rio de Janeiro e do Brasil esteja aplaudindo a invasão do território da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, afinal o povo fluminense vive há muito tempo sofrendo com a violência urbana, que provoca a morte de pessoas de bem, de policiais e de criminosos, em todos os lugares e em qualquer horário.
A presença do BOPE, os heróis do Rio, aumenta tal emoção, que cresce geometricamente com a presença das Forças Armadas, pois muitos sempre acreditaram que o problema do Rio só seria resolvido com a presença delas.
Os aplausos são compreensíveis, pois a avaliação do povo é nesta direção, todavia, tecnicamente não pode ser a mesma interpretação.
O artigo que encerra este artigo será crucificado com expressões como "lá vem os protetores dos bandidos" e semelhantes, entretanto, para avaliar tecnicamente cada fato, precisamos avaliar os fatos sem emoção e com razão.
Cidadão, o que você está assistindo pela televisão?
Uma invasão militar em um território onde 99% dos residentes são pessoas de bem, como o próprio governo reconhece.
Curto e grosso:
Uma ação de guerra está sendo desenvolvida em uma comunidade densamente povoada por cidadãos brasileiros. Pobres, alguns miseráveis, mas tão cidadãos brasileiros quanto os que pagam só de IPTU, o que eles não conseguem por ano.
Os integrantes das Forças Armadas, das Forças Policiais e os traficantes de drogas estão trocando tiros com armas fabricadas para serem usadas em guerras, OS FUZIS.
Cidadão, procure saber a capacidade transfixante de uma munição de fuzil.
É guerra, como ocorre em outros locais do mundo.
Ou não é isso?
Estou mentindo?
Sou destemperado, como alega o governo fluminense?
Você pode argumentar:
Coronel, mas não existe outra solução? Tem que ser assim ou não se faz nada.
Eu discordo completamente, oportunamente escreverei sobre isso, mas adianto que o quadro atual é fruto da inércia dos governos estadual e federal, que não fazem o que devem fazer, começando pela valorização e qualificação das forças estaduais da segurança pública. Eles criaram as condições atuais.
Por enquanto, vamos ficar com a sua opinião:
Não existe outra solução.
Então, por que o governo Sérgio Cabral não desenvolveu este tipo de ação de guerra quando ocupou o Dona Marta?
O Morro dos Cabritos?
O Pavão/Pavãozinho?
O Babilônia?
O Chapéu Mangueira?
Era muito mais fácil agir em tais comunidades, o tráfico é muito menos poderoso.
Bastava agir da mesma forma: pedir socorro às Forças Armadas e à Polícia Federal, cercar, usar os blindados adequados, enfrentar os traficantes (número muito menor), aprender suas armas de guerra (em número muito menor) e, depois, implantar a UPP.
Simples, primário, muito mais fácil de fazer.
Isso evitaria que eles se deslocassem e reforçassem a Vila Cruzeiro e o Complexo, como o próprio governo não cansa de afirmar.
Por que o governo Sérgo Cabral não agiu assim?
Não cercou estas comunidades, com está fazendo no Complexo do Alemão, para impedir que deixassem os locais e possibilitando que fossem presos?
Simples, primário.
Elitismo!
Uma bala perdida na Zona Sul é uma tragédia, poderia significar a perda da reeleição, enquanto milhares de balas perdidas na Zona Norte, representam que o governo está enfrentando heroicamente o tráfico de drogas.
Por favor, leia o artigo, usando a razão.
"IG ANISTIA INTERNACIONAL.
Anistia Internacional critica ação da Polícia no Rio
Pesquisador da entidade diz que 'violência é inaceitável' mas afirma que resposta da Polícia pôs comunidade em risco

A Anistia Internacional pediu neste sábado ao governo brasileiro que atue dentro da lei em sua resposta à onda de violência promovida pelas quadrilhas de traficantes no Rio de Janeiro, ao longo da última semana. "Esta violência é totalmente inaceitável, mas a resposta da Polícia colocou em situação de risco às comunidades", manifestou em comunicado Patrick Wilcken, pesquisador da Anistia Internacional especializado no Brasil.
Wilcken destacou que "as autoridades devem garantir em primeiro lugar a segurança e o bem-estar geral da população em qualquer operação em áreas residenciais". Na opinião do pesquisador da AI, esta onda de violência "é sintoma de erros profundos no sistema de Justiça" e deveria representar "uma sinal de alerta para as próximas administrações federais e estaduais".
Anistia expressou seu temor de que a operação de segurança em andamento em torno do grupo de comunidades conhecidas como Complexo do Alemão derive em maior derramamento de sangue.
Esta organização lembrou que em 2007 ocorreu uma operação similar no Complexo do Alemão, onde as mortes de 19 pessoas nunca foram esclarecidas, apesar da comissão de direitos humanos ter afirmado que ocorreram execuções extrajudiciais. "A operação não teve impacto positivo de longo prazo para a segurança da comunidade", assinalou AI.
Além disso, "a tarefa policial no Rio de Janeiro segue ligada aos métodos repressivos", como demonstra o número de mais de 500 pessoas mortas nas mãos da Polícia neste ano, o que as autoridades classificam como "ações de resistência".
Só peço que as autoridades do governo estadual e federal assumam as suas responsabilidades e não empurrem tudo para a conta dos policiais.
Criaram a GUERRA, assumiram os riscos, assumam a responsabilidade.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

12 comentários:

Anônimo disse...

Perfeita exposição.
Parabéns!

Anônimo disse...

Esta talvez seja a crônica de "um amor PROIBIDO", como no clássico Romeu e Julieta.

O "namoro", que ia tão bem, repentinamente acabou.

Qual teria sido o motivo?

Fim da paixão?
Algum tipo de TRAIÇÃO?

Por enquanto, apenas um dos personagens se dispôs a "cometer o suicídio".

Anônimo disse...

Coronel, essa é a hora de sensibilizar a sociedade e os políticos em prol da aprovação da PEC 300. Chego a imaginar a cara dos políticos ao verem em uma cobertura ao vivo, moradores (Teoricamente, porque a cobertura ao vivo é lá)do complexo do Alemão com faixas pedindo pela a aprovação da proposta. Sugiro o conteúdo de uma: PEC 300, ESSES GUERREIROS MERECEM!!! Causaria uma comoção nacional.
Abraço
Futuro policial

Anônimo disse...

Minha opinião é que não fizeram nas favelas citadas pq são menores, e não era necessário. Tanto não era necessário, que elas estão calmas. O fato é: resultou. Essa guerra atual, coronel, está se dando no terreno da psicologia, com o efeito intimidador. E o senhor sabe disso.

No mais, essa história de que na ZS não pode haver tiro e blablablá, é tudo verdade. Mas se os fatos são dados, cabe agir da forma que se achar melhor.

PRAÇA disse...

CORONEL, ACHO QUE SE ENCONTROU UMA SAÍDA PARA A PAZ NO RIO.
PROPONDO A RENDIÇÃO DOS BANDIDOS, O GOVERNO SAI VITORIOSO.
ASSIM TAMBÉM,OS BANDIDOS SAEM VITORIOSOS, POIS, O SEU TERRITÓRIO NÃO FOI INVADIDO.

VISTO QUE A IMPRENSA JÁ NOTICIOU QUE A MAIORIA DESSES BANDIDOS NÃO TEM PASSAGEM PELA POLÍCIA. (PODE SER UMA VISÃO DO FUTURO). SE OS VERDADEIROS BANDIDOS PEGAREM AS FAMÍLIAS DE BEM COMOREFEM DENTRO DOALEMÃO E OBRIGAREM SEUS FILHOS DE BEM A SAIREM DA FAVELA COM O FUZIL NA MÃO E CONFESSAREM QUE SÃO DO TRAFICO. OS VERDADEIROS BANDIDOS CONTINUARÃO SOLTOS. ENQUANTO OS POBRES INOCENTES FICARÃO PRESO EM SEUS LUGARES.

QUEM SAIRIA VENCEDOR. OS BANDIDOS QUE PERDERIAM MUITAS ARMAS, MAS, NEM TODAS OU O GOVERNO QUE IRIA IGNORAR AS IMAGENS PARA COMPARAR SE OS QUE SE ENTREGARAM SÃO OS MESMO QUE FUGIRAM E JUNTO COM A MÍDIA IRIA ILUDIR O MUNDO DIZENDO QUE O PODER PÚBLICO VENCEU A GUERRA?

NUM MUNDO DE MENTIROSOS. QUALQUER FABULA É VERDADE.
PRAÇA.

Anônimo disse...

Revista Veja
Blog do Reinaldo Azevedo

27/11/2010 às 6:39
Se preciso, contesto o Vaticano; imaginem se não contestaria Sérgio Cabral.

"...Cumpre, de resto, destacar, que eu acredito, sim, que bandidos têm de ser enfrentados e presos, como se está fazendo agora. Quem não acreditava nisso era Sérgio Cabral. E acho que as Forças Armadas têm de atuar, quando necessário, para garantir a segurança interna. É um ordenamento constitucional. As minhas reservas nunca foram essas. Ao contrário até: o que eu criticava era o mito das UPPs, que não prendiam ninguém, que não apreendiam drogas, que não enfrentavam resistência. Aquilo nunca existiu. Mas foram cantadas em prosa e verso.

Levantar questões que o discurso oficial não consegue explicar é uma das tarefas do jornalismo. Declinar desse trabalho corresponde a renunciar à missão. Não o farei. Em 2006, numa entrevista ao vivo, encontrável no YouTube, William Bonner, editor-chefe do Jornal Nacional, perguntou ao então governador de São Paulo, Cláudio Lembo, o que havia dado errado na governança, já que o PCC estava botando pra quebrar. Pergunta cabível. Em 2010, é preciso que alguém pergunte a Sérgio Cabral: “Mas governador, o que deu errado?” Não se pergunta — na Globo e em lugar nenhum! Em 2006, em São Paulo, as TVs enfatizavam o medo da população, o constrangimento, os sustos, a estupefação; em 2010, o que vemos nas ruas do Rio, em todas as emissoras, é uma população valente, corajosa, que segue adiante, que reconhece os desafios do governo e da polícia.

Certamente havia algo de errado em 2006 em São Paulo — o problema parece ter sido corrigido ou mitigado ao menos —, e a pergunta era cabível, sim. Mais do que isso: era necessária. Em 2010, a impressão que se tem é que Sérgio Cabral está colhendo os resultados dos seus acertos. Ele foi tão eficiente, mas tão eficiente, que a bandidagem se revoltou e decidiu botar fogo no Rio. Estou entre os que acham que as críticas de 2006 ajudaram o governo de São Paulo a corrigir seus erros — os índices de homicídio no estado, por exemplo, atingem a marca histórica de 9 por 100 mil habitantes. E acredito que o espírito cívico de 2010 no Rio está endossando e encobrindo erros, que cobram o seu preço".

Anônimo disse...

Blog do Dácio Malta. 27/11/2010

TROPA DA MÍDIA
Fernando de Barros e Silva*

Há um triunfalismo exorbitante na cobertura jornalística dos acontecimentos gravíssimos no Rio de Janeiro. Na sua primeira página de ontem, o jornal “O Globo” estampou, em letras garrafais: “O Dia D da guerra ao tráfico”.
A comparação, ou “semelhança simbólica”, entre a ocupação da Vila Cruzeiro, anteontem, e o desembarque das tropas aliadas na Normandia, impondo a derrota aos nazistas, é um despropósito, um disparate histórico, além de factual.
Vale lembrar: no dia 21 de abril de 2008, o Bope pendurou na parte mais alta da mesma Vila Cruzeiro a sua bandeira preta com a caveira no centro. A tropa de elite da polícia comemorava uma semana de ocupação na favela. Falava-se então na apreensão de “três mil sacolés de cocaína e 480 pedras de crack”. Já vimos, pois, esse filme antes.
O que aconteceu desde então? As coisas agora são diferentes? Parece que sim. A começar pelo emprego de armamentos de guerra e de efetivos das Forças Armadas no cerco ao tráfico. Os bandidos também mudaram de patamar: passaram a patrocinar ações típicas da guerrilha e do terrorismo pela cidade.
Até prova em contrário, esses parecem ser sintomas do agravamento de um problema, e não da sua solução. Curiosamente, o secretário de Segurança do Rio mostra ter mais noção disso do que a mídia.
Por toda parte -TVs, jornais, internet-, há uma tendência compulsiva para transformar a realidade em enredo de “Tropa de Elite 3″, o filme do acerto de contas final. A dramatização meio oficialista e meio ficcional do conflito parece se beneficiar de uma fúria coletiva e sem ressalvas dirigida aos morros, como quem diz: sobe, invade, explode, arregaça, extermina!
É quase possível ouvir no ar o lamento pela ausência de traficantes metralhados diante das câmeras. Até o momento em que escrevo, foram incendiados 99 veículos e mortas 44 pessoas.
Quantas eram marginais? Quantas eram só pobres-diabos? E que diferença isso faz?
*Fernando de Barros e Silva é jornalista da ‘Folha’.

EDIVAL ANCHIETA disse...

O GOVERNO CABRAL GOSTA DE INOVAR, ATÉ EM TERMOS DE CONSTITUIÇÃO FEDERAL. APARECE UMA INTERVENÇÃO FEDERAL"BRANÇA", SEM OS PRESSUPOSTOS, QUE DEVERIAM ADVIR. COM ISSO COMETE CRIME DE RESPOSNSABILIDADE, O GOVERNADOR DO ESTADO, EO MINISTRO DA DEFESA.TEM MAIS GENTE AÍ PARA POR A MÃO NA CABEÇA. CADÊ O CONGRESSO!?

Anônimo disse...

O sr verá Cabral ser protagonista, junto com Beltrame, de um momento histórico no Brasil. O Rio será, SIM, pacificado, e o governador foi o único que teve atitude política para isso. Os brasileiros lembrarão dele como protagonista desse momento DIVISOR DE ÁGUAS, onde o tráfico de drogas no Rio caminha para a decadência ao menos no que diz respeito a ocupação militar de territórios do estado. Ainda, para sua maior ira, é capaz de o sr ver Cabral presidente em 2014 ou 2018 justamente por essas aitudes e Beltrame governador!

Anônimo disse...

É bem provável que a AI esteja na folha de pagamento dos traficantes do Complexo do Aelmão. Não me espantaria de ver o nome de alguns de seus dirigentes em caderninhos da contabilidade do tráfico.

Anônimo disse...

Que o Cabral é um demagogo, manipulador, oportunista TODO mundo c/ um mínimo de inteligência e malicia, sabe.

Mas no momento que citou aquele gringo panaca da Anistia Internacional, perdeu uma chance enorme de ficar calado.

Você sabia que a Anistia faz campanha contra o uso de blindados(qualquer tipo) pela policia do Rio?
Sabia que eles fazem parte do lobby que impede que grana do Pronasci seja usado na compra de coletes balisticos?

Acorde PAUL!

Quer criticar o Cabral, o Beltrame ou o Mario Sergio, escolha melhor argumentos e aliados.

Anônimo disse...

Caro companheiro Cel. Paúl ! Parabenizo a PMERJ, P. Civil e as Forças Armadas pelo empenho na ação realizada e devidamente vitoriosa na intenção objetivo final. Exponho a minha opinião como brasileiro e carioca, não sendo ela uma crítica, mas mesmo uma opinião de patriotismo. Sem julgar o Estado que nos antigos Governos nada fizeram e até mesmo a PMERJ que em algum momento a ação policial não foi a contento da opinião pública. Na REAL, que se lasque a Anistia Internacional, Direitos Humanos, ONGS e seja lá o que for, esses donos de mídia e politica extremista. O Brasil não deve obrigação de informar a eles o que fizemos e o que iremos fazer. Cuidem eles de seus casos e concentrem-se e apoiar a Países que realmente necessita ajuda humanitária. O QUE SÃO MUITOS. Por isso meu caro companheiro Cel Paúl, não podemos deixar agora escapar essa oportunidade de nossas maõs ! Tá na hora do Governo do esado, apoiar a família Policial, as Instituições de Segurança e aperfeiçoar a mesma. Reaparelhando e melhorando a Administração Militar Estadual e Policia Civil, seja nos salários, promoções e regulamentos (Estatutos). Assim, poderemos dar uma resposta através da internet ao Gringos que sempre vem dar piruadas aqui. Vencemos mais uma vez, agora se foi por Política, não posso falar ! A PMERJ cumpre Ordens, somos militares, por isso; ORDEM DADA É MISSÃO CUMPRIDA ! Minha Honra ao BRASIL !!! HURRA !!!!!!!!!