JORNAL O POVO DO RIO
Presunção de inocência é um direito que deve ser respeitado para todos os cidadãos brasileiros quando acusados de qualquer crime, portanto, ninguém deve ser condenado antecipadamente em nenhuma hipótese, pois esse erro é irreparável, caso no futuro as acusações não sejam comprovadas.
Obviamente, as imagens veiculadas pelo noticiário onde aparecem a vítima sendo abordada e ferida, a passagem da viatura da Polícia Militar pelo local e o Policial Militar recolhendo e se apropriando de pertences, constituem fortes indícios da prática de crimes graves.
Fatos indiscutíveis.
Todavia, apenas a reconstituição dos fatos no local, a partir dessas imagens, com o cruzamento de horários e de distâncias entre os locais onde estão situadas as câmeras que filmaram, além de outras provas, poderá definir para esclarecer como tudo aconteceu.
Longe de defender os acusados, o que não é nossa intenção, muito menos nossa atribuição, temos que solicitar mais técnica investigativa e menos emoção, uma inimiga mortal da verdade.
Não custa recordar o caso da tentativa de homicídio contra o delegado Alexandre Neto, quando a Rede Globo de TV veiculou imagens e falas que sugestionavam que uma viatura da PMERJ tinha escoltado o veículo onde estavam os agressores.
Os Policiais Militares foram execrados publicamente e “condenados” previamente.
Meses depois, quando no curso da investigação na Polícia Militar, conseguimos obter a fita completa da gravação, a verdade era muito diferente do noticiado.
Os Policiais Militares acusados da escolta foram absolvidos pela justiça.
E agora?
Como recuperar os danos morais a que eles foram submetidos, inclusive pelo fato de terem ficado presos no BEP por muito tempo?
Urge que a técnica prevaleça dessa vez.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Obviamente, as imagens veiculadas pelo noticiário onde aparecem a vítima sendo abordada e ferida, a passagem da viatura da Polícia Militar pelo local e o Policial Militar recolhendo e se apropriando de pertences, constituem fortes indícios da prática de crimes graves.
Fatos indiscutíveis.
Todavia, apenas a reconstituição dos fatos no local, a partir dessas imagens, com o cruzamento de horários e de distâncias entre os locais onde estão situadas as câmeras que filmaram, além de outras provas, poderá definir para esclarecer como tudo aconteceu.
Longe de defender os acusados, o que não é nossa intenção, muito menos nossa atribuição, temos que solicitar mais técnica investigativa e menos emoção, uma inimiga mortal da verdade.
Não custa recordar o caso da tentativa de homicídio contra o delegado Alexandre Neto, quando a Rede Globo de TV veiculou imagens e falas que sugestionavam que uma viatura da PMERJ tinha escoltado o veículo onde estavam os agressores.
Os Policiais Militares foram execrados publicamente e “condenados” previamente.
Meses depois, quando no curso da investigação na Polícia Militar, conseguimos obter a fita completa da gravação, a verdade era muito diferente do noticiado.
Os Policiais Militares acusados da escolta foram absolvidos pela justiça.
E agora?
Como recuperar os danos morais a que eles foram submetidos, inclusive pelo fato de terem ficado presos no BEP por muito tempo?
Urge que a técnica prevaleça dessa vez.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
9 comentários:
USO DAS FORÇAS ARMADAS,JÁ ERA TEMPO: SÃO PAULO (Reuters) - O debate sobre a utilização das Forças Armadas em operações de segurança pública voltou à tona nesta semana após a mais recente onda de violência no Rio de Janeiro, mas especialistas divergem sobre a forma que os militares seriam empregados no combate ao crime e se poderiam solucionar crises deste tipo em todo o país.
Pelo menos 33 pessoas morreram desde sábado, quando começaram confrontos entre facções criminosas rivais e a polícia em favelas no Rio de Janeiro, entre elas três policiais que estavam em um helicóptero abatido por criminosos no Morro dos Macacos, zona norte fluminense.
"O Exército, para entrar aí, não pode ser empregado como força policial. Ele tem de ser empregado como força militar", argumentou o coronel da reserva Geraldo Cavagnari, pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, acrescentando que não vê o governo e a sociedade brasileira dispostos a arcar com o ônus da participação dos militares em crises urbanas.
"A missão dos militares nesse caso seria aniquilar as gangues do ponto de vista militar e praticamente fulminar o narcotráfico", acrescentou, lembrando que mortes de civis seriam inevitáveis nas densamente povoadas favelas do Rio.
"Não há condições de uma operação desse tipo numa favela do Rio de Janeiro, porque nem o governo nem a sociedade aceitam esse compromisso, com esse ônus."
A participação das Forças Armadas foi defendida esta semana pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que propôs uma política nacional abrangente para combater a violência desde a entrada de armas pelas fronteiras até os confrontos urbanos.
O Ministério da Defesa estuda o envio ao Congresso de um projeto que cria um estatuto jurídico para a atuação das Forças Armadas na segurança pública e o ministro Nelson Jobim costuma citar a experiência dos militares brasileiros no comando da força de paz da ONU no Haiti para afirmar que há competência para isso.
Mas o diagnóstico da professora-doutora Jaqueline Muniz, integrante do Grupo de Estudos Estratégicos da Coppe/UFRJ e da Universidade Cândido Mendes, vai no sentido contrário. Para ela, a crise da segurança no Rio de Janeiro é de governança e corrupção, não do tamanho das forças envolvidas.
"(O uso das Forças Armadas na segurança pública) não vai produzir o resultado desejado", disse.
"Isso é uma cortina de fumaça, no meu ponto de vista. É como se se quisesse pôr o problema para longe", disse.
Para a especialista, falta regulamentação sobre o que as polícias podem e não podem fazer. Isso, argumenta, transforma os mandatos policiais em "cheques em branco", dando margem a "toda forma de manipulação".
Segundo Jaqueline Muniz, é crucial para o Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras seguir o exemplo de metrópoles como Nova York e Chicago que se concentraram no combate à corrupção em todos os níveis da polícia para solucionar seus problema de segurança pública.
"Me surpreende que o Supremo, o Congresso não se mobilizem para a construção de uma força-tarefa anticorrupção no Rio de Janeiro. É disso que nós precisamos", avaliou
UPA da Penha fecha por causa do confronto na Vila Cruzeiro
Polícia afirma que unidade poderia sofrer um atentado
POR RICARDO ALBUQUERQUE, RIO DE JANEIRO
Rio - Em decorrência do intenso tiroteio na Vila Cruzeiro, na Vila da Penha, Zona Norte do Rio, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada no espaço do Parque Ari Barroso, está fechada. Os funcionários estão trancados dentro da tenda. Houve princípio de tumulto, mas a Polícia Militar controlou a situação.
Um homem foi preso por quebrar uma janela da UPA. De acordo com o tenente Martins, que comanda a operação no local, informações davam conta de que a unidade sofreria um atentado. Policiais trocaram tiros com bandidos e conseguiram evitar novo problema.
Cerca de 30 pacientes conseguiram entrar na UPA. Um senhor identificado como Luiz Ademar Santos, de 57 anos, estava tenso ao lado de fora da unidade, mas após 15 minutos conseguiu entrar para ser atendido. Ele tinha um sangramento na perna, em decorrência de uma veia estourada, e tentava se abrigar para não ser atingido por tiros.
A UPA da Penha fica próxima ao Viaduto Lobo Júnior e em um dos acessos à Favela da Chatuba
Caro Coronel Paul,
Concordo que seja necessário a utilização de técnica o que passa, necessariamente, pela atuação da perícia. O problema é que o governo do estado aparentemente não tem nenhum interesse em melhorar este órgão. A polícia civil trata a perícia como se fosse um propriedade sua. Por exemplo, nos fatos recentes envolvendo a morte de três amigos que voltavam para casa, não houve nem solicitação de perícia de local. Por outro lado, quando os peritos resolvem se mobilizar por melhores condições de trabalho, o que acontece? O presidente e o vice presidente da Associação dos Peritos (APERJ) são banidos de suas lotações e mandados para pontos extremos do estado, em uma clara atitude arbitrária. Mas o pior não é isso. Um dos peritos banidos para longe é um dos poucos especialistas na área de áudio e imagem e foi transferido para um local onde não existe a mínima possibilidade de o mesmo executar aquilo que aprendeu em anos de estudos. Portanto, caro Coronel, devemos torcer para que o caso não necessite de uma perícia mais especializada envolvendo o sistema de filmagem do local onde ocorreu a morte do integrante do Afro-Reggae...Resta-nos apenas torcer...
Ou então, o governador entender que a perícia não é da polícia. A perícia é um direito da sociedade, pois somente com uma prova material forte, confiável, que não fique à mercê de joguetes políticos será possível chegar à justiça.
Um abraço,
Alexandre Giovanelli
1º Secretário da APERJ
caro amigo paul,
é claro que certos setores da sociedade preferem condenar primeiro e investigar depois e isso de forma alguma é feito de forma aleatória, muito pelo contrário tem objetivos muito específicos, qual seja desviar o foco da grandes maracutaias promovidas por essa cleptocracia que domina o país faz muito tempo.
Ou então no caso das grandes tragédias como essa que se abateu sobre a população carioca, caiu como uma luva para o (des)governador desviar o foco e esquecer do grande problema que é a questão da violência e da criminalidade neste belo e indigitado estado.
No caso do Delegado Alexandre Neto o mesmo não perde nem perderá nenhuma oportunidade para atacar uma corporação que ele pessoalmente odeia, entretanto quero lembrar aqui que se o ilustre policial se desse ao trabalho de ler uma etnografia de autoria do Profesror Roberto Kant de Lima intitulada:Polícia do RIo de Janeiro-Dilemas e Paradoxos, ele iria verificar que ocorre com frequência na própria instituição a que pertence, aquilo que o pesquisador denominou" negociação da lei", promovida por ilustres colegas.
é o caso de citar o célebre adágio popular "macaco olha o teu rabo"!
saudações
paulo fontes
A cada dois dias, um policial militar é expulso da corporação, no Rio. Foram 1.716 policiais excluídos entre 1999 e 2009, segundo dados da Corregedoria da Polícia Militar.
Para o sociólogo Fabiano Monteiro, coordenador do curso de aprimoramento da prática policial cidadã da ONG Viva Rio, acredita que o desvio de conduta do policial está ligado à dificuldade da corporação de transmitir valores para os seus homens.
Em sete anos, 12 mil policiais passaram pelo curso.
Fonte:Diário Catarinense
Ao contrário das colocações da Professora Dra Jaqueline Muniz, sou formado na vida e na profissão policial e modifico só um 'pouquinho' o texto lido para o seguinte: "me surpreende que as Polícias e o Povo não se mobilizem para a construção de uma força-tarefa anticorrupção no Supremo e no Congresso. É disso que nós precisamos, avalio." O exemplo vem de cima e cada país tem a Polícia que merece. Quanto ganha um policial de Nova York e Chicago? Qual a sua escala? As Prefeituras pagam horas extras em caso de mobilização por lá? As viaturas possuem cameras e gravação da conversação por lá? A Justiça de lá prende político e rico? Qualquer criminoso lá é algemado ou depende? Policial lá é respeitado? Há inúmeros recursos legais por lá ou a cana é dura?
Polícia de lá faz ciclo completo ou pára no meio? Bandido irrecuperável de lá passeia de avião ou recebe injeção? Menor de lá é responsabilizado e contido ou é preso e solto onze vezes? Lá tem mensalão e dinheiro na cueca? O PM do Rio daria um show nesses paraísos, assim como nosso jogador de futebol arrebenta lá fora. Os policiais americanos quando vêem as nosssas favelas e a desorganização do nosso Estado tecem inúmeros elogios à nossa Polícia pois não compreendem como fazemos nosso trabalho nesse mafuá. Vou parar por aqui e não lembrei de nada que dependa da ou "do" polícia...
Concordo em parte com a Gabriela e com o sociólogo citado. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro deve mesmo ter uma dificuldade enorme de transmitir valores para os seus homens. Sugiro que os coronéis da PM façam um estágio no Senado, na Câmara, no Judiciário, na Presidência, ou mesmo nas Assembléias e Câmaras Municipais de todo o país e órgãos diversos do Executivo, pois certamente nesses locais encontrarão a reserva moral da Nação e métodos eficientes de transmissão de valores dignos. Por exemplo: Como conduzir dinheiro na cueca com dignidade, como construir tribunais e vender sentenças de forma mais econômica, como dividir o mensalão com equidade, know-how de receber pick-up da empreiteira em licitação e depois fazer acordo com o MP para não ir preso (muito melhor que colocar duas caixas de cerveja na mala da viatura, ser preso e expulso da Corporação!), como extorquir o cantineiro do Senado, como burlar o sigilo de votação do painel do Congresso e não dar bandeira, como gastar em cartões corporativos discretamente, como empregar as amantes, amigos e familiares com decência e bom salário, como aumentar os seus próprios rendimentos na forma da Lei,como viajar de avião de graça com a família (2 cursos-nacional e exterior) etc. Me poupem! Salve a PM e o PM! Se tantos foram expulsos é porque há moral na Corporação, raciocinem.
Prezado Coronel Paul.
Só desinformados e/ou muito ingênuos acreditam que uma pessôa instruída, de boa formação e ciente dos problemas que passa o policial do Rio de Janeiro( financeiro, assistencial, etc...) concorrem para ingressar nos seus quadros, especialmente o de praças. O que, infelizmente, ocorre é que os interessados em pertencerem às fileiras das polícias do nosso estado, já vem mal intencionados, pensando tão somente em fraudes, desonestidades e na utilização da carteira de policial para (mal)uso pessoal. A solução para a melhor qualificação seria uma valorização por parte do governo estadual, com um salário digno e e melhores condições de vida ( transporte, alimentação, saúde e moradia). Quantidade não é qualidade!!!! De nada vale aumentar o efetivo se os que entrarão virão mal intencionados.
Consta nos arquivos da Wikipédia:
Sérgio Cabral Filho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Durante seu mandato como presidente da ALERJ, nomeou para seu gabinete, a esposa do fiscal do governo do estado Silvana Dionízio Silveirinha Corrêa, que ficou conhecido por Silveirinha.[5][6] Rodrigo Silveirinha Corrêa, suspeito de comandar um esquema de corrupção na Secretaria de Estado da Fazenda no governo Garotinho, conhecido como Propinoduto. [7][8] Porém, a contratação de Silvana durou apenas um dia, e o próprio voltou atrás, afirmando ter sido um erro de seus funcionários.[9][10]
Em 1998, o então deputado Sérgio Cabral foi denunciado pelo então governador Marcelo Alencar, junto ao Ministério Público Estadual, por improbidade administrativa (adquirir bens, no exercício do mandato, incompatíveis com o patrimônio ou a renda do agente público) cometida na compra de uma mansão no condomínio Portobello em Angra dos Reis. Posteriormente, essa investigação foi arquivada pelo subprocurador-geral de Justiça Elio Fischberg, em 1999.[11][12] Em 1998, tinha declarado como patrimônio de R$ 827,8 mil.[13]
Cabral foi citado pelo então deputado federal André Luiz (PMDB –RJ), cassado por tentar extorquir R$ 4 milhões do empresário de jogos Carlinhos Cachoeira para tirar seu nome da CPI da LOTERJ.[14] André disse a seguinte frase: Nós formamos um grupo só, Sérgio Cabral, Picciani, eu, Calazans e Paulo Melo. As gravações publicadas pela revista Veja, foram confirmadas pelo perito Ricardo Molina..[15][16][17] Depois, Cabral repudiou a menção de seu nome por André Luiz.[18][19]
Sérgio Cabral Filho, em 2004, fez um requerimento pedindo voto de aplauso do Senado ao Superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, José Milton Rodrigues[20] e ao Delegado Regional Executivo, Roberto Prel,[20] pelo sucesso das operações da polícia federal no Estado do Rio de Janeiro. Roberto Prel era dado por muitos como certo para ser Secretário de Segurança em um eventual governo Sérgio Cabral. Mais tarde, as duas indicações de Cabral, foram presos pela operação denominada Operação Cerol, acusados de cobrar propina para proteger sonegadores de impostos. [21][22] Em 2006 um levantamento da mesa diretora do Senado, mostrou que Cabral havia faltado a um terço das votações desde 2003, num total de 178 faltas.[23][24][25]
Até setembro de 2007, a média era de 1 a cada 5 dias fora do Brasil,[25] totalizando uma ausência de 62 dias neste ano, sendo duas semanas de férias, na França e na ilhas Saint-Barth, no Caribe. No mês de abril chegou a permanecer mais tempo fora do país do que no Rio de Janeiro, Estado que governa. Foi também no mês de junho do mesmo ano, convidado pelo presidente Lula a reabertura do estádio de Wembley, na Inglaterra. No final do seu primeiro ano de governo Sérgio Cabral Filho contabilizou 17% do ano no exterior, ou um a cada 6,2 dias. [26]
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