Homicídios caem 40% em setembro.
Pela primeira vez nos últimos três anos, o número de assassinatos registrados mensalmente no Rio Grande do Sul caiu abaixo dos três dígitos. No mês de setembro, segundo dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), 93 pessoas foram mortas no Estado, o que representa uma queda de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
Considerada surpreendente por especialistas, a diminuição das mortes violentas também foi acompanhada por outros indicadores criminais. Os roubos de veículos, por exemplo, decresceram 23,2% em setembro. Também houve declínio nos índices de roubos (-10,7%) e furtos (-20,1%), seguindo uma tendência observada em agosto.
Naquele mês, porém, o número de homicídios havia apresentado um decréscimo tímido, de 3%, em relação a agosto de 2008. O mesmo se verifica no ano, com um declínio de apenas 1,6% até agora. A queda abrupta em setembro, para autoridades policiais e estudiosos da área da segurança, é fruto de um conjunto de ações de prevenção e combate ao crime – e, em menor escala, até mesmo do fenômeno climático El Niño, responsável pelo excesso de chuva que marcou o período.
– Em uma pesquisa recente, constatei que ocorrem menos homicídios nos meses mais frios e chuvosos, quando há uma diminuição do contato social. Mas isso não explica tudo – diz o professor Juan Mario Fandino Marino, integrante do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Na opinião do especialista, a oscilação no número de assassinatos está associada ao submundo das drogas – onde as mortes ocasionadas por dívidas e disputas são comuns. Assim, sempre que as forças policiais desencadeiam ações pontuais contra o tráfico, explica Marino, costuma haver um período de trégua na matança – o que teria ocorrido no mês passado. A hipótese é reforçada pelo subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos:– Em setembro, realizamos operações praticamente todos os dias. Guiados pelo mapeamento prévio dos pontos mais problemáticos, conseguimos tirar muitos traficantes de circulação, e isso se refletiu nas estatísticas.
Para o titular da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos, Bolívar Llantada, o trabalho da BM foi fundamental, mas a Polícia Civil também teve uma parcela importante nessa luta. Em mutirão, agentes se uniram para acelerar a conclusão de centenas de inquéritos de homicídios que se aglomeravam na DP. O resultado disso, segundo ele, foram mais prisões.
– Não é à toa que os presídios estão superlotados – diz o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais, Ranolfo Vieira Junior.
Fonte: Zero Hora (02/10/09).
No Rio de Janeiro a violência só cresce!JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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