quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CIDADÃO BRASILEIRO, DÊ UM ABRAÇO APERTADO EM TODOS ESSES HERÓIS AOS QUAIS CHAMAMOS DE PROFESSORES.

JORNAL DO BRASIL:
Dia do Professor: mudanças e lamentos pela desvalorização da profissão
Nara Boechat , Jornal do Brasil.
RIO DE JANEIRO - A educação brasileira celebra uma data muito especial na próxima quinta-feira, o Dia do Professor. Para comemorar e relembrar a importância deste profissional, que cada vez mais vem sendo esquecido no país, o Jornal do Brasil conversou com aqueles que carregam anos de experiência nas escolas do Rio e já presenciaram as mudanças e dificuldades, principalmente na rede pública de ensino.
Problemas como a desvalorização da profissão e o aumento da quantidade de alunos nas escolas foram citados como algumas das tristes mudanças ocorridas ao longo das décadas.
Escolas cheias
Para o professor de história Luiz Carlos de Abreu, que tem 57 anos e há 25 trabalha nas redes municipal e estadual do Rio, a superlotação das salas de aula atualmente pode ser um dos motivos para a agravamento da relação entre aluno e professor.
– Quando eu comecei, as turmas tinham no máximo 35 pessoas e a relação entre aluno e professor era diferente. Tudo bem que a sociedade era outra, mas, hoje em dia, as salas têm o dobro de alunos e o professor não consegue atendê-los satisfatoriamente. Com isso, a bagunça dentro da escola aumenta, além dos dois lados ficarem desmotivados – afirma Luiz Carlos, que abandou as escolas particulares no início da carreira devido aos baixos salários.
– Naquela época, a rede pública era melhor, tinha mais investimentos. Hoje não há mais compromissos com a educação, eles abandonaram à sorte todo o seguimento do ensino fundamental e médio.
Oportunidades
Diretora do Colégio Estadual André Maurois, no Leblon, a gaúcha Giorgina Madalena Carlin Fagundes, de 70 anos, afirma que a batalha do número de alunos acima do limite desejável ocorre devido à maior oportunidade de estudo nos dias de hoje.
– Quando cheguei ao Rio, em 1963, os colégios públicos eram da maior qualidade porque as pessoas faziam provas para ingressar. Isso caiu muito, pois o governo do estado tem a função de absorver toda a população. Se não há vaga, temos de dar um jeito para arrumá-la – relata Giorgina, que começou a carreira como professora de geografia e se especializou em gestão pública.
Segundo a diretora, um fato dos dias de hoje que não se via há 40 anos é o aumento de alunos com idade superior a 50 anos nas salas de aula, que buscam recuperar o tempo perdido em supletivos e aulas especiais.
– No ensino médio, a gente recebe gente de todos os lugares, idades e condições. É claro que uns sabem mais e outros menos e isso faz com que o ensino fique pior, mesmo com os recursos, como a tecnologia – acrescenta a professora que deu aulas para pessoas famosas como os irmãos atletas Danielle e Diego Hipólito e o cantor Sidney Magal.
Esperança
Na opinião da diretora da Escola Municipal Castro Alves, em Campo Grande (Zona Oeste), Elcia da Silva Lopes, de 66 anos, o que mais mudou nesses seus 50 anos de experiência no ensino foi o estímulo das pessoas em seguirem a carreira de professor.
– Naquela época, a mulher tinha que ser esposa de militar ou professora primária. Nós víamos uma normalista na rua e ficávamos encantados. Hoje em dia, as meninas querem ser jornalistas e estar na televisão – conta Elcia, filha de pai caminhoneiro e mãe doméstica, que viu na carreira de professora primária a profissão para a vida inteira.
Apesar de todos os motivos para o desestímulo em lecionar, Elcia acredita que não há sentimento melhor do que ver as "minhas crianças" voltarem com seus filhos para serem guiados pela sua mestre.
– Quando cheguei aqui, a escola era toda pichada e depedrada. Acredito que mudou porque se fez um trabalho baseado no respeito. A escola é publica, então é nossa – relembra a professora que já poderia ter se aposentado, mas por amor à profissão continua na batalha em alfabetizar as crianças.
– Não abro mão da escola. Só saio se me impossibilitar de vir por problemas de saúde.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Cravo e Canela disse...

Cel Paúl,
quero deixar aqui,um grande abraço a todos os professores,em especial, aos que seguem este espaço.
Deixo também meu carinho ao senhor,que além de licenciado em Biologia,é um grande professor e exemplo de cidadania.
Um belo dia a todos
Gabriela Gonçalves

André Schirmer disse...

A questão é só uma Coronel, educação de qualidade não dá voto, pelo menos não para esses picaretas que temos por aí.
Com uma educação de qualidade o povo não seria tão facilmente enganado e as verdadeiras CAPITANIAS HEREDITÁRIAS que existem hoje dentro da política de nosso país iriam ruir. Sem contar que um verdadeiro projeto na área da educação leva alguns anos para mostrar resultados, e esperar muito tempo para isso não é do interesse de nenhum político, já que o negócio deles é mostrar resultado imediato para poderem dizer que eles fizeram, mesmo que seja de qualquer jeito, pois é assim que eles conseguem os votos de grande parte da população, vide as Olimpíadas que agora aparece como filha de um monte de "pais".