(...) As comunidades ficam livres das incursões policiais que não podem garantir, por razões óbvias, as trocas de tiros com armas de guerra que tantas pessoas inocentes (crianças inclusive), tem vitimado fatalmente. As armas do tráfico são alvos muito mais interessantes para as polícias do que as drogas em si, e, não havendo tráfico, as polícias dirigem seus esforços para outras áreas (...).
Eu concordo, sobretudo com o trecho destacado em vermelho, que repito:
"As comunidades ficam livres das incursões policiais que não podem garantir, por razões óbvias, as trocas de tiros com armas de guerra que tantas pessoas inocentes (crianças inclusive), tem vitimado fatalmente".
Uma perfeita colocação.
E não me venham rotular antecipadamente o autor como policiólogo, como defensor dos direitos humanos dos criminosos, etc.
Ele está certo.
O Estado não pode garantir segurança nas incursões policiais, não tem como evitar a ocorrência de vítimas inocentes, inclusive crianças.
Eu ainda acrescento:
- O Estado não pode provocar o confronto diante da possibilidade de produzir com esse embate vítimas inocentes, inclusive crianças.
Isso é um fato, o autor do texto que abre esse artigo foi muito feliz também ao usar a expressão:
- "As comunidades ficam livres das incursões policiais (...)".
Essas incursões expressam perfeitamente a tática do tiro, porrada e bomba utilizada por José Mariano Beltrame e seus auxiliares da SESEG/RJ para combater o tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
A Polícia Civil emprega essa tática e a Polícia Militar idem, apenas a Polícia Federal não emprega essa tática no nosso amado Rio de Janeiro.
A Polícia Federal prefere outras operações, mais limpas, mais inteligentes, nas quais nunca é efetuado qualquer disparo de arma de fogo, os únicos disparos são das máquinas fotográficas da mídia que acompanha as operações e filma os "criminosos" ainda de pijamas.
Operações Risco Zero!
O que pode soar paradoxal, tendo em vista que Beltrame é Policial Federal, assim como seus principais assessores, alguns ex-Policiais Militares.
Beltrame faz a PMERJ e a PCERJ usarem a tática do tiro, porrada e bomba, que a sua Polícia Federal não usa nunca, embora deva reprimir e prevenir o tráfico de drogas e o contrabando de armas.
Diante do exposto, assino junto com o autor do texto que abre esse breve artigo e lamento que Beltrame seja um highlander para Sérgio Cabral (PMDB).
Por favor, leiam na íntegra o texto do qual eu peguei emprestado um pedaço, nele o autor trata das milícias (leiam).
Mário Sérgio escreveu em setembro de 2006, mas continua atual, muito atual.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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