segunda-feira, 2 de maio de 2011

O BONDE DO MENGÃO SEM FREIO E AS GRATIFICAÇÕES DO GOVERNO SÉRGIO CABRAL.

O Flamengo é campeão carioca.
Ganhou do Botafogo nos pênaltis.
Ganhou do Fluminense nos pênaltis.
Ganhou do Vasco nos pênaltis.
Apesar dessa peculiaridade ma conquista, nunca antes ocorrida na história do futebol carioca, nada tira o mérito da conquista rubro-negra, merecida.
O que torna a conquista legítima do bonde do Mengão sem freio é que todos os outros times tiveram as mesmas chances e poderiam ter conquistado o título da mesma maneira.
Igualdade de possibilidades, eis o que garante o mérito, eis a diferença para as gratificações pagas pelo governo Sérgio Cabral. Não existe igualdade de possibilidades na conquista das gratificações, Cabral repete o erro da gratificação faroeste, a pecúnia, que só alguns poderiam obter e que até hoje causam grandes distorções salariais entre Policiais Militares, Policiais Civis e Bombeiros Militares, pois quando o governo tentou cancelar os recebimentos, os interessados ganharam o direito no poder judiciário, o que pode ocorrer novamente.
O governo Sérgio Cabral estabeleceu um critério que o possibilita a não dar reajustes para todos, penalizando parte dos ativos, a totalidades dos inativos e pensionistas, criou uma série de gratificações para pequenos grupos.
Algumas gratificações subvertem a hierarquia por completo, inclusive entre Policiais Militares que exercem as mesmas atividades. Os Soldados do BOPE que incursionam em comunidades carentes, ganham mais que todos os 3º Sargentos dos batalhões operacionais que também incursionam em comunidades carentes, situação inteiramente sem sentido.
Recentemente, Cabral criou uma gratificação por produtividade, que premia Policiais Militares e Policiais Civis em face da diminuição de alguns índices nas AISPs. Logo de início se evidencia como incorreta a premiação de Policiais Civis por redução de índices, para premiá-los a produtividade deveria ser avaliada na quantidade de culpados apresentados ao poder judiciário, como resultado dos inquéritos policiais.
Nessa gratificação Cabral distribui prêmios de até R$ 3.000,00 aos primeiros colocados e já anunciou um aumento para R$ 6.000,00, isso fará que um Soldado de um batalhão premiado receba mais que um Tenente Coronel que esteja aguardando movimentação e função na Diretoria Geral do Pessoal. Além desse completo absurdo, os Policiais Militares e os Policiais Civis que não trabalham em batalhões e em delegacias nunca poderão ganhar tal gratificação, nunca concorrerão ao prêmio, por melhor que desempenhem as suas funções.
No Quartel General estão situadas Organizações Policiais Militares que sustentam o funcionamento dos batalhões, sem o bom trabalho de seus integrantes, os batalhões entrariam em colapso, mas isso não tem qualquer valor para o governo estadual. Isso é uma verdade, ninguém pode contestar. Apesar dessa realidade, vivenciou-se algo bizarro no Quartel General da PMERJ, pois os Policiais Militares que trabalham administrativamente no 1º Comando de Policiamento de Área e no Comando de Polícia Pacificadora, OPMs premiadas coma gratificação, não atuando nas ruas, teriam recebido a premiação, causando um grande mal estar nas demais Organizações Policiais Militares.
A distribuição do RioCard (auxílio-transporte) repete esse caos.
Alguns Policiais Militares recebem esse salário indireto há três anos, outros nunca receberam. Os Bombeiros Militares nunca receberam. Existem Policiais Militares que recebem por mês, menos do que gastam em uma única passagem intermunicipal de ônibus.
Uma completa bagunça.
Eu denunciei isso tudo ao Ministério Público, penso que tenha sido arquivada a denúncia.
Parabéns ao bonde do Mengão sem freio.
Só nos resta lamentar o ônibus sem motorista do governo estadual, que segue completamente perdido causando estragos pelo Rio de Janeiro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

4 comentários:

Rose Mary Motta Prado disse...

Aproveitando a deixa:
Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada.
Bastará a camisa, aberta no arco.
E, diante do furor impotente do adveresário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável.

Nelson Rodrigues.

Paulo Ricardo Paúl disse...

Rose, essa foi sensacional.
Nelson Rodrigues amava o futebol, logo, tinha que escrever sobre o Flamengo, o clube de origens tricolores.
Parabéns pela conquista.

Anônimo disse...

Falando em gratificações descriminatórias, aqui no CBMERJ, bem com na PMERJ, existe a GEE TEMP. PROG. CAPACITAÇÃO o problema é que aqui não é para todos os militares, só percebem esta: os motoristas, guarada vidas e os envolvidos na remoção de cadaveres e ainda mediante redução da escala, redução esta que em algumas unidades não é opcional, tal como no 4° GBM (Nova Iguaçu) que o TEN CEL Colle impos a 24/48 hs. Mais um absurdo!
BM

Anônimo disse...

Falando em gratificações descriminatórias, aqui no CBMERJ, bem com na PMERJ, existe a GEE TEMP. PROG. CAPACITAÇÃO o problema é que aqui não é para todos os militares, só percebem esta: os motoristas, guarada vidas e os envolvidos na remoção de cadaveres e ainda mediante redução da escala, redução esta que em algumas unidades não é opcional, tal como no 4° GBM (Nova Iguaçu) que o TEN CEL Colle impos a 24/48 hs. Mais um absurdo!
BM