Vítima suspeita.
José Carlos Tórtima - Presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-RJ
Rio - "Um comerciante teve sua residência, na Vila da Penha, invadida e saqueada por dez ladrões na madrugada da sexta-feira. No momento, estavam em casa a mulher dele, de 62 anos, a filha, e um neto do casal. Os bandidos, encapuzados, procuravam um cofre e exigiam R$ 3 milhões e jóias, agredindo a dona da casa com violentos tapas no rosto cada vez que ela dizia não ter cofre e nem dispor desses valores. Foram momentos de terror, pois os assaltantes, além das violências físicas, ameaçavam matar todos se a polícia aparecesse.
Como o homem estava fora durante a ação dos bandidos, sua mulher, que despertara com um ruído no portão antes que estes conseguissem entrar na casa, conseguiu avisá-lo, pelo celular. Policiais militares foram acionados, houve troca de tiros, mas os ladrões escaparam.
Ao registrar o caso na delegacia do bairro, todavia, o comerciante acabou despertando suspeitas contra si próprio, por parte da autoridade policial, para quem se deveria trabalhar com duas hipóteses: ou os ladrões se enganaram de casa na invasão ou o negócio da vítima precisa ser mais bem investigado, pelo alto valor pedido por aqueles.
Que absurdo! O Estado falha em proteger a casa do sujeito do ataque dos criminosos e em evitar a fuga destes, apesar de terem sidos seus agentes chamados a tempo, e agora se volta contra a própria vítima, pois os ladrões, com suas exigências, “levantaram a suspeita” de que ela deveria ter muito dinheiro.
O que, se fosse verdade, convenhamos, nada teria de ilícito. Ou será que a prosperidade financeira deve ser um privilégio dos moradores de Ipanema e do Leblon?"
José Carlos Tórtima - Presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-RJ
Rio - "Um comerciante teve sua residência, na Vila da Penha, invadida e saqueada por dez ladrões na madrugada da sexta-feira. No momento, estavam em casa a mulher dele, de 62 anos, a filha, e um neto do casal. Os bandidos, encapuzados, procuravam um cofre e exigiam R$ 3 milhões e jóias, agredindo a dona da casa com violentos tapas no rosto cada vez que ela dizia não ter cofre e nem dispor desses valores. Foram momentos de terror, pois os assaltantes, além das violências físicas, ameaçavam matar todos se a polícia aparecesse.
Como o homem estava fora durante a ação dos bandidos, sua mulher, que despertara com um ruído no portão antes que estes conseguissem entrar na casa, conseguiu avisá-lo, pelo celular. Policiais militares foram acionados, houve troca de tiros, mas os ladrões escaparam.
Ao registrar o caso na delegacia do bairro, todavia, o comerciante acabou despertando suspeitas contra si próprio, por parte da autoridade policial, para quem se deveria trabalhar com duas hipóteses: ou os ladrões se enganaram de casa na invasão ou o negócio da vítima precisa ser mais bem investigado, pelo alto valor pedido por aqueles.
Que absurdo! O Estado falha em proteger a casa do sujeito do ataque dos criminosos e em evitar a fuga destes, apesar de terem sidos seus agentes chamados a tempo, e agora se volta contra a própria vítima, pois os ladrões, com suas exigências, “levantaram a suspeita” de que ela deveria ter muito dinheiro.
O que, se fosse verdade, convenhamos, nada teria de ilícito. Ou será que a prosperidade financeira deve ser um privilégio dos moradores de Ipanema e do Leblon?"
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
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