A história sempre foi cruel com os perdedores, a versão dos vencedores sempre preponderou e foi contada em prosa e verso ao longo dos tempos, isso era uma realidade indiscutível.
Ficções a parte, a história cultuava os vencedores.
O tempo passou e a universalização da escrita, somada ao advento da imprensa, trouxe para a história outras versões, as versões dos perdedores.
Enquanto nas versões dos vencedores os heróis eram cultuados, na versão dos perdedores os traidores ganharam o seu espaço.
Porém, antes de tratar do meu tema, a versão dos perdedores, brindo a todos com um trecho do artigo publicado nesta terça-feira, no Segundo Caderno do jornal “O Globo”, da lavra do jornalista Arnaldo Jabor.
Arnaldo Jabor faz parte de um grupo seleto de jornalistas que consegue arranjar as letras em palavras, as palavras em frases e períodos, construindo artigos que fascinam a todos e melhor, nos convidam à reflexão sobre os temas tratados.
Não escondo que invejo esses artistas das letras, principalmente porque luto diariamente contra as minhas muitas mazelas no terreno da comunicação oral e escrita.
Leiam todo o artigo intitulado – Em “Tropa de elite” queremos vingança - e reflitam, eu apenas extraí os três últimos parágrafos, os quais transcrevo a seguir:
Ficções a parte, a história cultuava os vencedores.
O tempo passou e a universalização da escrita, somada ao advento da imprensa, trouxe para a história outras versões, as versões dos perdedores.
Enquanto nas versões dos vencedores os heróis eram cultuados, na versão dos perdedores os traidores ganharam o seu espaço.
Porém, antes de tratar do meu tema, a versão dos perdedores, brindo a todos com um trecho do artigo publicado nesta terça-feira, no Segundo Caderno do jornal “O Globo”, da lavra do jornalista Arnaldo Jabor.
Arnaldo Jabor faz parte de um grupo seleto de jornalistas que consegue arranjar as letras em palavras, as palavras em frases e períodos, construindo artigos que fascinam a todos e melhor, nos convidam à reflexão sobre os temas tratados.
Não escondo que invejo esses artistas das letras, principalmente porque luto diariamente contra as minhas muitas mazelas no terreno da comunicação oral e escrita.
Leiam todo o artigo intitulado – Em “Tropa de elite” queremos vingança - e reflitam, eu apenas extraí os três últimos parágrafos, os quais transcrevo a seguir:
“As multidões vão ver esse filme porque querem que ele seja uma resposta.
Não interessa se “Tropa de elite” é um filme ruim ou bom. O que conta é a “fome de solução” que ele desperta em nós.
Infelizmente, Wagner Moura, nem ninguém, nos salvará. O filme exibe a nossa impotência, diante do crime e da desordem republicana, nossa dolorosa decadência, decadência provocada pela política imunda que paralisa o país.”
Uma conclusão muito interessante do renomado jornalista, uma visão pessoal certamente, porém, que encontrará semelhança com milhares de outras análises.
Arnaldo Jabor fala para o povo e o povo o ouve e respeita.
Todavia, tenho certeza que quando Jabor encerrou esse artigo não passou pela sua cabeça que ele estava falando também dos “40 da Evaristo” e dos “Coronéis Barbonos”, disso eu tenho certeza.
Ao falar da “fome de solução” ele falou das mobilizações éticas que estão em curso na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Homens e mulheres de bem, Coronéis e Soldados, que de peito aberto e plenamente identificados, sem vertiginosas ficções, quebram paradigmas seculares e ganham as ruas, ordeira e pacificamente, tal qual um “bando de irmãos” e aplacam a sua “fome de solução”.
São cidadãos brasileiros, heróis sociais, que querem e irão mudar a triste realidade da insegurança pública no Rio de Janeiro.
Estão escrevendo uma nova história, uma versão de vencedores.
A versão de vencedores que não fugiram dos problemas, que não guardaram na memória vivências pessoais com os desvios de conduta, para expô-las publicamente, quando lhes fosse oportuno.
Uma história real sem ficções.
Caro Arnoldo Jabor, concordo com a sua conclusão, precisamos ter “sede de soluções” e nós, Policiais Militares temos.
Aliás, que essa “sede de soluções” se espalhe pelo Brasil, o mais rápido possível.
O filme que você viu e o livro que o originou não são versões de vencedores.
São vertiginosas ficções construídas sobre a ótica de perdedores.
São versões de quem no calor da luta, optou por não enfrentar os problemas, preferindo arquivá-los a tentar superá-los.
São versões de quem optou pela segurança fora dos nossos quartéis, quando muitos se esforçam por cobrir os seus espaços.
Não são versões heróicas.
Alguém dúvida?
Basta comparecer ao BOPE, ao BOPE de verdade e perguntar a qualquer “bopeano” quais foram as vitórias dos autores do livro.
Jabor, essa é a verdade.
E nós, estamos sedentos de soluções!
E vamos saciar a nossa sede!
Ordeira e pacificamente, lutando o bom combate, certos do apoio da sociedade fluminense e confiantes na vitória.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL
CORREGEDOR INTERNO
4 comentários:
Coronel,
O senhor esta de parabéns, eu como pai de um jovem Tenente Caveira, tenho o maior orgulho do HOMEM que meu amado FILHO O É.Realmente, estamos cheios de fracos em nosso meio e de pessoas que se aproveitam da violencia para ganharem dinheiro.Se me permite, acho uma vergonha o que estão fazendo com o BOPE e com a PEMERJ de uma forma geral.Pois veja o que fizeram neste filme, estão mostrando todas as técnicas de instrução e de invasão aos redutos dos traficantes, este fato somente acontece em nosso País.Como sabemos o BOPE é considerado em termos de Tropa de Elite a melhor do Mundo, e acaba que um "cidadão" que fez parte do Bope mais um ,não sei explicar se este ainda é da PEMERJ,juntamente com um "cidadão" que entende de filosofia, sociologia e outras coisitas mais, colocarem e denegrirem a imagem da instituição.estes sim são os verdadeiros covardes, que somente sabem denegrir os HOMENS DE BEM DA INSTITUIÇÃO e estão "muito preocupados" com outras coisitas.Pergunto, o pq do "cidadão" que teve a patente de "capitão" e que não tem mais o nome cravado no BOPE, continua se aproveitando de tal fato?continuando pergunto pelo segundo oficial que não sei se faz parte da PEMERJ ainda se envolve em tais fatos e pr continua na instituição.Pois se a mesma não é boa deveria pedir para ir embora com dignidade, a mesma coisa com o "cidadão " estudioso que nunca enfrentou bandidos dar suas opiniões.Estes para mim são os covardes aproveitadores da situção.
Gostaria de dizer que os policiais , médicos, dentistas, advogados, ladrilheiros, taxistas e etc são fruto da nossa sociedade,então não podemos esperar deuses, o que ocorre hoje em dia é que não existe mais familia, religião, educação, repeito pelo próximo e outras coisas mais.
QUE O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO ILUMINE ESTES "CIDADÃOS COVARDES" E QUE PROCUREM OUTROS CAMINHOS, COMO FILOSOFAR SOCIOLOGAR E DEIXAR AS FORÇAS POLICIAIS EXECUTAREM OS PROJETOS DE SEGURANÇA.CADA UM NA SUA.
A CAVEIRA DEVE SER BANHADA DE HUMILDADE ANTES MESMO DE SER OSTENTADA.SÓ ASSIM ELA TERÁ ALMA E BRILHARÁ ETERNAMENTE SEM QUE SEJA PRECISO PROVAR NADA PARA NONGUÉM
CAVEIRA
O CAVEIRA JÁ NASCE CAVEIRA, O CURSO É SOMENTE PARA CONFIRMAR, POIS OS FRACOS EM TODOS OS SENTIDOS NÃO FAZEM PARTE DESTE BOPE,A MELHOR TROPA DO MUNDO.
CAVEIRA.
prezado coronel. o filme retrata uma realidade cruel, mas, realidade. acredito que uma policia forte se faz com homens com formação moral e material para enfrentar várias situaçõs e, principalmente que sejam valorizados como profissionais recebendo, pois, a título de soldo um valor compatível com o risco que podem correr.o brasil vem passando por serias transformações e a policia tende a ser a ultima fronteira entre o bem e o mal. fica aqui, portanto, o pedido para que possa levar até as diveras policias militares dos demais estados a forma com que os homens do bem, digo, do bope, agem a fim de que a bandidagem saiba que existe um freio e, sobretudo, que a parada pode ser brutal quando acionado. sucesso.
Coronel acho que o Senhor não leu o que a maior parte das revistas e jornais reconhecidas como Veja, eèpoca por exemplo estão falando do filme e até mesmo não prestou atenção no que seu Comandante Geral falou em entrevista ao Fantástico, hoje crianças em favela que brincam de polícia e ladrão preferem ser do BOPE do que serem os ladrões, afinal será só temos que olhar por uma ótica?
Que policial hoje entra em favela pedindo licença?? Hoje vivemos uma guerra e como tal devemos reagir a altura, não sei qual a sua idade mas talvez naquela época fosse mais fácil combater os marginais. Acho que os autores do livro e do filme foram de uma coragem incrível como aliás disse Marília Gabriela em sua entrevista, botar a cara a tapa não é para qualquer pessoa, é preciso ter coragem para mudar as as coisas ou pelo menos tentar, afinal alguém tem que fazer alguma coisa e no fundo todos todos nós sabemos como é que a banda toca não é???
Coronel, acredito que o filme mostra uma das REALIDADES. Lógico que existe outras realidades, mas ao meu ver o senhor e outros estão ofendidos por uma realidade . Porque? Se o senhor e outros da polícia ficarem ofendidos como podemos mudar essa realidade? Não seria melhor mostras as outras realidades e não tentar apagar uma delas?
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