Em 2008, Beltrame e Sérgio Cabral praticaram um "crime hediondo" contra a população, a Polícia Militar e os Policiais Militares, quando ao invés de ombrearaem com Coronéis de Polícia reconhecidamente honestos e competentes, que estavam querendo somar forças para solucionar os graves problemas enfrentados pela Corporação, resolveram descartá-los e persegui-los.
Os Coronéis Barbonos seguiram todo o rito castrense para tentar superar a crise, agindo em conformidade com as leis e regulamentos. Se reuniram no Quartel General, encaminharam documento formal com propostas (Carta dos Coroneís Barbonos), participaram de reuniões com o Comandante Geral, o Secretário de Segurança e o Governador.
Aguardaram por mais de seis meses uma resposta do governador, mas ele nada fez.
Diante do descaso governamental, organizaram uma grande marcha cívico-democrática, no dia 27 de janeiro de 2008, para informarem à popualção sobre a grave crise que a PMERJ vivia.
As respostas de Sérgio Cabral e Beltrame foram represálias: exonerações, geladeira, perda de gratificações e aposentadoria precoce.
Os resultados da perseguição aos honestos e competentes veio logo com o agravamento dos problemas, sobretudo, com o crescimento e expansão da denominada "banda podre" da Polícia Militar.
Isso era prevísivel, esse era um desdobramento lógico, pois quem persegue os honestos, valoriza os desonestos, isso é fato.
Parece que Sérgio Cabral e Beltrame irão repetir o erro.
Ontem, eu estava na reunião dos Bombeiros Militares para lançamento da Operação Fora Cabral!, quando o celular tocou, era o Coronel de Polícia Marcus Jardim. Ele foi meu aluno no Curso de Formação de Oficiais da Academia de Polícia Militar - D. João VI, eu era comandante da sua Companhia. Ligou para nessa condição, ter siso eu seu primeiro comandante, informar-me que tinha sido descartado, o novo comandante geral não iria nomeá-lo para qualquer função.
Marcus Jardim é um cidadão que dedicou a sua vida à Polícia Militar e nos seus quase trinta anos de serviço demonstrou competência nas funções que exerceu e, além disso, nunca foi citado como desonesto.
No atual estágio da crise na Polícia Militar, descartar um Oficial honesto e competente é um "crime".
Hipoteco minha total solidariedade ao Coronel (aluno) Marcus Jardim e me coloco à sua disposição para protestar contra esse completo absurdo.
Soube por um repórter, instantes depois, que o Coronel de Polícia Menezes, outro honesto e competente, também estaria sendo descartado, o que confirmará que o erro de 2008 estará sendo repetido.
Lamentável o estágio de degração institucional que a Polícia Militar enfrenta.
Os responsáveis por essa falência múltipla institucional são os Coronéis de Polícia, eles, apenas eles, pois são incapazes de pensar institucionalmente, só pensam em seus benefícios, a Corporação que se dane.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
4 comentários:
Sérgio Cabral é um psicopata
O bom salário é a única coisa que motiva o trabalhador, pois significa reconhecimento. O salário tem que ser digno, para a pessoa poder estudar, comer, se vestir e ter condições de criar uma estrutura para sempre se manter com a saúde em dia e lutar pelo progresso. Baixo salário causa irritabilidade, dificuldade de concentração, cansaço constante, insônia, perda ou excesso de apetite, alterações repentinas no estado emocional, fobias, dificuldades de digestão, dores de cabeça e maior susceptibilidade a doenças. A verdade é que não há como prestar um bom serviço à população recebendo um SOLDO inferior ao salário mínimo vigente. O PM do Rio merece ser tratado como ser humano.
O PIOR SALÁRIO DO BRASIL É DA PMERJ
O Policial Militar do Rio de Janeiro precisa de uma dose maior de estímulo (soldo digno) para não perder o foco. Oferecendo recursos (salário compatível com o mercado de trabalho gira em torno de R$ 3.200,00), o Estado mostraria que valoriza o servidor. Uma boa remuneração possibilitaria a este profissional ter uma vida saudável e maiores condições de prestar um bom serviço.
Desejo boa sorte ao Coronel Erir Ribeiro Costa Filho, o novo comandante-geral da PMERJ! Só peço uma coisa: não se apegue ao cargo e lute pela tropa.
A TROPA ESTÁ MUITO DESMOTIVADA
A prioridade do momento é o SOLDO do PM, que está abaixo do SALÁRIO MÍNIMO vigente (R$ 545,00). Em 2003, o coronel Costa Filho denunciou o envolvimento do então secretário estadual de Esportes, Chiquinho da Mangueira, com traficantes do morro da Mangueira. Na época, ele comandava o 4º Batalhão da PM (São Cristóvão). Espero que ele lute por melhoria salarial, já que a PMERJ tem os piores salários do Brasil (os menores soldos entres as Polícias Militares).
Não podemos admitir que um Soldado da Polícia Militar ganhe abaixo do Salário Mínimo Necessário divulgado pelo DIEESE, em conformidade com o artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal, cujo valor foi estimado em R$ 2.297,51 (dois mil, duzentos e noventa e sete reais e cinquenta e um centavos) em Junho de 2011. O SD PM precisa ter suas necessidades vitais básicas atendidas para poder prestar um bom serviço à população, que anseia por qualidade no "servir e proteger".
"Os responsáveis por essa falência múltipla institucional são os Coronéis de Polícia, eles, apenas eles, pois são incapazes de pensar institucionalmente, só pensam em seus benefícios, a Corporação que se dane."
Finalmente o senhor enxergou isso!
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