quinta-feira, 6 de outubro de 2011

ASSASSINATO DA JUÍZA PATRÍCIA ACIOLI - O MANDANTE.

Prezados leitores, ao longo da minha carreira na Polícia Militar mantive um bom relacionamento com Mário Sérgio, isso antes dele assumir o Comando Geral da Instituição. Atualmente, após todos os problemas que vivenciei, a relação interpessoal é muito diferente. Entretanto, essa nova realidade não significa que desejo vê-lo com todas as culpas do mundo.
Mário Sérgio pediu prá sair e fez isso em razão de assumir toda a responsabilidade por ter nomeado o Comandante do 7o BPM e, após o cruel assassinato da juíza, tê-lo exonerado e nomeado, ato contínuo, como Comandante do 22o BPM.
Eu sempre critiquei essa dança das cadeiras.
A culpa ganhou relevos de proporções gigantescas pelo fato do Oficial ter sido apontado como sendo o mandante do crime, acusação que teve repercussão internacional e que serviu para elevar ainda mais a qualidade da investigação, pois não só os executores tinham sido descobertos, mas também o mandante, algo pouco comum.
Só conheço da investigação o que foi revelado pela mídia, certamente, pouquíssimo. Logo não posso fazer qualquer juízo de valor sobre os indícios que levaram os investigadores a concluirem que o ex-Comandante do 7o BPM foi o mandante, mas devem ser muito mais robustos que os replicados pela mídia, que me parecem frágeis.
Diante dessa ressalva, deixo uma reflexão:
Se no final do processo não restar comprovado que o investigado foi efetivamente o mandante e que não teve participação nos fatos, como recuperar as perdas que Mário Sérgio sofreu?
Isso sem falar nas perdas do investigado que se encontra preso.
Ratifico, nada conheço sobre a investigação além do que foi divulgado, em razão desse pouco conhecer tenho dúvida a respeito da afirmação sobre o mandante.
O tempo poderá (ou não) esclarecer tudo, mas seja qual for o resultado, Mário Sérgio terá perdido muito.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

Nenhum comentário: