A ALERJ aprovou o projeto de lei 60/2011 que permite a parceria entre a Polícia Militar e a Associação Brasileira de Shoppings Centers para implantação de cabines nos estacionamentos e no patrulhamento ostensivo externo dos shoppings (fonte: Jornal Hoje - Nova Iguaçu).
Não conheço o texto aprovado, mas espero que não estejamos revivendo o século passado quando as parcerias permitiam que um condomínio de milionários tivesse a sua própria cabine da PM na porta.
Isso seria a volta do policiamento para quem pode pagar.
Além disso, penso que nenhuma legislação pode interferir no emprego do policiamento, ação que deve ser precedida de um minucioso e multidisplinar planejamento feito pelo comando do batalhão da área.
Como escrevi em vários artigos, as cabines possuem vários aspectos positivos, mas para sua implantação eles devem superar o seu grande aspecto negativo: a imobilidade.
O policiamento (patrulhamento) deve ser dinâmico, essa é a regra. O policiamento fixo deve adotado em circunstâncias muito especiais.
Ao colocar uma cabine em frente a um shopping, a Polícia Militar ficará obrigada a ter pelo menos um PM para ficar na cabine. Se quiser que a cabine funcione como uma base para o policiamento, deverá ter pelo menos mais dois PMs para compor a guarnição da viatura que faz o patrulhamento nos arredores.
O batalhão terá que retirar do seu efetivo 12 PMs para esse serviço (escala 12 x 24 + 12 x 48 horas), isso sem considerar férias e outros afastamentos.
Imagine o batalhão que cobre os bairros da Barra da Tijuca e do Recreio, repleto de shoppings, o efetivo que poderá ter que dispor só para atender a essa parceria.
Sou contra.
Quem determina onde e quando o policiamento deve ser implantado é o comandante do batalhão, que deve ter a liberdade para exercer o seu comando e não ficar engessado por uma legislação direcionada para agradar o empresariado.
Logo teremos um núcleo de uma delegacia da Polícia Civil em cada shopping, aliás, ocorrências não faltam para serem registradas, logo conseguiriam justificar a ideia.
É a privatização da segurança pública.
Quem sabe um dia teremos a PMERJX e a PCERJX.
JUNTOS SOMOS FORTES!Não conheço o texto aprovado, mas espero que não estejamos revivendo o século passado quando as parcerias permitiam que um condomínio de milionários tivesse a sua própria cabine da PM na porta.
Isso seria a volta do policiamento para quem pode pagar.
Além disso, penso que nenhuma legislação pode interferir no emprego do policiamento, ação que deve ser precedida de um minucioso e multidisplinar planejamento feito pelo comando do batalhão da área.
Como escrevi em vários artigos, as cabines possuem vários aspectos positivos, mas para sua implantação eles devem superar o seu grande aspecto negativo: a imobilidade.
O policiamento (patrulhamento) deve ser dinâmico, essa é a regra. O policiamento fixo deve adotado em circunstâncias muito especiais.
Ao colocar uma cabine em frente a um shopping, a Polícia Militar ficará obrigada a ter pelo menos um PM para ficar na cabine. Se quiser que a cabine funcione como uma base para o policiamento, deverá ter pelo menos mais dois PMs para compor a guarnição da viatura que faz o patrulhamento nos arredores.
O batalhão terá que retirar do seu efetivo 12 PMs para esse serviço (escala 12 x 24 + 12 x 48 horas), isso sem considerar férias e outros afastamentos.
Imagine o batalhão que cobre os bairros da Barra da Tijuca e do Recreio, repleto de shoppings, o efetivo que poderá ter que dispor só para atender a essa parceria.
Sou contra.
Quem determina onde e quando o policiamento deve ser implantado é o comandante do batalhão, que deve ter a liberdade para exercer o seu comando e não ficar engessado por uma legislação direcionada para agradar o empresariado.
Logo teremos um núcleo de uma delegacia da Polícia Civil em cada shopping, aliás, ocorrências não faltam para serem registradas, logo conseguiriam justificar a ideia.
É a privatização da segurança pública.
Quem sabe um dia teremos a PMERJX e a PCERJX.
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
Bombeiros ameaçam acampar na porta de Sérgio Cabral
A Justiça determinou na quinta-feira a libertação dos dois bombeiros presos na madrugada de quarta-feira, durante protesto da categoria em frente ao Palácio Guanabara. Em reação à prisão e ao impasse nas negociações com o estado, a direção do movimento SOS Bombeiros decidiu mobilizar a categoria para, nos próximos dias, transferir o acampamento na escadaria da Alerj para a frente do Palácio, nos dias úteis, e para a porta do prédio onde mora o governador Sérgio Cabral, no Leblon, nos fins de semana.
O cabo Beneveluto Daciolo e o capitão Alexandre Marquesini, segundo nota da Secretaria de Defesa Civil, haviam sido presos pelo crime de desobediência (artigo 163 do Código Penal Militar). O capitão foi levado para o Batalhão Especial Prisional, enquanto o cabo, com problemas renais, foi internado no Hospital Central da corporação.
Os dois foram soltos graças a um habeas corpus concedido pelo plantão do Tribunal de Justiça. Ao pedir o benefício, os defensores públicos Luiz Felipe Drummond e Daniel Lozoya alegaram que os dois bombeiros foram detidos por não aceitar se afastar das proximidades do Palácio Guanabara. Para os defensores, as prisões foram ilegais, pois violaram os direitos constitucionais de ir e vir e de reunião.
De manhã, na BandNews, o secretário de Defesa Civil e comandante-geral da corporação, coronel Sérgio Simões, afirmou que o governo não vai conceder o piso salarial de R$ 2 mil líquidos reivindicado pelos bombeiros. Ele afirmou ainda que a gratificação de R$ 350, dada aos bombeiros da ativa, será estendida aos servidores em licença médica.
EXTRA
Coronel,
Concordo com o senhor que esse tipo de parceria público-privado só beneficia os mais abastados, com o agravante de colocar o poder público (que só existe como poder, justamente por ser público) a serviço de interesses particulares.
Mas convenhamos, isto já existe na prática em todos os batalhões em todas as localidades há séculos. A diferença é que agora passa a ser oficial e o pagamento, pelo menos, será feito ao próprio Estado e poderá ser usado em prol da PM, ao invés de ser feito aos oficiais como sempre ocorreu.
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