sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A PROSTITUTA - COMISSÁRIO AURÍLIO NASCIMENTO.

JORNAL EXTRA
CASOS DE POLÍCIA
A prostituta

Por: Aurílio Nascimento , em 06/09/2011, às 00:02
A mulher entrou aos prantos na delegacia. Soluçando, informou ao policial de plantão que havia sido agredida pelo gerente do hotel onde morava, e onde também levava seus clientes. O motivo era a falta de pagamento de duas diárias. Além da agressão, o gerente ainda havia confiscado todas as suas roupas, seus perfumes. Impaciente, o policial se dirigiu ao outro lado da rua, onde ficava o hotel, indagou do gerente sobre o acontecimento, e diante da afirmativa, colocou o cano do revólver na boca do valetão e passou a esbofeteá-lo. Na época, o Capitão Nascimento nem sonhava com o "pede para sair". Mas o policial já usava algo parecido. Ao mesmo tempo em que batia no agressor, o mandava pedir desculpas à prostituta. Em seguida, arrombou a porta do quarto com um pontapé, recolheu os pertences da prostituta, que ainda chorava, e os devolveu. Na rua, a mulher agradeceu, e disse que voltaria para o interior, para a casa da mãe.
Meses depois, a prostituta apareceu novamente na delegacia. Estava feliz e sorridente. Queria, mais uma vez, agradecer a ajuda, e dar uma grande notícia: havia conhecido um gringo em Copacabana e se casado com ele. Estava de mudança para a Alemanha. O policial desejou boa sorte, e a mulher prometeu enviar um cartão postal para a delegacia.
Cinco anos depois, em uma madrugada quente, ao fim de uma operação, o mesmo policial procurava um botequim para fazer um lanche quando deu de cara com a mesma prostituta. Surpreso, perguntou o que havia acontecido. A mulher disse que havia abandonado o gringo e voltado para a calçada.
— Por quê? — indagou.
Eu nasci para esta vida, para sofrer, e não para ser feliz. Este é o meu destino — respondeu à prostituta.
Refletindo sobre esta história real, tenho quase que certeza de que há pessoas que nascem para se desviarem das soluções, e parecem etiquetadas pelo destino para o sobreviver, e não para viver.
Isso explica, em parte, o comportamento de alguns moradores do Complexo do Alemão, os quais teimam em enfrentar as forças de paz que ali se encontram, arranjando os mais diversos argumentos, todos inexistentes, quando ali mandavam e desmandavam os marginais. Os orfãos do poder paralelo são como as amigas da prostituta: ninguém quer viver no limbo sozinho. Precisam de companhia e, assim, incentivam a confusão.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

Muitos "di menor" trabalhavam para o tráfico, ficando sem função com a ocupação. Era uma fonte de renda fácil para aquelas familias, pois, o dinheiro vinha sem custos operacionais, tendo também o "status" do "poder" do mandão na favela. Ficaram desempregados, a fonte secou. Mlitares fazem a segurança bem mais barato. Dai a revolta.

Anônimo disse...

PMERJ DESTOA DAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL E TEM SOLDOS INFERIORES AO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE (do soldado ao segundo-sargento), o que contraria o artigo 92, inciso I, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro e o ARTIGO 7º, INCISO VII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, pois O SOLDO É O SALÁRIO DO MILITAR.

A PMERJ tem os menores salários do Brasil, e o Governo do Estado do RJ tem a folha mais leve do país, sinal de que o governador Sérgio Cabral não está comprometido com a Segurança Pública do Rio de Janeiro. O que é feito com a segunda maior arrecadação de impostos do país?

POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA SÓ É FEITA COM POLICIAIS BEM PAGOS.” foi o que disse o então candidato ao Governo do Rio, Sérgio Cabral.

O GOVERNANTE QUE DIZ QUE O ESTADO DO RIO NÃO TEM DINHEIRO PARA PAGAR MELHOR SEUS POLICIAIS ESTÁ MENTINDO!” (palavras de Sérgio Cabral Filho em 2006)