quinta-feira, 8 de setembro de 2011

POLICIAIS CORRUPTOS E NARCOTRAFICANTES SABOTAM, POLITICAMENTE, OPERAÇÃO DE GLO DO EXÉRCITO NO ALEMÃO.

BLOG DO RVCHUDO.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011.
Policiais corruptos e narcotraficantes sabotam, politicamente, operação de GLO do Exército no Alemão.
Quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Edição do Alerta Total – http://www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão
O Exército foi sistematicamente sabotado em sua operação de cerco e repressão ao narcovarejo no Complexo do Alemão, durante os nove meses de “ocupação”. Sempre que montou “zonas de exclusão”, com acesso restrito a pontos onde dificilmente deixaram de ocorrer venda de drogas nos morros daquela região, os militares foram obrigados a deter policiais civis, PMs e até maus elementos da elitizada tropa do Bope que insistiam em furar o cerco para levar aos bandidos drogas e armas ou para apanhar propina.
A divulgação sobre estas dezenas de detenções foi cuidadosamente censurada pela cúpula de segurança do Governo Sérgio Cabral – que faz marketagem política com a triste farsa das UPPs (Unidades de Policiamento Pacificadoras). Em conluio com o governo Fluminense do vascaíno Cabralzinho, que é aliado da petralhada em política e negócios, o Ministério da Defesa não dá autorização para que o Exército exiba tudo que registrou (gravando em áudio e/ou vídeo) nas operações do Alemão. O EB fez um brilhante trabalho de inteligência, aplicando sua doutrina de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas não existe vontade política de combater o tráfico, para valer, no Alemão e adjacências.
Os governos federal e estadual do RJ não gostaram, mas foram obrigados a engolir ontem a dura verdade revelada pelo Comandante Militar do Leste. O General Adriano Pereira Júnior admitiu que traficantes ainda vendem drogas em bocas de fumo itinerantes no Morro do Alemão. Contrariando a vontade da turma do Cabral, o General Adriano avisou que o EB volta a revistar suspeitos de tráfico de drogas na comunidade. Em entrevista no Comando Militar do Leste (CML), o General até identificou quem é o “agente do quarto elemento” responsável pelos ataques ao EB: o traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, foragido da Vila Cruzeiro.
A verdade completa que o General Adriano conhece bem, mas não pode proclamar é: Toda vez que o esquema de poder vigente é questionado popularmente, seus esquemas mafiosos são desnudados, estouram sinais de crise econômica e o sistema no poder teme sofrer um golpe, o Governo do Crime Organizado escala o chamado “quarto elemento” para desafiar as Forças Armadas. Criminosos politicamente orientados atacam os militares que cumprem a missão de Garantia da Lei e da Ordem.
Os soldados e seus comandantes, quando reagem, voltam a ser, injustamente, alvos de suspeitas de “violações dos direitos humanos”. Bandidos, os chefes deles, o Ministério Público e a Mídia cumprem a missão de estigmatizar o Exército. Por isso, o Alerta Total pergunta, sem cansar: Até quando nossos militares aceitarão cair nesta armadilha da guerra assimétrica promovida pelo sistema de Governo do Crime Organizado? Quem quiser entender melhor como ocorre a guerra psicológica contra o EB, basta dar uma olhada no organograma acima.
O medo do Governo do Crime Organizado é a alta qualidade das informações que os estrategistas do EB colhem nesta operação. Por isso, a ordem é intensificar os ataques assimétricos, na mídia, contra as Forças Armadas. A tática do inimigo é simplória e manjada. Geram-se assuntos desviantes da atenção, para irritar os militares, como a Comissão da Verdade. Ao mesmo tempo, usa-se o Ministério Público para fiscalizar a ação de GLO do EB, sob a desculpa de “evitar eventuais excessos praticados pelos militares contra a comunidade”. Na mídia, sempre que possível, reforça-se a imagem dos militares como autoritários, abusando de uma inocente população carente.
O enxugamento de gelo continua
O Complexo do Alemão continuará ocupado pelo Exército até junho, quando os morros da região ganharão as pretensas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
O efetivo de militares no local foi aumentado para 1.800, e outros 200 homens já estão à disposição e devem ser integrados à Força de Pacificação nos próximos dias.
O esquema de Garantia da Lei e da Ordem do EB conta com mais 120 militares de reforço, ocupando por tempo indeterminado os morros do Adeus e da Baiana, vizinhos ao complexo.
Esvaziando os resultados
O secretário de Segurança do RJ, José Mariano Beltrame, que também participou da entrevista de ontem no CML, alegou que não se pode vender ilusões à população em relação à luta contra o tráfico de drogas:
“Eu tenho sido bastante enfático ao dizer que, após 30, 40 anos de abandono de algumas áreas e total domínio do tráfico, ninguém vai resolver isso a curto prazo. Nós abrimos uma janela para que os serviços públicos e a própria sociedade cumpram o seu papel nessas comunidades”.
Com tais palavras, Beltrame já antecipa a derrota de uma ação mais firme de combate ao tráfico – o que não é desejo real do governo Sérgio Cabral.
Depoimento emblemático
Um morador do Alemão fez uma revelação importante à reportagem do jornal O Globo que reflete perfeitamente o risco institucional que o EB corre na GLO do Alemão:
Segundo ele, alguns traficantes sequer saíram da comunidade e outros já estão no local há tempos. Segundo ele, o tráfico quer provocar uma reação dos militares, para forçar a saída do Exército:
“É claro que o tráfico quer voltar. Minha sensação foi de frustração. Há morador de bem sendo ameaçado para ser conivente com o tráfico. Tenho medo de voltar aos tempos do terror”.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

GLADIADOR disse...

O Dep.Marcelo Freixo,mais conhecido como "garantidor dos direitos humanos",claro, de vagabundos,já é figura presente,até porque,toda vez que há um confronto em comunidades com rebeliões posteriores,como o caso do complexo do alemão,nas quais são invocados os "direitos humanos",ele aparece como um bom "cão de guarda",não vejo este parlamentar, reivindicando mesmo direito para policiais.

Charles- Rio de Janeiro disse...

Monumento à mistificação é implodido a tiros

Um tiroteio envolvendo soldados do Exército, policiais militares e traficantes de drogas, em curso há quase quatro horas no Morro do Alemão, implodiu outro monumento à mistificação erguido por Lula, Dilma Rousseff, Sérgio Cabral e Eduardo Paes. Graças à integração entre os governos federal, estadual e municipal, recita o quarteto há nove meses, ali começou, em 28 de novembro de 2010, a pacificação do Rio de Janeiro. Se é que começou, acaba de ser fulminada pela troca de chumbo desta terça-feira.

A falácia da cidade pronta para hospedar a final da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 foi reduzida a frangalhos pelo casamento da incompetência administrativa com o oportunismo político. A ocupação do Morro do Alemão deveria ser a primeira de uma série de operações encadeadas, e concebidas para consolidar a presença do Estado numa zona de exclusão dominada por bandos fora-da-lei. Foi a primeira e última. De lá para cá, não aconteceu nada. Ou quase nada: Dilma, Cabral e Paes festejaram a inauguração do teleférico que Lula prometeu. No dia da inauguração, ainda não funcionava. Nesta noite, deixou de funcionar para não entrar na linha de tiro.

No domingo, depois de um conflito com os moradores, os militares foram acusados de agir com truculência. Em resposta, o Exército divulgou um vídeo que mostra traficantes vendendo drogas com o desembaraço dos velhos tempos. O tumor não foi devidamente lancetado, avisam as cenas. Os bandidos estão de volta. Foi por saber disso que Cabral e Dilma combinaram que as Forças Armadas ficarão por lá até junho de 2012. “Isso permitirá que trabalhemos com mais tempo o planejamento das próximas UPPs”, alega o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. As Unidades de Polícia Pacificadora são um bom prefácio. Sem não vierem os capítulos seguintes, esses sim capazes de mudar a história, as UPPs são apenas uma fraude.

Na véspera do Sete de Setembro, o Brasil constatou que a polícia do governo Sérgio Cabral não tem musculatura para controlar a zona conflagrada. Depende do Exército para impedir que os traficantes voltem a proclamar a independência do Morro do Alemão ─ e reassumam o comando do que lhes pertence desde sempre.

Augusto Nunes
Revista Veja