sexta-feira, 6 de maio de 2011

SAÚDE PÚBLICA NO RIO É UM CAOS, FUNCIONALISMO DA SAÚDE DEVE OMBREAR COM OS DA SEGURANÇA PÚBLICA.

JORNAL O DIA
Hospital leva mais de 6h para atender menino vítima de bala perdida

RICARDO ALBUQUERQUE
Rio - Com um projétil alojado no braço direito, o menino Daniel dos Anjos, 11 anos, recebeu alta às 1h20 da madrugada desta sexta-feira do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), em Bonsucesso, após esperar mais de seis horas para ser atendido. Ele foi atingido por uma bala perdida dentro de casa na Favela do Timbau, no Complexo da Maré, às 18h desta quinta-feira, quando se preparava para dar comida aos seus cães da raça Pincher. A indiferença dos médicos revoltou parentes e amigos da criança. Nenhum plantonista deu explicações sobre a demora no atendimento.
"Não fosse a presença da imprensa, esse menino sairia daqui sem receber doses de dipirona e antibiótico, o que é um verdadeiro absurdo", disse Luciana Campos Ramos Martha, presidente do Projeto Uerê, que mantém aulas de reforço escolar para 420 crianças na Favela Baixo do Sapateiro, no Complexo da Maré, onde Daniel é um dos 78 bolsistas. Segundo Luciana, a escola foi obrigada a suspender as aulas na quinta-feira por ordem dos traficantes.
"Pensei que ia morrer quando levei o tiro. E, pra mim, esse hospital não é muito bom. Só com a chegada da Tia Luciana, do Uerê, é que os médicos me deram atenção", lamentou o menino. De acordo com o prontuário 198688, o médico plantonista marcou para terça-feira o retorno do menino baleado no braço ao ambulatório da unidade. Para o pai de Daniel, o bombeiro Robson de Oliveira, 40, a atitude do médico foi vergonhosa.
"É uma situação constrangedora: meu filho levou um tiro dentro de casa, local onde exatamente sempre pensei que ele estivesse mais seguro. E, ao chegar no HFB, ele ficou sem atendimento por seis horas porque só havia um cirurgião de plantão. Os médicos só voltaram atrás porque souberam da presença da imprensa", criticou. "Vi muitos pacientes no chão do hospital, em macas desconfortáveis, esquecidos pelos médicos, como se fosse um cenário de guerra. É inacreditável que isto aconteça", lamentou.
A Polícia Militar informou que não sabe de onde partiram os tiros que atingiram o menino e Célio dos Santos, 30, que morreu ao dar entrada no HFB às 20h30 de quinta-feira. Parentes das vítimas afirmaram que houve tiroteio quando eles foram atingidos. No entanto, o comandante do 22º BPM (Maré) Gláucio Moraes negou que tenha ocorrido novos confrontos na comunidades. Ele garantiu que vai apurar os casos. O comandante disse que o policiamento foi reforçado com cerca de 70 policiais militares do 22º BPM, do Batalhão de Choque (BPCHQ) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
COMENTO:
O caos da saúde pública no Rio de Janeiro só será resolvido com CADEIA, enquanto os responsáveis não forem CONDENADOS e PRESOS, os cidadãos continuarão morrendo nos hospitais públicos, locais onde deveriam ser cuidados e não mortos.
Eu tenho escrito sobre as CAUSAS CONCORRENTES, elas indicam, por exemplo, que se alguém morreu por falta de vagas no CTI, o responsável por prover essas vagas CONCORREU para o homicídio e deve ser responsabilizado.
é o melhor remédio e irá resolver muita coisa na lastimável saúde pública do Rio de Janeiro.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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