terça-feira, 29 de março de 2011

31 DE MARÇO DE 1964.

REVISTA VEJA
BLOG DO REINALDO AZEVEDO
28/03/2011 às 19:11
Clubes militares emitem nota conjunta sobre o 31 de março: “Contra a baderna promovida pelo próprio governo”
A comemoração do movimento militar de 31 de março de 1964 foi retirado, neste ano, do calendário oficial do Exército. Os clubes Militar, Naval e Aeronáutico divulgaram hoje uma nota conjunta sobre os 47 anos da deposição de João Goulart. O texto é assinado pelo general Renato Cesar Tibau da Costa, pelo vice-almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral e pelo tenente brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista. Leia a íntegra.
Há quarenta e sete anos, nesta data, respondendo aos reclamos da opinião pública nacional, as Forças Armadas Brasileiras insurgiram-se contra um estado de coisas patrocinado e incentivado pelo Governo, no qual se identificava o inequívoco propósito de estabelecer no País um regime ditatorial comunista, atrelado a ideologias antagônicas ao modo de ser do brasileiro.
À baderna, espraiada por todo o território nacional, associavam-se autoridades governamentais entre as quais Comandantes Militares que procuravam conduzir seus subordinados à indisciplina e ao desrespeito aos mínimos padrões da hierarquia.
A história, registrada na imprensa escrita e falada da época, é implacável em relatar os fatos, todos inadmissíveis em um País democraticamente organizado, regido por Leis e entregue a Poderes escolhidos livremente pelo seu povo.
Por maiores que sejam alguns esforços para “criar” uma história diferente da real, os acontecimentos registrados na memória dos cidadãos de bem e transmitidos aos seus sucessores são indeléveis, até porque são mera repetição de acontecimentos similares registrado pela história em outros países.
Relembrá-los, sem ódio ou rancor, é, no mínimo, uma obrigação em honra daqueles que, sem visar qualquer benefício em favor próprio, expuseram suas carreiras militares e até mesmo suas próprias vidas em defesa da democracia que hoje desfrutamos.
Os Clubes Militares, parte integrante da reação demandada pelo povo brasileiro em 1964, homenageiam, nesta data os integrantes das Forças Armadas da época que, com sua pronta ação, impediram a tomada do poder e sua entrega a um regime ditatorial indesejado pela Nação Brasileira.
Por Reinaldo Azevedo
COMENTO:
O Brasil hoje corre um grande risco, a implantação de um regime plenamente cleptocrático, portanto, não custa lembrar que apesar das inúmeras inversões de valores que temos presenciado, nem todos concordam com isso.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

Um comentário:

Eduardo Esteves disse...

Para que serve um soldado?
Eu só queria saber com que direitos um ser humano igual a você, coloca um fuzil municiado na Mão de um garoto com 18 anos de idade, com o direito de viver o privilégio de ter nascido dentre milhões de outros espermatozóides, e diz: Agora você vai defender com sua própria vida, a Liberdade e a Democracia!
Se ouve confronto ou não, são apenas seqüência dos fatos, na realidade nos demos sorte de não termos morrido ou matado outros irmãos. No fim do nosso engajamento, fomos dispensados sem nem um muito obrigado, e ate hoje não se fala no assunto.
Se a presença dos militares na seqüência dos anos, foi nefasta a nação Brasileira, eu gostaria de lembrar que: No desfile da “Vitoria” Nos os soldados, fomos aplaudidos pelo povo nas ruas. Hoje estou empenhado nesta jornada pelo reconhecimento dos que defenderam a Liberdade e a Democracia em 1964, quando eram apenas estes objetivos pelos quais lutamos.
Fomos convocados para cumprir um dever cívico, e constitucional.
Em 1964 , com 18 anos fomos convocados a servir a pátria e defender a Democracia arriscando as nossas próprias vidas. Agora eu sei que na época foram escolhidos os mais aptos! A revolução já estava programada.

Desde que entramos no quartel, o nosso treinamento era total;
Atirávamos com todo tipo de armas desde pistolas calibre 45, metralhadoras e granadas de verdade. O treinamento físico era um horror, tínhamos que dar centenas de volta no quartel debaixo do sol ou chuva, sem reclamar, isto por que : Soldado e superior ao tempo! Diziam!
Uniformizado e com todos os apetrechos para a guerra, mochila, barraca, fuzil, cantil e um capacete de aço, que depois de uma hora de marcha forçada, pesava uma tonelada, Isto quase todo dia, e para descansar abríamos trincheiras.
O dia que não tinha marcha, tinha ginástica de 4 horas seguidas, no resto do tempo íamos para a sala de aula aprender técnicas de guerrilha, como se defender ou matar o inimigo, filmes táticos e etc. Ai daquele que cochilasse na sala.
Peguei trauma de barulho de tiro, uma das coisas que tínhamos que fazer, era ficar perto do canhão de 150mm, quando era disparado. Segundo o Sargento era para acostumar-mos com o barulho. Fomos preparados para a guerra em 4 meses. Tempos difíceis e perigosos.
Foi duro o treinamento, treinávamos sem saber, para matar ou morrer, neste período vário colegas sofreram acidente com armas. Só na minha campainha foram mais de seis, Que se feriram antes, ou desapareceram depois que estourou a revolução. Dos seis, Quem não morreu, ficou alejado, ou sumiu sem deixar rastros ( Soldados eram seqüestrados e mortos por bandidos por causa das armas.) E depois de tudo fomos dispensados como cartuchos detonados!
Na época diziam que; Como valorosos soldados! Lutaríamos pela pátria, contra os terroristas que queriam acabar com a liberdade e a democracia implantando o comunismo no país.
E nos, depois de garantirmos a salvação da pátria, da liberdade da democracia e etc. O que ganhamos? Nada! Nem uma medalhinha. Hoje estou com 66 anos, não posso nem aposentar por idade, porque so posso provar 12 anos e eles pedem 15 anos de contribuiçoes.