As milícias começaram a ser muito importantes em termos eleitorais na campanha de 2006, quando o governador Sérgio Cabral (PMDB) venceu a disputa. O Globo publicou uma reportagem sobre os candidatos que obtiveram mais votos nestas comunidades.
Ao longo do seu governo, Cabral implantou doze UPPs, sendo que apenas uma delas foi feita em área dominada por milicianos, a comunidade do Batan, em Realengo. As outras foram implantadas em comunidades dominadas por uma das facções do tráfico de drogas.
O governo alega que prendeu chefes das milícias, usou isso na campanha eleitoral, porém na verdade apenas mudou de mãos o controle das áreas dominadas por milicianos.
Bem, a reportagem que se segue mostra que as milícias estão de vento em popa.
Penso que está na hora do jornal O Globo publicar uma nova reportagem sobre quem ganhou nas áreas dominadas por milicianos, Cabral ou Gabeira?
O GLOBO ON LINE:
Ao longo do seu governo, Cabral implantou doze UPPs, sendo que apenas uma delas foi feita em área dominada por milicianos, a comunidade do Batan, em Realengo. As outras foram implantadas em comunidades dominadas por uma das facções do tráfico de drogas.
O governo alega que prendeu chefes das milícias, usou isso na campanha eleitoral, porém na verdade apenas mudou de mãos o controle das áreas dominadas por milicianos.
Bem, a reportagem que se segue mostra que as milícias estão de vento em popa.
Penso que está na hora do jornal O Globo publicar uma nova reportagem sobre quem ganhou nas áreas dominadas por milicianos, Cabral ou Gabeira?
O GLOBO ON LINE:
"O AVANÇO DAS MILÍCIAS
PESQUISA MOSTRA QUE PARAMILITARES DOMINAM MAIS FAVELAS QUE A PRINCIPAL FACÇÃO DO TRÁFICO.
PESQUISA MOSTRA QUE PARAMILITARES DOMINAM MAIS FAVELAS QUE A PRINCIPAL FACÇÃO DO TRÁFICO.
RIO - O mapeamento das 250 maiores favelas do Rio revela que as milícias atuam em 105 delas. Com isso, já superam a maior facção do tráfico, que domina 55 comunidades, mostra reportagem de Sérgio Ramalho, publicada na edição deste domingo do GLOBO. Elaborado pelo pesquisador Paulo Storani, do Instituto Universitário de Políticas Públicas e Ciências Policiais da Universidade Candido Mendes, o levantamento mostra que a prisão dos principais chefes dos grupos paramilitares - os irmãos e ex-políticos Natalino e Jerônimo Guimarães, Ricardo da Cruz, o Batman, e Fabrício Mirra - não freou a expansão dessas quadrilhas.
A comparação do poder dos milicianos é feita ainda com o de duas outras facções do tráfico, menores, que controlam respectivamente 35 e 31 favelas.
A análise indica que, enquanto a maior quadrilha de traficantes perdeu terreno com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em comunidades nas zonas Sul e Norte, milicianos vêm estendendo sua área de influência ao asfalto. Esse tipo de movimentação tem sido denunciada por moradores de diversas ruas de Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Ilha do Governador. Nesses bairros, grupos paramilitares oferecem "segurança patrimonial", cobrando, por meio de cartas deixadas em casas e prédios, taxas diárias que chegam a R$ 2,20 por domicílio.
Em regiões como Jacarepaguá, praticamente todas as favelas acabaram anexadas à área de domínio das milícias. Em Campinho, traficantes e grupos paramilitares disputam o controle do Morro do Fubá. A área vive uma rotina de invasões e conflitos, que também se repete em comunidades de Madureira. Nesse bairro, enquanto traficantes de duas facções travam uma guerra na Serrinha, milicianos ganham espaço em pequenas favelas como Patolinha, Indiana e Faz Quem Quer.
Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e antropólogo, o pesquisador Paulo Storani afirma que, se não houver uma mudança na atual política de combate aos grupos paramilitares, o quadro vai se agravar, principalmente nos bairros da Zona Norte do Rio:
- A participação de policiais, bombeiros, militares e agentes penitenciários nesses grupos dificulta a apuração dos crimes. Com o enfraquecimento das facções ligadas ao tráfico, há uma tendência de os milicianos continuarem a expandir o domínio territorial, o que representa maior poder político e aumento de arrecadação com a cobrança de taxas de segurança e ágio (na venda de produtos como bujões de gás) - diz Storani".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
A comparação do poder dos milicianos é feita ainda com o de duas outras facções do tráfico, menores, que controlam respectivamente 35 e 31 favelas.
A análise indica que, enquanto a maior quadrilha de traficantes perdeu terreno com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em comunidades nas zonas Sul e Norte, milicianos vêm estendendo sua área de influência ao asfalto. Esse tipo de movimentação tem sido denunciada por moradores de diversas ruas de Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Ilha do Governador. Nesses bairros, grupos paramilitares oferecem "segurança patrimonial", cobrando, por meio de cartas deixadas em casas e prédios, taxas diárias que chegam a R$ 2,20 por domicílio.
Em regiões como Jacarepaguá, praticamente todas as favelas acabaram anexadas à área de domínio das milícias. Em Campinho, traficantes e grupos paramilitares disputam o controle do Morro do Fubá. A área vive uma rotina de invasões e conflitos, que também se repete em comunidades de Madureira. Nesse bairro, enquanto traficantes de duas facções travam uma guerra na Serrinha, milicianos ganham espaço em pequenas favelas como Patolinha, Indiana e Faz Quem Quer.
Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e antropólogo, o pesquisador Paulo Storani afirma que, se não houver uma mudança na atual política de combate aos grupos paramilitares, o quadro vai se agravar, principalmente nos bairros da Zona Norte do Rio:
- A participação de policiais, bombeiros, militares e agentes penitenciários nesses grupos dificulta a apuração dos crimes. Com o enfraquecimento das facções ligadas ao tráfico, há uma tendência de os milicianos continuarem a expandir o domínio territorial, o que representa maior poder político e aumento de arrecadação com a cobrança de taxas de segurança e ágio (na venda de produtos como bujões de gás) - diz Storani".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
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