domingo, 6 de setembro de 2009

CABRAL (PMDB) DANÇA E DANÇARÁ MAIS AINDA EM 2010.

Eu sou politicamente incorreto, não gosto de funk!
Como não gosto de outras "modalidades musicais".
Eu adorava a MPB de protesto da época da ditadura.
Adorava o Chico político, o Ivan Lins, alguma coisa do Caetano e do vandré, assim como algumas do Cazuza.
Eu imaginava que eles queriam construir um país, como eu era tolo, eles queriam a volta ao poder dos seus, os seus que hoje destroem o Brasil, um país corrupto de governos dominados pelo crime, tudo diante do silêncio dos "heróis de papel fino".
Hoje eles me envergonham, o silêncio deles oprime a minha consciência.
Cabral tenta Lular (verbo novo: agir como Lula) agindo de forma populista, afinal funkeiro, viciado, traficante e familiares também votam e são um contingente enorme.
O funk não é a música do tráfico como alguns que pretendem criminalizar o movimento afirmam, ele é apenas uma outra forma dentre inúmeras de fazer música, cantar, ser feliz e viver.
O problema não é o funk, mas sim os bailes realizados em comunidades carentes e não carentes que atraem milhares de pessoas e com isso os vendedores e os compradores de drogas ilícitas.
As festas raves são um grande exemplo dessa realidade e são realizadas em ambientes bem diferentes das comunidades carentes.
Os bailinhos dos clubes do subúrbio do passado já apresentavam essa realidade, mas em escala infinitamente menor.
O mesmo problema ocorreria se realizássemos um concerto sinfônico no meio da Rocinha e esse evento tivesse a capacidade de atrair um grande público, milhares de pessoas, viciados e vendedores de drogas.
Esses eventos em locais onde a venda de drogas dispõe de grande estoque para a venda alimenta de forma criminosa a criminalidade no Rio de Janeiro.
Infelizmente, como a Polícia Federal privilegia a manutenção dos ótimos salários, em detrimento de possuir um efetivo capaz de fazê-la cumprir as suas missões constitucionais, drogas e armas chegam a essas comunidades como se fossem gêneros alimentícios, ou seja, com extrema facilidade.
Temos que apreender que tráfico é COMÉRCIO.
COMÉRCIO que precisa de produtos para vender e CLIENTES para comprar esses produtos.
Viciado é doente, VICIADO é CLIENTE!
Temos que tratar os VICIADOS como CLIENTES do tráfico de drogas.
São eles que alimentam essa tragédia.
Sem dúvida, eles precisam de tratamento para deixar o vício e cabe ao poder público arcar com essa missão para os que não podem pagar o próprio tratamento, apenas para esses.
Agora, aceitar que o cara do lado acenda um ao nosso lado ou devaste uma carreirinha, ofende todos os princípios da legalidade e da lógica.
O VICIADO precisa ser reprimido.
Essa é a maneira mais fácil e menos violenta de combater o tráfico de drogas, milhares de vidas seriam poupadas, basta centrar a repressão no CLIENTE.
É o VICIADO que nos mata em cada esquina do Rio de Janeiro.
São eles que roubam os nossos carros e aumentam os valores dos nossos seguros.
São eles que acionam os gatilhos das armas portadas por crianças que nos matam.
VICIADO é doente, VICIADO é CLIENTE.
Muito mais DOENTE é a sociedade que aceita isso, a não repressão ao CLIENTE.
DOENTES mais graves somos nós que não fumamos, não cheiramos, não aplicamos, mas que ficamos calados permitindo que nossos entes queridos sejam assassinados a toda hora nesse Rio de Janeiro que cultua a morte.
No mais deixem Cabral dançar...
Em 2.010 ele e o seu PMDB dançarão outro ritmo, um ritmo fúnebre de fim de estrada política.
Governador, hoje dançamos nós, cidadãos fluminenses, em 2.010 ditaremos o ritmo de sua dança.
O funk não é a música do tráfico.
Uma ópera no Complexo do Alemão poderia ter o mesmo efeito se pudesse unir no mesmo espaço os COMERCIANTES e os CLIENTES.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

Um comentário:

R. disse...

Parabéns Coronel, o único representante da Polícia Militar que se manisfestou foi o senhor. Eu lembro que há pouco tempo queriam que a PM andasse desarmanda! É uma situação semelhante, depois que muitos Policiais Militares tombarem, mortos por traficantes no caminho de bailes funk é que o governo do estado vai se tocar.
Obrigado.