A passagem de comando do RCECS acontecerá nesta quarta-feira, às 15:00 horas.
Assumirá o comando da unidade operacional o Coronel de Polícia Germano, escolhido pelo Comandante Geral, Coronel de Polícia Pitta, que parece ter vencido a queda de braço com o secretário de segurança do Estado do Rio de Janeiro, delegado de Polícia Federal, José Mariano Benicá Beltrame.
A respeito dessa troca, o Coronel de Polícia Cony (Coronel Barbono) encamihou o email, que publicamos a seguir:
Amigo Paúl.
Após ler seu artigo parabenizo-o pelo texto, porém, tenho que discordar de alguns detalhes. Vejamos.
Julgo de pouca importância sabermos sobre quem determinou o nome do novo Comandante do RCECS, se o Secretário ou o Comandante Geral, pois, independente de quem indicou, o mais importante é que o RCECS, por ser uma Unidade especializada em Polícia Montada, merece ter, a sua frente, um Comandante especializado e também com competência para comandar uma Unidade Operacional comum, ou seja, um Batalhão Operacional com área de responsabilidades.
A indicação para uma futura nomeação somente deve ser feita por alguém que conheça sobre a atividade, seus objetivos e finalidades além do nome dos possíveis indicados, e não a indicação por um detentor de um cargo político e comissionado que por aqui passe por apenas um período de governo. Refiro-me ao Governador e ao Secretário de Segurança. A indicação para o recebimento do “Oscar”, prêmio maior da indústria cinematográfica, nunca é feita por médicos, policiais, engenheiros, professores, mas sim, por especialistas e críticos da arte e tecnologia cênicas.
Não concordo com a indicação do Cel Germano para o Cargo, apesar de ser este um grande Oficial. Ele não é de Cavalaria, nunca atuou na Unidade, não conhece da especificidade de uma Unidade Hipo, apesar de todo o seu grande esforço em querer aprender a montar para assumir a função aos moldes da tradição da arma ligeira, ou seja, a cavalo.
Não que ele seja um incapacitado para a função como comandante de uma Unidade Operacional, ele tem muitos valores, mas, ele não possui as lides eqüestres, requisito básico para aquela função. Pergunto-me ainda: Será que somente o Cel Germano resolverá os problemas daquela área? Somente ele seria competente para resolver tais problemas?
Isso é inaceitável, a meu ver.
Quantas Unidades, apenas operacionais, e com sérios problemas em suas áreas de responsabilidade, poderiam tê-lo como Comandante?
A indicação, a meu ver, foi inadequada, pois, existem cinco Tenentes Coronéis Especialistas na atividade e, com o Curso de Equitação do Exército: TC Cezar Tanner, atual Subcmt do RCECS, TC Edilson de Moraes, Subcmt do 3º BPM e TC Gaspar, Subcmt do 17º BPM, TC da DGP, mas atuando no Palácio Guanabara e TC Samaha, este último, na DGP e sem função há dois anos desde quando da nossa saída do RCECS. Tal ordem não significa minha preferência por uma indicação.
Imagine colocar um Oficial Superior, sem o Curso de Operações Especiais, para Comandar o BOPE?
Imagine colocar um Oficial Superior sem o Curso de Piloto de Helicóptero para comandar o GAM?
Imagine colocar um Oficial qualquer sem o Curso de Adestramento de Cães para comandar a Cia Cães?
Imagine colocar um Oficial Superior, combatente, para ser o Diretor Geral de Saúde?
É uma falta de respeito aos Especialistas ou àqueles que dedicaram suas horas em uma especialização, seja em qualquer campo da Segurança Pública. O mercado de trabalho exige a especialização e na Segurança Pública não é diferente, apesar de que para nós parece estarmos na contramão de direção.
Por que, então, foram fazer os Cursos?
Se forem incompetentes ou não querem a função, submeta-os à CJ. A minha opinião é bem clara.
Amigo,
Não fiz o Curso de Equitação do Exército, por falta de oportunidade, mas, tive minhas raízes, não só familiar, mas também de formação quando aluno da antiga EsFO, pois, já praticava a equitação antes de entrar para a Corporação, acreditando ter representado bem minha Instituição quando no Comando do Regimento, em Concursos Hípicos e Eventos equestres.
Quando recebi a missão de Comandar o RCECS fui alertado para os problemas que existiam na área, você sabe muito bem do que estou falando. Atuei lá durante um ano e oito meses, acreditando ter atendido satisfatoriamente as expectativas do Comandante Geral e do Secretário de Segurança, à época.
Sem explicação, até hoje, fui exonerado do Comando do Regimento indo Comandar a Escola Superior de Polícia, contrariado, mas, cumprindo determinação Superior.
Como minha sugestão, gostaria de ver, naquela Unidade, um desses Oficiais especialistas citados, independendo de minha indicação. Que a esse Oficial, com o apoio irrestrito do Comandante Geral, fosse dado um prazo de seis meses para que as coisas melhorassem na área (índice de homicídios, envolvimento de PM nas Milícias, tráfico de drogas, transporte irregular, etc,). Caso o indicado não atuasse como o esperado, que fosse exonerado e investido em outro, mas nunca desmerecer àqueles que são especialistas na Arma de Cavalaria.
Amigo.
Você que foi um excelente Oficial, competente, estudioso, inteligente e digno Corregedor Geral durante tanto tempo. Pergunto: Será que você seria um bom Comandante do RCECS? Será que nosso Cmt Geral, nosso Chefe do EMG, o Chefe de Gabinete, o DGF, o DGAL, o DEI, o Corregedor e outros não especialistas seriam bons Comandantes do um Regimento de Polícia Montada atuando de forma exemplar nas lides eqüestres?
Paúl;
Tem o nome CONY naquele Regimento. Já o comandei e conheço o suficiente sobre sua atividade específica. Por tudo isso, possuo base para falar e o direito de emitir uma minha opinião seguida de uma sugestão.
Um abraço.
Cel PM RR Dario Cony dos Santos
JUNTOS SOMOS FORTES!
Após ler seu artigo parabenizo-o pelo texto, porém, tenho que discordar de alguns detalhes. Vejamos.
Julgo de pouca importância sabermos sobre quem determinou o nome do novo Comandante do RCECS, se o Secretário ou o Comandante Geral, pois, independente de quem indicou, o mais importante é que o RCECS, por ser uma Unidade especializada em Polícia Montada, merece ter, a sua frente, um Comandante especializado e também com competência para comandar uma Unidade Operacional comum, ou seja, um Batalhão Operacional com área de responsabilidades.
A indicação para uma futura nomeação somente deve ser feita por alguém que conheça sobre a atividade, seus objetivos e finalidades além do nome dos possíveis indicados, e não a indicação por um detentor de um cargo político e comissionado que por aqui passe por apenas um período de governo. Refiro-me ao Governador e ao Secretário de Segurança. A indicação para o recebimento do “Oscar”, prêmio maior da indústria cinematográfica, nunca é feita por médicos, policiais, engenheiros, professores, mas sim, por especialistas e críticos da arte e tecnologia cênicas.
Não concordo com a indicação do Cel Germano para o Cargo, apesar de ser este um grande Oficial. Ele não é de Cavalaria, nunca atuou na Unidade, não conhece da especificidade de uma Unidade Hipo, apesar de todo o seu grande esforço em querer aprender a montar para assumir a função aos moldes da tradição da arma ligeira, ou seja, a cavalo.
Não que ele seja um incapacitado para a função como comandante de uma Unidade Operacional, ele tem muitos valores, mas, ele não possui as lides eqüestres, requisito básico para aquela função. Pergunto-me ainda: Será que somente o Cel Germano resolverá os problemas daquela área? Somente ele seria competente para resolver tais problemas?
Isso é inaceitável, a meu ver.
Quantas Unidades, apenas operacionais, e com sérios problemas em suas áreas de responsabilidade, poderiam tê-lo como Comandante?
A indicação, a meu ver, foi inadequada, pois, existem cinco Tenentes Coronéis Especialistas na atividade e, com o Curso de Equitação do Exército: TC Cezar Tanner, atual Subcmt do RCECS, TC Edilson de Moraes, Subcmt do 3º BPM e TC Gaspar, Subcmt do 17º BPM, TC da DGP, mas atuando no Palácio Guanabara e TC Samaha, este último, na DGP e sem função há dois anos desde quando da nossa saída do RCECS. Tal ordem não significa minha preferência por uma indicação.
Imagine colocar um Oficial Superior, sem o Curso de Operações Especiais, para Comandar o BOPE?
Imagine colocar um Oficial Superior sem o Curso de Piloto de Helicóptero para comandar o GAM?
Imagine colocar um Oficial qualquer sem o Curso de Adestramento de Cães para comandar a Cia Cães?
Imagine colocar um Oficial Superior, combatente, para ser o Diretor Geral de Saúde?
É uma falta de respeito aos Especialistas ou àqueles que dedicaram suas horas em uma especialização, seja em qualquer campo da Segurança Pública. O mercado de trabalho exige a especialização e na Segurança Pública não é diferente, apesar de que para nós parece estarmos na contramão de direção.
Por que, então, foram fazer os Cursos?
Se forem incompetentes ou não querem a função, submeta-os à CJ. A minha opinião é bem clara.
Amigo,
Não fiz o Curso de Equitação do Exército, por falta de oportunidade, mas, tive minhas raízes, não só familiar, mas também de formação quando aluno da antiga EsFO, pois, já praticava a equitação antes de entrar para a Corporação, acreditando ter representado bem minha Instituição quando no Comando do Regimento, em Concursos Hípicos e Eventos equestres.
Quando recebi a missão de Comandar o RCECS fui alertado para os problemas que existiam na área, você sabe muito bem do que estou falando. Atuei lá durante um ano e oito meses, acreditando ter atendido satisfatoriamente as expectativas do Comandante Geral e do Secretário de Segurança, à época.
Sem explicação, até hoje, fui exonerado do Comando do Regimento indo Comandar a Escola Superior de Polícia, contrariado, mas, cumprindo determinação Superior.
Como minha sugestão, gostaria de ver, naquela Unidade, um desses Oficiais especialistas citados, independendo de minha indicação. Que a esse Oficial, com o apoio irrestrito do Comandante Geral, fosse dado um prazo de seis meses para que as coisas melhorassem na área (índice de homicídios, envolvimento de PM nas Milícias, tráfico de drogas, transporte irregular, etc,). Caso o indicado não atuasse como o esperado, que fosse exonerado e investido em outro, mas nunca desmerecer àqueles que são especialistas na Arma de Cavalaria.
Amigo.
Você que foi um excelente Oficial, competente, estudioso, inteligente e digno Corregedor Geral durante tanto tempo. Pergunto: Será que você seria um bom Comandante do RCECS? Será que nosso Cmt Geral, nosso Chefe do EMG, o Chefe de Gabinete, o DGF, o DGAL, o DEI, o Corregedor e outros não especialistas seriam bons Comandantes do um Regimento de Polícia Montada atuando de forma exemplar nas lides eqüestres?
Paúl;
Tem o nome CONY naquele Regimento. Já o comandei e conheço o suficiente sobre sua atividade específica. Por tudo isso, possuo base para falar e o direito de emitir uma minha opinião seguida de uma sugestão.
Um abraço.
Cel PM RR Dario Cony dos Santos
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
Um comentário:
Acho que foi dada mita ênfase ao "novo comando", co Cel Germano à frente. Vejo que tem garra, é um bom comandante, mas chegou com a concepção de que todos que servem no RCECS são milicianos, o que não é verdade, e por conta disso está maltratando oficiais e praças, com suas escalas inéditas e inusitadas e expedientes diários de 11 horas, ou seja, 55 horas semanais. Os Oficiais assumem o serviço às 14h e largam às 09 h do dia seguinte, e logo no outro dia assumem às 05:30h. Dizem que faz isso para que os policiais não tenham mais tempo de atuar em milícias...Que solução mais esdrúxula. Será que se esquece de que eles também têm família?E tudo isso com o agravante de obrigar oficiais e praças a praticarem educação física, na qual o instrutor é ele mesmo, que não possui tal curso, portanto está exercendo ilegalmete a profissão e assumindo riscos de um policial "cascudo" daquele ter algum problema de saúde na unidade durante a instrução.É preciso rever este comando. Peço ao Sr. Cel Paul que tente de alguma forma, ajudar àqueles profissionais de segurança pública, concursados que ali servem, que são regidos por estatuto e regulamento próprio, para que se faça valer os mesmos. Cumpra-se a lei.Apenas isto.
Postar um comentário