segunda-feira, 18 de maio de 2009

REVISTA VEJA - O FILTRO - JULIANO MACHADO.

- CPI da Petrobras vira ringue antes de começar:
Depois de a base aliada não conseguir impedir a criação da CPI da Petrobras, começou a guerra de declarações sobre o assunto. No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou a oposição de “irresponsável” por forçar a assinatura do requerimento, ao que foi respondido em seguida por uma nota do PSDB: “irresponsável é quem não fiscaliza a Petrobras”. O Estadão informa que os líderes tucanos não vão aceitar o depoimento do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, como “moeda de troca” para impedir a instalação da CPI. “Não tapo meus ouvidos para ninguém, mas uma coisa não invalida a outra”, afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM). De Riad, na Arábia Saudita, Lula retrucou e realimentou o que ele mesmo chamou de “briga de adolescentes”.
Qual será o próximo round dessa “saudável” disputa?
- Maioria dos sindicatos patronais é de fachada:
Está na manchete da Folha (para assinantes): assim como a maioria das entidades sindicais no Brasil, os patronais passam por uma séria crise de representatividade. Apenas 20% das 500 mil indústrias estão associadas a alguma entidade, um porcentual bem abaixo da média de 35% verificada em países desenvolvidos. Estima-se que 80% dos quase 4 mil sindicatos patronais com registro no Ministério do Trabalho têm pouca ou nenhuma representatividade. E o que lhes dá sobrevida, então? O imposto sindical, recolhido de forma obrigatória. Em 2008, diz o jornal, o setor patronal arrecadou R$ 363 milhões, dos quais 60% foram para os sindicatos.
- Ex-ministra, Marina Silva diz que MP chancela grilagem:
Um dia de vidraça, outro de pedra. Em artigo na Folha (para assinantes), a ex-ministra do Meio Ambiente e hoje senadora Marina Silva (PT-AC) diz que a Medida Provisória 458, aprovada recentemente pela Câmara, “chancela o festival de grilagem na região e abre portas para mais concentração agrária”. A MP em questão permite a regularização de posses de terras públicas com até 1,5 mil hectares na Amazônia. “Segundo dados do Incra, as mini e as pequenas propriedades, de até quatro módulos fiscais (400 hectares), representam 80% do total, mas ocupam apenas 11,5% da área a ser regularizada. As médias e as grandes, que são apenas 20% do total, ocupam 88,5% da área”, escreve Marina. Ela também critica, no texto da MP, a possibilidade de vender a terra legalizada após três anos, o que comprometeria a ideia de funação social da terra. Como a proposta segue agora para o Senado, Marina diz que a escolha do relator é fundamental para “reposicionar o rumo inaceitável que as coisas tomaram”.
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

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