sexta-feira, 8 de maio de 2009

QUEM TEVE ACESSO À EDUCAÇÃO FORMA OPINIÕES.

O brasileiro possui uma formação generalista, ou pensa que possui, o que o leva a dar opinião sobre praticamente qualquer tema.
Futebol, política, religião, economia, dependência química, segurança pública, medicina, educação, etc.
Ele sempre parece ter uma opinião fundamentada, embora quase nunca consiga explicitar adequadamente esses fundamentos.
Não podemos esquecer que o acesso à educação no Brasil, ainda é muito restrito, no que diz respeito a uma educação de qualidade.
E, diante desse quadro, o brasileiro apóia ou crítica, aplaude ou vaia, quem defenda ou quem ataque qualquer tema, como por exemplo, a liberação do consumo das "drogas leves".
É o exercício da liberdade de expressão, um direito constitucional, mesmo que a expressão não seja muito coerente, em algumas oportunidades.
Caro leitor, você teve acesso a uma educação real, o que significa dizer que você é responsável pela formação da opinião de outras pessoas, o que é muito importante.
Assim sendo, antes de defender ou de atacar a liberação das "drogas leves", faça uma imersão teórica prévia nesse mundo de dores e de sofrimentos, para só depois formar opiniões.
Uma opinião fundamentada promove mudanças, enquanto, uma opinião mal fundamentada, provoca distorções.
Então, responda:
- Existe "droga leve"?
- O que é dependência química, quais são seus sintomas e quais são as suas consequências?
- Quanto custa ao Estado o tratamento de cada dependente químico?
- Você é contra ou a favor da liberação das denominadas "drogas leves"?
- O usuário de drogas deve ser tratado apenas como um "doente" ou também criminalmente, como sendo o "cliente" que alimenta o comércio de drogas ilícitas?
- Você é contra ou a favor da liberação da denominada "marcha da maconha"?
Participe!
Opine!

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

3 comentários:

Anônimo disse...

Caro Cep Paul.

Acredito que o principal problema envolvendo as drogas seja esse "meio termo" em que vivemos.
Vou explicar: O Estado gasta recursos no combate ao trafico, mas nada faz para punir o consumidor, o que considero expremamente errado, comprar a droga é financiar o trafico, se traficar é crime, comprar também deveria ser. o que não deve continuar a acontecer é nos matamos nessa guerra urbana enquanto os filhos da elite curte suas "baladas" irresponsavelmente, finaciando esta guerra.
Um outro ponto a ser discutido é as drogas lícitas: Algumas pesquizas apontam a nicotina como uma das substancias mais viciantes e o alcool com a droga que causamaior indisposição social. Se o grande problem é o tratamento de viciados, essas droas também devia ser proibídas.
Outro ponto: Como proibir algo que nos é muito importante. A liberdade. Acredito que lutar comtra a liberdade é uma guerra inglória. dificilmente vamo inibir alguem de consumir algo apenas proque eh proibído! estamos tentando fazer isso a décadas e nã tem dado muito certo.
Solução? não sei ao certo, mas como está não pode ficar, temos que escolher um caminho, ou libra tudo, ou proibe tudo.
Mas respondendo a pergunta, sim, sou a favor da liberação de TODAS as drogas, com venda regulamentada, produzidas por empresas sérias, gerando empregos lícitos, imposto e etc, o cidadão teria um cadastro, um cartão magnético, o sistema de saúde saberia quanto e quais drogas ele estaria consumindo e como em alguns paises europeus, fumantes ja não usufruem do sistema público de saude para tratamento de doenças provenientes do seu vício, o mesmo seria feito aqui.
Sou um pouco radical...
Se o filho do juiz ou o ator da globo que consumir drogas ilícitas o problema é dele e da sua família, o que não pode é meu carro ser alvejado, com uma bala de fuzil, adquirida com o dinheiro deles.

Sei que como profissional da segurança, não concorda comigo, mas que faz sentido, isso faz.

Att
Salma.

CHRISTINA ANTUNES FREITAS disse...

Sr.Cel Paúl:

A princípio será a Marcha da Maconha - quem sobrevier, verá - a Marcha do Crack !!!

Sinto que chegará um dia, que de maneira ostensiva, serei discriminada... Quando quero "curtir um barato", tomo água mineral "com gás e uma rodela de limão"!
Serei taxada de extrema direita!
Aff!

Um abraço,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS

Cravo e Canela disse...

Cel Paúl,
Não posso deixar de ver como imatura, ingênua ou mal intencionada, a alegação de que
o tabaco e o álcool matam mais que a maconha e estão como drogas lícitas e que seus fabricantes pagam impostos altíssimos e que o governo controla e regula o seu
comércio e a sua qualidade.As alegações que usam para justificar a vontade de ver a população usar drogas livremente é completamente falsa na minha opinião. Não é somente a saúde de um indivíduo que está em jogo,a segurança da população será afetada também.
Com a liberação do consumo da maconha, mais gente experimentaria a droga. Isso aumentaria o número de dependentes e mais gente sofreria de psicoses,esquizofrenia e dos males associados a ela. Mais gente morreria vítima desses males.
A maconha é uma droga desorganizadora da atividade cerebral. Para os indivíduos que
já possuem alguma alteração, tanto na atividade cerebral como na atividade mental, o impacto da maconha no SNC(cérebro) é imediatamente mais violento e altera mais rapidamente o comportamento do indivíduo. Desencadeia atividade psicótica. O
indivíduo age com impulsividade descontrolada, o que o leva a cometer atos compulsivos. Sem autodomínio, muitas vezes age com violência e de forma irracional.Complicações com violências das mais diversas, acidentes, não somente de
trânsito, mas no trabalho e no próprio lar aconteceriam muito mais,sem falar, nas
perdas e danos, os gastos, não somente das verbas públicas, mas também dos orçamentos familiares.
Em defesa da saúde, acredito que deveríamos lutar para um controle do consumo, diminuir, e não aumentá-lo.As complicações, as perdas e danos e muitos
outros problemas estariam terrivelmente aumentados e piorados, com maiores
sofrimentos e prejuízos para todos nós, que é quem sempre paga pelas más gestões públicas.
Um maior realismo no combate às drogas, sem preconceitos ou visões ideológicas, ajudaria a reduzir danos às pessoas, sociedade e instituições.
Sou contra a marcha da maconha.