O DIA:
Linha dura para a Polícia Militar da Baixada.
Novo chefe do 3º Comando de Policiamento da região faz cadastro de carros de policiais, proíbe TV em DPOs e regulamenta blitzes de trânsito.
Geraldo Perelo e Marcos Galvão.
Rio - "O coronel Paulo Cesar Lopes, que assumiu o 3º Comando de Policiamento da Baixada Fluminense, decidiu aplicar a linha dura na tropa que integra os seis batalhões da região. As principais medidas, em vigor desde o dia 16, são o cadastro, pelos comandantes de batalhão, do carro com que o policial vai à unidade, o fim das blitzes de fiscalização de trânsito que não sejam comandadas por um oficial e a retirada imediata de aparelhos de TV e DVDs de todos os Destacamento de Polícia Ostensiva (DPOs) da região.
Conhecido pelo rigor no trato com seus subordinados, Lopes explicou que as determinações visam a acabar com a corrupção na corporação que chefia, integrada por 15º (Duque de Caxias), 20º (Nova Iguaçu), 21º (São João de Meriti), 24º (Queimados), 34º (Magé) e 39º (Belford Roxo). Em 30 de março 2005, um dia antes da Chacina da Baixada, quando comandava o 15º BPM, uma cabeça foi arremessada dentro da unidade, supostamente uma represália de PMs ao rigor com que Lopes chefiava a unidade.“Tropa sem controle é bando destinado à prática criminosa. O objetivo é o controle total do efetivo, com maior atenção para o Disque-Denúncia, que tem como alvo o desvio de conduta policial”, disse Lopes. Ele determinou aos comandantes que abram sindicâncias e denunciem ao Ministério Público e à Receita Federal todo PM que ostentar sinais exteriores de riqueza ilícita. O monitoramento será feito pelo Serviço Reservado (P2) das unidades e pela Seção de Assuntos Internos (SAI). Segundo Lopes, haverá inspeções diárias nos estacionamentos e no entorno dos quartéis. “Se um PM, que recebe determinado salário, ostenta bens incompatíveis com sua remuneração, há de ser instaurada a sindicância com base na Lei de Improbidade”, disse.Lopes deixa claro que não vai tolerar desvios de conduta. “As diretrizes foram entregues a cada comandante de unidade, publicadas no Boletim Interno da corporação e difundidas a toda a tropa”.Lopes disse que as blitzes só ocorrerão de forma planejada e que unidades como Rádio Patrulha, Patrulhamento Tático-Móvel e o Grupamento de Ações Táticas não poderão mais conduzir operações. “Eles não tëm autorização para verificar IPVA”.
Sargento aprova controle de carros, mas critica falta de TV
As medidas determinadas pelo coronel Lopes causaram polêmica entre os policiais militares. Um sargento da região, que preferiu não se identificar, aprovou a fiscalização dos veículos na entrada dos batalhões e a restrição das blitzes. “São para melhorar a segurança da população, com certeza”, afirmou. Mas comentou que está havendo uma certa ociosidade entre os policiais.“Acabou havendo uma redução do patrulhamento nas ruas, quem está perdendo é a população. Algumas viaturas ficam paradas no DPO, e os policiais também”, argumentou ele.O sargento também criticou a atitude do coronel Lopes de retirar as TVs dos DPOs. “Com o outro (se referindo ao ex-comandante, coronel Roberto Penteado) sempre funcionou. Por que agora não iria mais funcionar? ”, argumentou.
Associação apoia blitzes planejadas.
O advogado iguaçuano Alexandre Verly, presidente da Associação Fluminense do Consumidor e Trabalhador (Afcont), disse que as medidas trarão mais tranquilidade à população.
Verly destacou como exemplo as blitzes planejadas. “A população, hoje, não sabe se a blitz é falsa ou não. Se a blitz for oficial, ficará mais fácil para a população reivindicar, caso tenha alguma reclamação quanto ao modo de proceder de determinado PM”, disse".
Novo chefe do 3º Comando de Policiamento da região faz cadastro de carros de policiais, proíbe TV em DPOs e regulamenta blitzes de trânsito.
Geraldo Perelo e Marcos Galvão.
Rio - "O coronel Paulo Cesar Lopes, que assumiu o 3º Comando de Policiamento da Baixada Fluminense, decidiu aplicar a linha dura na tropa que integra os seis batalhões da região. As principais medidas, em vigor desde o dia 16, são o cadastro, pelos comandantes de batalhão, do carro com que o policial vai à unidade, o fim das blitzes de fiscalização de trânsito que não sejam comandadas por um oficial e a retirada imediata de aparelhos de TV e DVDs de todos os Destacamento de Polícia Ostensiva (DPOs) da região.
Conhecido pelo rigor no trato com seus subordinados, Lopes explicou que as determinações visam a acabar com a corrupção na corporação que chefia, integrada por 15º (Duque de Caxias), 20º (Nova Iguaçu), 21º (São João de Meriti), 24º (Queimados), 34º (Magé) e 39º (Belford Roxo). Em 30 de março 2005, um dia antes da Chacina da Baixada, quando comandava o 15º BPM, uma cabeça foi arremessada dentro da unidade, supostamente uma represália de PMs ao rigor com que Lopes chefiava a unidade.“Tropa sem controle é bando destinado à prática criminosa. O objetivo é o controle total do efetivo, com maior atenção para o Disque-Denúncia, que tem como alvo o desvio de conduta policial”, disse Lopes. Ele determinou aos comandantes que abram sindicâncias e denunciem ao Ministério Público e à Receita Federal todo PM que ostentar sinais exteriores de riqueza ilícita. O monitoramento será feito pelo Serviço Reservado (P2) das unidades e pela Seção de Assuntos Internos (SAI). Segundo Lopes, haverá inspeções diárias nos estacionamentos e no entorno dos quartéis. “Se um PM, que recebe determinado salário, ostenta bens incompatíveis com sua remuneração, há de ser instaurada a sindicância com base na Lei de Improbidade”, disse.Lopes deixa claro que não vai tolerar desvios de conduta. “As diretrizes foram entregues a cada comandante de unidade, publicadas no Boletim Interno da corporação e difundidas a toda a tropa”.Lopes disse que as blitzes só ocorrerão de forma planejada e que unidades como Rádio Patrulha, Patrulhamento Tático-Móvel e o Grupamento de Ações Táticas não poderão mais conduzir operações. “Eles não tëm autorização para verificar IPVA”.
Sargento aprova controle de carros, mas critica falta de TV
As medidas determinadas pelo coronel Lopes causaram polêmica entre os policiais militares. Um sargento da região, que preferiu não se identificar, aprovou a fiscalização dos veículos na entrada dos batalhões e a restrição das blitzes. “São para melhorar a segurança da população, com certeza”, afirmou. Mas comentou que está havendo uma certa ociosidade entre os policiais.“Acabou havendo uma redução do patrulhamento nas ruas, quem está perdendo é a população. Algumas viaturas ficam paradas no DPO, e os policiais também”, argumentou ele.O sargento também criticou a atitude do coronel Lopes de retirar as TVs dos DPOs. “Com o outro (se referindo ao ex-comandante, coronel Roberto Penteado) sempre funcionou. Por que agora não iria mais funcionar? ”, argumentou.
Associação apoia blitzes planejadas.
O advogado iguaçuano Alexandre Verly, presidente da Associação Fluminense do Consumidor e Trabalhador (Afcont), disse que as medidas trarão mais tranquilidade à população.
Verly destacou como exemplo as blitzes planejadas. “A população, hoje, não sabe se a blitz é falsa ou não. Se a blitz for oficial, ficará mais fácil para a população reivindicar, caso tenha alguma reclamação quanto ao modo de proceder de determinado PM”, disse".
A suspensão das operações de trânsito, sem o devido controle, sem a devida estrutura, deve ser vista com bons olhos.
Lembro que quando era Corregedor Interno, diante da insistência na realização de tais operações, conhecidas popularmente como "Pára Pedro, solicitei que os Comandantes de Batalhões encaminhassem o número de armas apreendidas e o quantitativo de veículos roubados/furtados nas referidas operações.
Sem qualquer surpresa, constatei que os resultados eram próximos de zero, na quase totalidade dos batalhões.
Portanto, suspender essas operações é medida salutar, inclusive para a imagem da Polícia Militar, já tão desgastada.
O efetivo que seria utilizado, poderá ser muito melhor aproveitado para o benefício da sociedade.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
2 comentários:
Será que somente o praça que é ladrão,somente este que apresenta desvio de conduta?
É brincadeira...
Sr.Cel.Paúl:
Os carros dos Oficiais também sofrem o mesmo levantamento sobre a origem?
Prá falar a verdade, conheço quem não queira ter casa própria, os filhos estudam em Colégios péssimos, mas a pessoa quer ter um carrão... É estranho, é feio, mas é um direito!
Sei bem que existem desvios de conduta na Instituição, mas se o Oficial ou Praça ganhar o carro da família, ou caso sua mulher tenha condições de presenteá-lo, será denunciado?
Ou será que o Policial, antes de comprar um bem ou o receber de presente dos pais, da mulher,etc., tem que chegar ao Comandante e contar sua vida particular, para saber se é do "gosto" do Comando?
Creio que desvios de conduta serão descobertos, mas creio também que aquele que tem o bem e não o adquiriu de forma ilícita, estará sendo constrangido.
E assim, como num rastilho de pólvora, o indivíduo passa a corrupto, pois depois que a "imagem" é arranhada, é bastante difícil refazê-la.
Na realidade este não é somente um comentário, é uma dúvida, pois não conheço na íntegra os Procedimentos que devem ser realizados, quando o Policial ganha ou adquire um bem.
Se alguém puder tirar-me a dúvida, agradeço!
P.S.: A título de curiosidade, houve uma época em que minha irmã que mora fora do país e que não casou com Militar Estadual e sim com um Empresário, enviava-me todas as roupas que não tinha mais vontade de usar.
Vesti muito tempo, Yves Saint Laurent, Prada, Givenchi... Todos de segunda mão, mas andava chiquérrima!
Mas como a vida é ingrata... Minha irmã continua com o mesmo corpo (até um pouco mais magra), porém, eu engordei exageradamente e nunca mais vesti uma roupinha de Griffe!
Abraço fraterno,
CHRISTINA ANTUNES FREITAS
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