O GLOBO:
BLOG REPÓRTER DE CRIME - JORGE ANTONIO BARROS.
CIDADANIA.
Rio de Paz consegue apoio de 39 deputados estaduais
Independentemente de pertencerem ou não à base do governo, os deputados estaduais do Rio começam a acenar favoravelmente à luta do movimento Rio de Paz, pela redução dos homicídios no estado. Se a Alerj entrar nessa luta, é possível que as autoridades de segurança pública se preocupem em apresentar suas metas e perspectivas para o setor.
Admar Branco, jornalista e enviado especial e voluntário do blog à Assembleia Legislativa, mandou a seguinte reportagem cidadã, rompendo as fronteiras entre o repórter e o fato, a serviço de um jornalismo colaborativo e cidadão.
Leia a íntegra de seu despacho, que foi enviado por email agora à noite ao blogueiro, que está em alguma ilha do território nacional não revelada por questões de segurança estadual.
"Alerj concorda com Rio de Paz: transparência e diálogo entre Governo e sociedade sobre a política de segurança pública O Movimento Rio de Paz já iniciou a coleta de assinaturas dos 70 deputados estaduais em apoio a sua carta dirigida ao Governador Sérgio Cabral. O documento, protocolado em 18 de dezembro pelo gabinete do governador, conquistou na tarde desta terça (19) o apoio de 39 parlamentares (não foram abordados neste primeiro dia de lobby do bem). O movimento, sem vínculos político-partidários ou com instituições públicas de qualquer natureza, aponta para a necessidade de se conciliar a efetividade da ação policial com o respeito aos direitos civis. "A Polícia Civil tem nos passado a informação de que 70% das pessoas ditas desaparecidas foram na verdade assassinadas. Desejamos que seja realizada uma pesquisa séria, para sabermos se essa estimativa corresponde à realidade", dizia aos parlamentares o presidente do Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, com auxílio dos voluntários Décio Tomaz e Admar Branco. A comparação implícita que esses números trazem com os piores períodos de exceção, os sombrios anos de chumbo que não deixaram saudade, fez incômodo mesmo a parlamentares que defendem a Lei do Talião. A carta, em tom não acusatório mas incisivo, pede clareza sobre a política de segurança pública adotada pelo governo do estado, cuja falta de transparência é flagrada no silêncio do ISP, que nada divulgou até hoje sobre estatísticas de crimes em 2009: "O governo não precisa ter medo da população. Todo governo tem que ser transparente em todos os setores", concordou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, deputado Marcelo Freixo.
Rio de Paz consegue apoio de 39 deputados estaduais
Independentemente de pertencerem ou não à base do governo, os deputados estaduais do Rio começam a acenar favoravelmente à luta do movimento Rio de Paz, pela redução dos homicídios no estado. Se a Alerj entrar nessa luta, é possível que as autoridades de segurança pública se preocupem em apresentar suas metas e perspectivas para o setor.
Admar Branco, jornalista e enviado especial e voluntário do blog à Assembleia Legislativa, mandou a seguinte reportagem cidadã, rompendo as fronteiras entre o repórter e o fato, a serviço de um jornalismo colaborativo e cidadão.
Leia a íntegra de seu despacho, que foi enviado por email agora à noite ao blogueiro, que está em alguma ilha do território nacional não revelada por questões de segurança estadual.
"Alerj concorda com Rio de Paz: transparência e diálogo entre Governo e sociedade sobre a política de segurança pública O Movimento Rio de Paz já iniciou a coleta de assinaturas dos 70 deputados estaduais em apoio a sua carta dirigida ao Governador Sérgio Cabral. O documento, protocolado em 18 de dezembro pelo gabinete do governador, conquistou na tarde desta terça (19) o apoio de 39 parlamentares (não foram abordados neste primeiro dia de lobby do bem). O movimento, sem vínculos político-partidários ou com instituições públicas de qualquer natureza, aponta para a necessidade de se conciliar a efetividade da ação policial com o respeito aos direitos civis. "A Polícia Civil tem nos passado a informação de que 70% das pessoas ditas desaparecidas foram na verdade assassinadas. Desejamos que seja realizada uma pesquisa séria, para sabermos se essa estimativa corresponde à realidade", dizia aos parlamentares o presidente do Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, com auxílio dos voluntários Décio Tomaz e Admar Branco. A comparação implícita que esses números trazem com os piores períodos de exceção, os sombrios anos de chumbo que não deixaram saudade, fez incômodo mesmo a parlamentares que defendem a Lei do Talião. A carta, em tom não acusatório mas incisivo, pede clareza sobre a política de segurança pública adotada pelo governo do estado, cuja falta de transparência é flagrada no silêncio do ISP, que nada divulgou até hoje sobre estatísticas de crimes em 2009: "O governo não precisa ter medo da população. Todo governo tem que ser transparente em todos os setores", concordou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, deputado Marcelo Freixo.
(*). "Há mais de cem anos que o tema da cidade e do estado do Rio é a segurança. Esses dados são de interesse público, porque servirão para mover políticas eficazes. Quando não se conhece direito a verdade dos fatos não se conserta, não se faz autocrítica - o que impossibilita melhoras no setor".
"Quero cumprimentar o Rio de Paz pela sua maneira inteligente e ousada de chamar atenção da população e sobretudo das autoridades para sua responsabilidade na diminuição dos crimes letais", elogiou o deputado Alessandro Molon
(*). O presidente do Rio de Paz esclareceu que não apoiará projetos de lei específicos, para que não haja vinculação - nem mesmo indireta - com instituições partidárias. A carta traz também o pleito de acesso diário ao banco de dados policiais das delegacias de polícia e batalhões de polícia militar, a fim de monitorar todas as ocorrências de crimes dolosos contra a vida. E ainda expressa o desejo de que representantes do governo realizem mensalmente entrevista coletiva para informar a sociedade sobre o desenvolvimento da política de segurança pública, os resultados alcançados, as dificuldades e os desafios a serem superados.
(*) propositalmente não seguimos aqui a regra de redação que impõe a identificação do partido após a menção ao parlamentar. O texto segue o mesmo método do nosso trabalho de lobistas, para o qual usamos lista de deputados em que menções a partidos foram providencialmente omitidas. Seguindo o mesmo princípio, a audiência pública que pretendemos provocar será operada não por parlamentares individualmente, mas preferencialmente por duas comissões: a de Segurança Pública e a de Direitos Humanos."
Nota do Blog: Admar enviou o relato a pedido do blogueiro, que não pôde retornar à Alerj. Na semana passada, o blogueiro fez um vídeo com Antônio Carlos recolhendo as assinaturas. Na ocasião, nove deputados estaduais assinaram o documento que faz reivindicações ao governo do estado, na área de segurança".
Nota do Blog: Admar enviou o relato a pedido do blogueiro, que não pôde retornar à Alerj. Na semana passada, o blogueiro fez um vídeo com Antônio Carlos recolhendo as assinaturas. Na ocasião, nove deputados estaduais assinaram o documento que faz reivindicações ao governo do estado, na área de segurança".
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
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