A NOSSA MOBILIZAÇÃO CÍVICA E A REVOLUÇÃO DOS BICHOS.

Nada é por acaso!

Eu acabei de postar um comentário, no qual um anônimo afirma que eu acabei com a nossa mobilização ao não aceitar a proposta do Capitão de Polícia Luiz Alexandre, no sentido de que aguardássemos uma mobilização dos Policiais Civis, para que realizássemos a nossa marcha democrática.

Creio que o anônimo não estava presente na AME/RJ, no momento em que a proposta foi apresentada e rejeitada pela assembléia e não por mim, que também votei contra.

Era urgente a nossa resposta e a proposta estava referendada com a presença de apenas DOIS Policiais Civis, que nem mesmo se dirigiram ao plenário.

E, não custa lembrar, que a nossa mobilização não era apenas salarial, embora, esse fosse o principal objetivo de todos.

Afirmo sempre que não podemos viver no terreno das especulações, afirmando que se agissemos de outro modo, o resultado também seria outro, isso é puro achismo.

Não podemos afirmar o efeito de um fato que não ocorreu.

Na verdade, o que enfraqueceu a nossa mobilização foi O MEDO INDIVIDUAL e a CONSPIRAÇÃO CONTRA A MOBILIZAÇÃO INTERNA CORPORIS.

Enfraqueceu, naquele momento, mas não encerrou, o que permitiu que nos dias atuais, vetores sociais estejam começando a entender que a mudança deva ocorrer de fora para dentro, considerando que as Instituições Policiais tem graves problemas, tais como: a corrupção; a submissão política e a autofagia (um querendo derrubar o outro).

Entretanto, agradeço o comentário postado e solicito que o anônimo continue lendo e participando desse espaço democrático, prometo postar todos os seus comentários, desde que não contenham ofensas pessoais a terceiros.

E como nada é por acaso, após postar o comentário, passei a responder aos emails, quando recebi do amigo Wilson o texto que uso para encerrar esse artigo.

Um texto que me conduziu à nossa mobilização e ao livro "A Revolução dos Bichos" (George Orwell), que narra uma linda conspiração humana, com todos os seus requintes, tendo como personagens os bichos de uma fazenda.

Recomendo a leitura, muito poderemos aprender sobre trabalho em equipe; sobre o cada um por si e mais ainda, sobre a nossa mobilização cívica.

O QUE SIGNIFICA TRABALHO EM EQUIPE?

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.

Correu ao curral da fazenda advertindo a todos:

- Há uma ratoeira na casa! Há uma ratoeira na casa!

A galinha disse:

- Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi então até o porco e lhe disse:

- Senhor Porco, há uma ratoeira na casa, uma ratoeira...

O porco disse:

- Desculpe-me Senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.

O rato dirigiu-se então à vaca.

A vaca lhe disse:

- O que Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo?

- Acho que não Senhora Vaca... Respondeu o rato.

Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro sozinho.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher.

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital era grave, porém por um milagre se recuperou e voltou para casa, mas com muitos cuidados.

Saúde abalada nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal, a galinha.

Como a doença da mulher continuava, os parentes, amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

A mulher se recuperou e o fazendeiro feliz da vida resolveu da uma festa, matou a vaca para o churrasco...

MORAL DA HISTÓRIA:

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando existir uma ratoeira todos correm risco.

"Quando convivemos em equipe, o problema de um, é um problema de todos".

Alguém sabe como anda a mobilização dos Policiais Civis, tendo em vista que agora é o momento de unirmos o funcionalismo público estadual contra a ineficácia das políticas públicas do PMDB e o péssimo tratamento dispensado aos servidores e à população, atendida por eles.

Afinal, temos que pensar em IMPEACHMENT!

JUNTOS SOMOS FORTES, CADA VEZ MAIS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL

CORONEL DE POLÍCIA

CORONEL BARBONO