MILITARES SOB A SÍNDROME DE ESTOCOLMO - CAPITÃO DO EXÉRCITO JOSÉ GERALDO PIMENTEL.

Não se pense que as FFAA irão se opor contra uma eventual mudança na Constituição visando a reeleição do presidente Lula. As FFAA só esperam um pretexto patriótico para aderir de vez ao governo Lula.

O silêncio obsequioso que se vê sobre todos os desmandos que acontecem no governo, é uma prova.

O massacre a que tem sido submetida a instituição militar, com a submissão dos comandantes militares a um ministro da Defesa castrador, que já chegou a ameaçar prender todo o Alto Comando do Exército, a humilhação de receberem uma gratificaçãode comando inferior à paga aos secretários da presidência da república, a ordem de desocuparem o próprio nacional na Esplanada dos Ministérios, a elevação ao posto de coronel com a subseqüente gratificação de general-de-brigada a um capitão desertor, a colocação de uma estátua em praça pública em homenagem a um marinheiro endeusado pela esquerda como ‘Almirante Negro”, o tratamento de ‘bando’ aos oficiais-generais pelo presidente da República, a maneira como se evita comemorar datas que lembram o sacrifício e as lutas de abnegados heróis nacionais (Intentona Comunista de 35, Revolução Democrática deMarço de 64), demonstram cabalmente que as nossas autoridades militares estão sofrendo da síndrome de Estocolmo, – apanham e idolatram os seus opressores.

Enquanto isso, planeja-se a criação de um SINDICATO MILITAR com a finalidade de reivindicar assuntos de interesse dos militares; organiza-se um movimento denominado ‘CAPITANISMO’ visando fazer um ‘enquadramento’ das FFAA, como propagandeia o líder da organização; coloca-se em andamento a formação de um ‘PARTIDO DOS MILITARES’; fala-se em modificar a Constituição Federal de 1988 com o objetivo de modernizar os regulamentos militares, - cumprimento de punição só depois que um juiz avaliar agravidade do ato de indisciplina praticado pelo militar, podendo haver ressarcimento por dano moral.

“-Seu juiz, o tenente mandou eu limpar o banheiro, só porque eu não quis fazer ordem unida. O senhor sabe como o indivíduo fica no dia seguinte após uma noitada num baile funk! Por isso não cumpri a ordem. Lavar privada. Eu, hein? Que absurdo! Vou querer ser indenizado por danos morais! Preciso de um ‘extra’ para construir o barraco e casar com a minha nega..”

Todos estes questionamentos são pensados em função da desatenção dos chefes militares para com os seus subordinados. É hora de sair de suas redomas de vidro e assumir de fato e de direito o papel de líderes de suas respectivas tropas.

José Geraldo Pimentel

Cap Ref EB

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO