2010 - ELEIÇÕES PARA GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - O FAVORITO É O AZARÃO.

Parece algo meio descabido, um Coronel de Polícia, se propor a analisar um momento eleitoral, pois embora cidadão, pleno nos seus direitos, aprendeu na caserna que o militar é um ser apolítico.
Entretanto, como sou “um politicamente incorreto” de nascença, rasguei há muito tempo esse manual oriundo de um militarismo atávico, já impróprio para o segundo, quanto mais, para o terceiro milênio.
Assim sendo, vamos transgredir nas linhas que se seguem, fazendo uma análise simplória.
O quadro político no Rio de Janeiro, com vistas à eleição de 2010 para o governo estadual, está bastante indefinido.
O número de prováveis candidatos é grande, o que normalmente provocará uma maior distribuição dos votos, embolando a disputa, pois nenhum dos “candidatos” se destaca do grupo de postulantes.
Preliminarmente, vamos relacionar os “candidatos” de maior visibilidade, em ordem alfabética:
- Antony Garotinho;
- César Maia;
- Denise Frossard;
- Fernando Gabeira;
- Sérgio Cabral Filho; e
- Wagner Montes.
Por favor, perdoem se esqueci alguém.
Devo esclarecer que não avaliarei as incontáveis possibilidades de parcerias entre os partidos políticos, tendo em vista que isso é quase impossível.
1. Anthony Garotinho – Muito forte no interior do Estado do Rio de Janeiro e tem como seu mais forte “cabo eleitoral”, o atual governador, que tem despertado no funcionalismo público, algo que ninguém ousaria imaginar, antes de 2007, saudades do Governo Garotinho. O fato de sua esposa, Rosinha Garotinho, ser prefeita do Município de Campos, também reforça a sua candidatura. Garotinho possui muitas “viúvas” ainda gravitando pelo poder público, o que sem dúvida, poderá auxiliá-lo.
2. César Maia – O ex-Prefeito do Rio de Janeiro é forte no Município do Rio de Janeiro, todavia ficou muito desgastado com a sua reclusão, sendo acusado de governar por emails. As denúncias relacionadas com a construção da Cidade da Música também estão afetando a sua credibilidade junto ao eleitorado fluminense. Entretanto, não podemos esquecer que é um dos políticos mais inteligentes e poderá usar e abusar das mazelas do governo estadual.
3. Denise Frossard – Tem a seu favor o fato de ser considerada uma pessoa honesta, algo que anda raro na política dos nossos dias, que mais parece uma cleptocracia. Todavia, não parece ter força fora do Município do Rio de Janeiro. O fato de ter disputado o segundo turno da eleição passada com o atual governador, podendo ser a “opção anti-Cabral”, o que seria muito relevante.
4. Fernando Gabeira – O modo como foi derrotado pelo PMDB para a Prefeitura do Rio de Janeiro, o coloca como um dos principais concorrentes. Toda a máquina do Estado estava contra ele e perdeu apenas na reta final. Tem contra si a pouca penetração no interior do Estado, além de ser um dos representantes da denominada “contra-revolução” (turma da esquerda), que está em franco descrédito, em face do caótico governo petista, antes o símbolo da ética. Ainda não podemos avaliar o desgaste do seu envolvimento na farra das passagens aéreas. Pode optar por concorrer a uma vaga do Senado Federal.
5. Sérgio Cabral Filho – Um candidato de peso, que busca a reeleição, considerando que terá as duas máquinas administrativas ao seu lado, tanto a estadual, quanto a do Município do Rio de Janeiro. Além disso, o fato de ter uma ótima sintonia com a mídia, fruto de pesados investimentos em propaganda, é outra arma poderosa. Contra si tem o seu próprio governo, onde as promessas ficaram esquecidas em alguma gaveta, o que faz com que tenha todo o funcionalismo público contra si. Terá pouco tempo para mudar tal situação e, assim sendo, corre o risco de nem chegar ao segundo turno.
6. Wagner Montes – Impulsionado pela força da Rede Record, ele tem grande visibilidade, o que aliado ao seu jeito gozador, acaba atribuindo a ele grande visibilidade. Não creio que se candidate, pois sabe que dificilmente teria chances de vitória, por não ter produzido praticamente nada na ALERJ, após 29 meses de mandato. Uma coisa é certa, se apenas a “poliçada” pudesse votar para governador em 2010, ele não seria eleito, pois a decepção com ele no seio da tropa é muito grande.
Eis uma análise superficial de alguém que vê a política com olhos extremamente críticos, alguém que gosta da campanha “NÃO RELEJA NINGUÉM”.
O sucesso dessa campanha cívica poderia causar algumas injustiças, considerando a existência de bons políticos, mas que produziria no todo um efeito espetacular.
Imaginem a dificuldade da estruturação de acordos, sendo todos novatos na política?
Pelo menos por algum tempo não teríamos que conviver com os escândalos de hoje e de amanhã.
Todavia, como o êxito da ousada campanha é pouco provável, temos que considerar a luta entre os relacionados, assim sendo, podemos constatar que existe uma chance considerável de ocorrer uma surpresa, um azarão pode cruzar a linha de chegada, após alcançar uma vaga para o segundo turno, hoje certo no Rio de Janeiro.
Cidadão fluminense, diante dessa hipótese, devemos começar a considerar seriamente a possibilidade de implantarmos um governo de funcionários públicos de carreira, para salvar o nosso Estado do Rio de Janeiro.
O funcionalismo público unido poderá conduzir o seu candidato ao segundo turno e depois, a vitória, ninguém tem a força da nossa capilaridade, nós estamos em cada canto desse Rio de Janeiro.

Nós estamos nas ruas, nas escolas, nos hospitais, nas repartições públicas, etc, atendendo e servindo ao povo fluminense, a quem poderemos orientar corretamente para mudar o caos que vivemos.

Só precisamos "FECHAR" com um nome.
Com a palavra os sindicatos e as associações de classe, melhor momento do que o atual para elegermos um funcionário público de carreira para governo do Rio de Janeiro, talvez não volte a ocorrer tão cedo.
JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO