sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CIDADÃO, POR QUE NADA FUNCIONA DIREITO NO RIO DE JANEIRO?

A pergunta que serve de título para esse artigo tem como objetivo provocar uma reflexão sobre o que pode motivar tamanha ineficácia do atual governo na administração do estado e do município do Rio de Janeiro.
Qual a razão de tantas tragédias?
Sérgio Cabral (PMDB) sempre coloca a culpa no passado e nos outros, como se não estivesse no Palácio Guanabara há quase 5 anos, Eduardo Paes segue linha semelhante.
Obviamente, são desculpas esfarrapadas, as quais não merecem qualquer credibilidade.
O que é verdade no Rio de Janeiro?
Tudo funciona muito mal!
A segurança, a saúde e a educação públicas são lastimáveis.
Os hospitais são depósitos de pobres que morrem em macas colocadas em corredores ou morrem nas filas ou morrem na peregrinação em busca de atendimento, passando por vários hospitais.
No Rio, o pobre que precisar da saúde pública para salvar a sua vida, recebe uma sentença de morte.
As escolas públicas são as piores do Brasil, resultado que se repete a cada avaliação.
Na área da segurança pública, além da ineficácia completa, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros estão em ebulição, na luta por salários dignos (recebem os piores do país) e de adequadas condições de trabalho. Pior, muito pior, é a crise na Polícia Militar, onde apesar de receberem também salários miseráveis, os seus integrantes não lutam por melhorias, o que deixa claro que para os Policiais Militares os salários não são importantes.
Morremos dezenas de vezes nas ruas a cada dia por absoluta falta de segurança pública.
Isso sem falar que inventamos uma tática de segurança pública bizarra: a transferência de traficantes de uma área para outras áreas, algo nunca antes visto em nenhum outro país. 
As milícias loteiam o Rio de Janeiro.
Onde tem UPP, o tráfico continua funcionando.
É o caos.
Os transportes públicos são péssimos. Trens, Metrô, barcas e ônibus não prestam serviços de boa qualidade, enquanto os transportes alternativos clandestinos invadem as nossas ruas.
Morremos em bondes.
Morremos nas enchentes, nos deslizamentos e nas explosões.
Os órgãos fiscalizadores não fiscalizam, pondo em dúvida a real necessidade de suas existências, considerando que não cumprem as suas finalidades.
Sinceramente, somos o segundo estado em arrecadação no Brasil, não precisamos, não devemos, não podemos continuar permitindo, tamanha incompetência dos gestores estaduais e municipais.
É hora de dizer basta!
É hora de gritar fora!
Eu tenho feito a minha parte.
Grito "Fora Cabral!" desde 2008, pois logo no início do governo estadual em 2007, constatei que inexistia qualquer sinal de interesse público nas ações do governador, algo primordial para um gestor público.
Sérgio Cabral (PMDB) é um péssimo governante, basta uma análise dos serviços públicos para fazer esse diagnóstico.
O seu companheiro de partido, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) é igualzinho.
Infelizmente, ainda não temos no Brasil o recall político, o que permitiria ao povo afastá-los rapidamente das suas cadeiras, abrindo espaço para que outros tentassem fazer melhor, algo fácil.
O que nos resta?
O impeachment através de um processo na ALERJ por crime de responsabilidade, algo impossível, pois quem manda na ALERJ é Sérgio Cabral (PMDB), como cansam de denunciar os parlamentares da oposição em discursos inflamados. Para atender Sérgio Cabral (PMDB) a ALERJ não respeita nem o direito adquirido, como ocorreu na redução do tempo de serviço dos Coronéis que enfrentaram esse lastimável governo, isso em 2008.
Pessoalmente, eu comuniquei por escrito fortes indícios de crimes de responsabilidade, em tese, praticados pelo governo estadual quando facilitou a "invasão" dos Bombeiros ao Quartel General, no dia 03 JUN 2011. Meses se passaram e nem mesmo uma resposta eu recebi sobre o que o presidente da ALERJ, deputado Paulo Mello (PMDB), fez com a comunicação.
Descartada a possibilidade da retirada por meio do impeachment, resta à população cobrar a renúncia do governador nas ruas, como temos feito desde 2008 com o Movimento Fora Cabral!
Nda mais democrático. Quem pode votar em um candidato, pode solicitar a sua saída em face da péssima gestão.
Essa é a nossa única saída, temos que encher as ruas e gritar, ordeira e pacificamente: Fora Cabral!
Se a pressão for adequada, o "sistema" cobrará que ele renuncie, afinal, negócios são negócios.
Nos últimos dias as nossas chances de "forçar" a renúncia aumentaram geometricamente com a entrada dos heróicos Bombeiros Militares no Movimento Fora Cabral! Eles ainda estão começando a participar timidamente, alguns têm receio de represálias, mas logo que a maioria se conscientizar da necessidade dos Bombeiros liderarem tal mobilização cívica-democrática, milhares estarão nas ruas, o Tsunami Vermelho estará de volta.
Participar do Fora Cabral! não é crime e nem transgressão disciplinar.
E você, caro leitor?
Pode escolher: entra de cabeça no "Fora Cabral!" ou continua enterrando seus mortos, dando entrevista às emissoras de rádio e televisão, depois de cada tragédia, fazendo uma cobrança completa inócua, pois as mortes já ocorreram.
O GLOBO:
Ninguém sabe, ninguém viu
Restaurante que explodiu no Centro funcionava há três anos com alvará provisório da prefeitura e nunca foi inspecionado por bombeiros
O Globo (granderio@oglobo.com.br)
RIO - Um dia a bomba ia estourar. A explosão na manhã de quinta-feira no restaurante de um prédio da Praça Tiradentes - que nunca havia sido inspecionado pelo Corpo de Bombeiros e tinha alvará provisório da prefeitura há três anos - deixou três mortos e 17 feridos, três deles em estado gravíssimo. A hipótese mais provável para o acidente é um vazamento de gás, acondicionado em cilindros de GLP no subsolo do self-service Filé Carioca, no térreo do Edifício Riqueza, de 12 andares. Tudo foi pelos ares por volta das 7h30m. Logo após o estrondo, o cenário era de guerra. A fachada do prédio foi parcialmente destruída, corpos arremessados pelo forte deslocamento de ar podiam ser vistos no meio da praça e todo o entorno estava coberto de poeira e pedaços de concreto e vidro. Do total de feridos, quatro ainda estavam internados na noite de quinta-feira (leiam).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

Nenhum comentário: