sábado, 3 de setembro de 2011

BRIGADIANOS (POLICIAIS MILITARES) PROTESTAM DURAMENTE NO RIO GRANDE DO SUL.

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RS: Protestos chegam à Capital: PMs colocam fogo em pneus na Avenida Mauá, no Centro.

Protestos chegam à Capital: PMs colocam fogo em pneus na Avenida Mauá, no Centro.
Uma das faixas encontradas no local fazia referência ao governador Tarso Genro
Os protestos de policiais militares por melhores salários chegaram à Capital na madrugada desta quinta-feira. Uma série de pneus foram queimados na Avenida Mauá, esquina com a Rua Carlos Chagas, no centro de Porto Alegre, por volta de 2h30min.
Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), duas faixas laterais ficaram bloqueadas no local e o Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas. Foram encontradas duas faixas com manifestações dos oficiais. Em uma delas, os dizeres: "Governador: chega de esmola. Salário digno já".

Uma das faixas ameaça: "A Brigada vai parar"
Foto: Lauro Alves

A onda de bloqueios de rodovias com pneus em chamas aumentou a tensão em torno da negociação salarial entre governo e a entidade que representa os soldados da Brigada Militar.
Depois de apoiar sete protestos e acertar uma trégua, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), entidade que representa servidores de nível médio da BM, perdeu o controle sobre os incendiários que voltaram a trancar estradas.
Na sexta-feira, em reunião no Piratini, o presidente da Abamf, Leonel Lucas, empenhou a palavra, garantindo o fim das manifestações, pelo menos, até o próximo encontro com o governo, agendado para a tarde de quarta-feira.
Outros ataques:
Um protesto interrompeu parcialmente o trânsito em uma rodovia do Estado. Na madrugada de quarta-feira, em Rosário do Sul, na Região Central, pneus foram queimados no km 471 da BR-158 (Rosário do Sul-Santana do Livramento). Das 3h20min às 4h, os veículos que passaram pelo local tiveram de usar o acostamento para seguir viagem.

Queima ocorreu no km 471 da BR-158
Foto: Divulgação/PRF

Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ficou no local monitorando o trânsito até as chamas se apagarem, momento em que os pneus foram retirados da pista. Ao lado da rodovia, foi colocada uma faixa com questionamentos ao governo Tarso Genro a respeito do salário dos policiais militares.
Houve protesto também em São Luiz Gonzaga, nas Missões. Pneus foram queimados na BR-285, no km 565, por volta de 23h30min de terça-feira.
Em Caçapava do Sul, uma faixa foi colocada na terça-feira, na entrada da cidade, também em protesto por melhores salários para os PMs.
A BR-386 ficou completamente bloqueada em Canoas, na Região Metropolitana, por uma pilha de pneus que foram incendiados por volta das 4h de terça-feira. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou a liberação da pista cerca de 45 minutos depois do incidente.
Em Alegrete, na Fronteira Oeste, o protesto ocorreu no Km 571 da BR-290. A rodovia não chegou a ser bloqueada, mas pneus também foram queimados. Já na BR-471, em Santa Vitória do Palmar, na Região Sul, o bloqueio ocorreu na noite de segunda-feira.

Pneus foram queimados na BR-471, no sul do Estado
Foto: PRF, Divulgação

Na madrugada de segunda-feira, em Lajeado, os bombeiros precisaram ser chamados às 2h20min, no km 337 da BR-386. Sobre parte da via queimavam 10 pneus, obrigando os veículos a trafegarem em meia-pista. Ao lado dos pneus, uma faixa estendida falava do salário dos policiais militares no Vale do Taquari, remetendo o protesto aos outros feitos no Estado, que reivindicam aumento salarial aos policiais.

Protesto deixou trânsito em meia-pista na BR-386
Foto: PRF, Divulgação

Logo depois da meia-noite, em Santiago, na Região Central, no km 402 da rodovia Santiago — São Borja (BR-287). Os pneus colocados no centro da pista foram queimados, deixando no entanto, passagem pelas laterais para os veículos.

Cartaz de campanha salarial de PMs foi colocado na via
Foto: PRF, Divulgação

Na madrugada da última quarta-feira, três rodovias gaúchas foram alvo de queima de pneus. A autoria das manifestações é atribuída a policiais militares em campanha salarial.
O fogo produzido pela queima de pneus às margens da rodovia Erechim — Concórdia (BR-153) também surpreendeu os motoristas que passavam pela via às 4h30min desta quarta-feira. Ao lado, uma faixa de protesto reclamava do salário pago aos policiais militares.

Fogo não chegou a interromper o trânsito em Erechim
Foto: Alderi Bertuzzi

A rodovia Ivoti — Novo Hamburgo (BR-116) ficou interditada por uma hora, no km 232, em Estância Velha. Os pneus, espalhados por toda a extensão da rodovia pegaram fogo desde as 5h da manhã. Ao lado dos pneus, uma faixa estendida fazia referência ao piso salarial nacional dos policiais militares.

Pneus foram queimados também em Estância Velha
Foto: PRF, Divulgação

Em Santa Rosa, no noroeste do Estado, pneus foram incendiados por volta das 23h de terça-feira. O fogo provocou bloqueio da ERS-344, no km 46, saída para Giruá. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, o trânsito ficou interrompido por cerca de 1h30min. Na entrada da cidade, uma faixa alerta para os baixos salários recebidos pelos policiais militares no Estado.

Faixa foi colocada na entrada de Santa Rosa
Foto: Frani Centenaro

Na última segunda-feira, cerca de 30 pneus foram incendiados na BR-285, em Passo Fundo, no norte do Estado. Faixas alusivas ao salário dos policiais também foram colocadas na via. Manifestação semelhante já havia sido feita em Frederico Westphalen, também no Norte, no dia 4 de agosto. A polícia investiga a autoria dos protestos.
Fonte: Zero Hora / Blog do Capitão Assumção
COMENTO:
O que está levando a realização de protestos tão contundentes por parte dos Brigadianos?
Certamente, não é o fato da tropa ser indisciplinada, pois não é.
Aqui do Rio, distante dos fatos, penso que tais ações sejam o reflexo:
- Do descaso governamental para com os Policiais Militares do Rio Grande do Sul, os quais também recebem salários miseráveis.
- Da cultura cidadã do povo gaúcho, habituado a lutar por seus direitos.
- Do fato da tropa da Brigada não estar contaminada pela "banda podre", como ocorre no Rio de Janeiro, por exemplo, o que desmobiliza por completo para a luta por melhores salários.
- Do desespero diante das enormes dificuldades financeiras enfrentadas por quem vive do salário e do "bico".
Posso (devo) estar errado, pois não tenho os melhores elementos para avaliar, mas penso que esses sejam os fatores para uma reação tão forte.
Só nos resta apoiar os Brigadianos e torcer para que a luta continue, mas que não ocorram excessos que possam conduzir ao fracasso.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

03/09/2011
ODEBRECHT GANHA A ÁREA DO TERMINAL DO TREM-BALA

A ODEBRECHT GANHOU DO GOVERNO DO RIO DE JANEIRO, SEM CUSTOS, o direito de administrar até 2048 toda a área da Estação Barão de Mauá, onde está previsto o terminal do trem-bala na cidade, informa reportagem de Dimmi Amora para a Folha.

A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

O prazo pelo qual a Odebrecht tem o direito de explorar comercialmente um prédio da estação e seu entorno, que somam quase 200 mil metros quadrados, é quase o mesmo da concessão do trem de alta velocidade.

O projeto, orçado em R$ 38 bilhões, é a maior obra pública em gestação no país.

Quem vencer o leilão do trem-bala terá que negociar com a Odebrecht para utilizar a área.

A Secretaria de Transportes do Rio informou que, ao devolver os imóveis para a SUPERVIA, tinha a "intenção de atender questões relacionadas ao equilíbrio econômico-financeiro" do contrato.

A SUPERVIA, operadora de trens urbanos controlada pela Odebrecht, deixou de usar a Estação Barão de Mauá como terminal de trens em 2004. A partir de então, a estação ficou fechada.

A Odebrecht não se pronunciou.

Alexandre, The Great disse...

Segundo Murphy: "nada está tão ruim que não possa piorar mais um pouco." É o caso da Brigada Militar; se nós reclamamos de sermos escravizados pelo pmdbosta, imagine eles que o são pelos petralhas. Putz... só revolucionando tudo.