quinta-feira, 1 de setembro de 2011

AJUDANDO A IMPRENSA A ESCREVER O JORNAL DE DOMINGO: POLICIAIS MILITARES: ANTES ELOGIADOS, AGORA INVESTIGADOS.

O GLOBO:
Afastamento
PMs que respondem a processos em São Gonçalo vão perder a arma e a carteira
Publicada em 31/08/2011 às 23h19m
Vera Araújo (varaujo@oglobo.com.br)
RIO - Policiais militares que respondem a processos na 4 Vara Criminal de São Gonçalo por autos de resistência (registros de mortes em supostos confrontos com a polícia) vão perder a arma e a carteira até que as ações sejam concluídas na esfera judicial. O Ministério Público pedirá o afastamento cautelar destes policiais para que eles saiam das ruas, adotando, pela primeira vez no Rio, as novas mudanças do Código de Processo Penal. A lei, de maio deste ano, prevê a suspensão do exercício de função pública quando há indícios de que essa situação esteja sendo usada para a prática de crimes. Segundo o MP, os policiais ficarão na Diretoria Geral de Pessoal da PM (DGP), conhecida como "geladeira" (leiam).
COMENTO:
Antes elogiados, agora investigados.
A experiência de mais de dez anos na área correcional da Polícia Militar me credencia para dar um palpite:
- Aposto que se for feita uma pesquisa (pela imprensa) sobre cada um desses Policiais Militares envolvidos nesses autos de resistência, ficará evidenciado que vários deles já foram premiados como destaque do mês, exatamente pela participação nas ocorrência que geraram esses autos.
Se a pesquisa envolver todos os PMs envolvidos em autos de resistência no Rio de Janeiro, o resultado será o mesmo, muitos elogiados.
E por que isso ocorre?
Simples, vale a regra tácita "enquanto não der merda, eu seguro".
Matar bandidos, quebrar "cocos", sempre é festejado nos batalhões da PMERJ, isso faz elevar as estatísticas e demonstra a operacionalidade do Comandante.
Matou, não deu merda: palmas, abraços, homenagens, elogios e diplomas.
Matou, deu merda (sujou): é contigo mesmo policial.
Tal regra tácita impera nas unidades operacionais da PMERJ, sendo a catalisadora da tática do "tiro, porrada e bomba" que Beltrame emprega como "política" de segurança pública em mais de 95% das comunidades carentes do Rio de Janeiro, as que não possuem uma UPP, isso há quase 5 anos.
Prezados jornalistas, procurem investigar quantos desses PMs foram elogiados pelas ocorrências relacionadas com esses autos de resistência. Se a PMERJ revelar a verdade, penso que vocês terão uma boa matéria para o jornal de domingo.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

OPERAÇÃO SALÁRIO DIGNO - EU APÓIO!

No Rio, PM e BM são profissões descartáveis, carreiras sem valor remuneratório.

Quem recebe um soldo abaixo do salário mínimo vigente (R$ 545,00) não é um servidor público, um profissional, é um mero voluntário!

Ponderando-se o gasto familiar, o DIEESE estimou o salário mínimo necessário (capaz de atender às necessidades vitais básicas) em R$ 2.297,51 (dois mil, duzentos e noventa e sete reais e cinquenta e um centavos) em Junho de 2011, em conformidade com o artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal de 1988.

Portanto, quem ganha abaixo do supracitado valor recebe um SALÁRIO INDIGNO, ou seja, insuficiente para pagar as despesas básicas de sobrevivência.

Anônimo disse...

Salário mínimo nacional vai a R$ 619,21 em 2012

Com o reajuste de 13,61% do salário mínimo, que irá para praticamente R$ 620 (seiscentos e vinte reais), o soldo dos Militares Estaduais (PMERJ/CBMERJ) ficará ainda mais defasado.

Vamos ver Subtenentes com soldo abaixo do salário mínimo em vigor.

Conforme o artigo 7º, inciso VII, da Constituição Federal e o artigo 92, inciso I, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, O MENOR SOLDO NÃO PODE SER INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO vigente (O SOLDO É O SALÁRIO DO MILITAR).

A PMERJ está sendo apenas um "trampolim" para concursos mais estáveis e bem remunerados. Isso explica a INSEGURANÇA PÚBLICA no Rio de Janeiro.

DINHEIRO PARA DAR AUMENTO SALARIAL, O GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO TEM, E DE SOBRA!

O Rio de Janeiro é o segundo Estado do país em arrecadação e, espantosamente, paga o pior salário do Brasil aos Bombeiros e Policiais Militares.