Eu sou um marinheiro de primeira viagem em termos de campanha eleitoral, sujeito s náuseas e a vômitos. Inclusive vivencie uma realidade esdrúxula na própria campanha, pois ao optar por difundir um projeto corporativo, o “PM vota em PM”, acabei trabalhando contra a minha própria candidatura, considerando a força da “banda podre” da Polícia Militar. Portanto, não posso ditar catédra como analista político, mas não gostaria de deixar de expor a minha posição sobre a relação UPPs e eleições no Rio.
Participei de algumas conversações onde foram discutidas estratégias para enfrentar a única bandeira de campanha do governo Sérgio Cabral (PMDB), as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que com o maciço apoio da mídia foram transformadas na maior invenção humana para vencer a criminalidade que aterroriza o Rio de Janeiro.
Infelizmente, o meu ponto de vista não triunfou, pois como faço no nosso blog, defendi sempre que só a verdade poderia mudar os ventos e a verdade sobre as UPPs é que elas são uma forma inteiramente equivocada em termos de política de segurança pública, pelo simples fato de uma política deve estar voltada para o todo da população e não para pequenos grupos em detrimento da totalidade.
Afirmei sempre: bater forte nas UPPs, derrubar o mito criado, falando a verdade sobre elas.
Preferiram reforçar as UPPs, dizendo que dariam continuidade, assumindo que elas eram a solução, ou seja, compraram o erro, reforçaram a mentira, perderam a eleição.
Obviamente, não perderam só por isso, mas Cabral ganhou só por isso, eis o problema.
Ocupar, recuperar o território e policiar as comunidades carentes sempre foi a solução mais plausível para o controle da criminalidade nos locais, pondo fim a tática, ainda empregada pelo governo Cabral, do tiro, porrada e bomba, que não leva a lugar nenhum.
No nosso blog eu sempre defendi a ocupação e muito antes da primeira UPP ter sido instalada no Dona Marta. Entretanto, sempre existiu um grande obstáculo para ocupar as comunidades:
Como prender os traficantes e prender suas armas, sem expor a população local ao grave risco de morte, em decorrência dos inevitáveis confrontos armados?
Um problema de difícil solução, pois só para começar a fazê-lo teríamos que possuir uma super inteligência, algo que ainda estamos muito longe, como o falso Coronel da SESEG/RJ provou de forma irrefutável.
O governo Cabral não encontrou a solução para o problema, mas encontrou uma alternativa que geraria responsabilidade para todo governo em um país civilizado:
- Permitir a transferência dos traficantes e suas armas de guerra das comunidades a serem ocupadas, para outras comunidades, sem a ocorrência de confrontos.
Eles acabaram com o problema, aumentando a exposição ao risco de morte da população que reside em áreas não “pacificadas” pelas UPPs.
Os resultados estão aí, ninguém mais tem dúvida.
Perdemos as eleições para uma “fraude”, que poderia ser desmascarada completamente e com tamanha facilidade. Isso sem falar na possibilidade de ouvir os PMs do interior que estão sendo massacrados nas UPPs e que dariam depoimento sem exposição da identidade, como fizeram para a TV Record, após as eleições.
As UPPs estariam destruídas na campanha eleitoral e os resultados seriam muito diferentes. Além disso, muito mais importante, o povo estaria mais protegido e não entregue a própria sorte como estamos no Rio de Janeiro, onde os fuzis brotam na nossa cara em qualquer rua, em qualquer horário.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Participei de algumas conversações onde foram discutidas estratégias para enfrentar a única bandeira de campanha do governo Sérgio Cabral (PMDB), as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que com o maciço apoio da mídia foram transformadas na maior invenção humana para vencer a criminalidade que aterroriza o Rio de Janeiro.
Infelizmente, o meu ponto de vista não triunfou, pois como faço no nosso blog, defendi sempre que só a verdade poderia mudar os ventos e a verdade sobre as UPPs é que elas são uma forma inteiramente equivocada em termos de política de segurança pública, pelo simples fato de uma política deve estar voltada para o todo da população e não para pequenos grupos em detrimento da totalidade.
Afirmei sempre: bater forte nas UPPs, derrubar o mito criado, falando a verdade sobre elas.
Preferiram reforçar as UPPs, dizendo que dariam continuidade, assumindo que elas eram a solução, ou seja, compraram o erro, reforçaram a mentira, perderam a eleição.
Obviamente, não perderam só por isso, mas Cabral ganhou só por isso, eis o problema.
Ocupar, recuperar o território e policiar as comunidades carentes sempre foi a solução mais plausível para o controle da criminalidade nos locais, pondo fim a tática, ainda empregada pelo governo Cabral, do tiro, porrada e bomba, que não leva a lugar nenhum.
No nosso blog eu sempre defendi a ocupação e muito antes da primeira UPP ter sido instalada no Dona Marta. Entretanto, sempre existiu um grande obstáculo para ocupar as comunidades:
Como prender os traficantes e prender suas armas, sem expor a população local ao grave risco de morte, em decorrência dos inevitáveis confrontos armados?
Um problema de difícil solução, pois só para começar a fazê-lo teríamos que possuir uma super inteligência, algo que ainda estamos muito longe, como o falso Coronel da SESEG/RJ provou de forma irrefutável.
O governo Cabral não encontrou a solução para o problema, mas encontrou uma alternativa que geraria responsabilidade para todo governo em um país civilizado:
- Permitir a transferência dos traficantes e suas armas de guerra das comunidades a serem ocupadas, para outras comunidades, sem a ocorrência de confrontos.
Eles acabaram com o problema, aumentando a exposição ao risco de morte da população que reside em áreas não “pacificadas” pelas UPPs.
Os resultados estão aí, ninguém mais tem dúvida.
Perdemos as eleições para uma “fraude”, que poderia ser desmascarada completamente e com tamanha facilidade. Isso sem falar na possibilidade de ouvir os PMs do interior que estão sendo massacrados nas UPPs e que dariam depoimento sem exposição da identidade, como fizeram para a TV Record, após as eleições.
As UPPs estariam destruídas na campanha eleitoral e os resultados seriam muito diferentes. Além disso, muito mais importante, o povo estaria mais protegido e não entregue a própria sorte como estamos no Rio de Janeiro, onde os fuzis brotam na nossa cara em qualquer rua, em qualquer horário.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
2 comentários:
http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/post.asp?t=cabo-de-cabine-da-pm-roubado-em-servico-na-praia-de-botafogo&cod_Post=231792&a=443
talvez se esse vídeo fosse mostrado em alguma propaganda política talvez acabaria com esse mito das UPPs
Pura verdade coronel, caso REAL das upps, são as escalas diversas que existem entre as mesmas, uma upp tem escala 12x48, outras 24x72 , e a PRIMEIRA A SER INAUGURADA E A ÚNICA COM UMA ESCALA DESUMANA DE 12X24 12X48 , PMS DO INTERIOR DA UPP SANTA MARTA QUE SÃO 70% DO EFETIVO, PERDEM SUAS FOLGAS NAS VIAGENS DE IDA E VOLTA DO TRABALHO E A COMANDANTE DESSA UPP NÃO MUDA A ESCALA POR QUE ESSA DESIGUALDADE DE UMA E OUTRA E NÃO UMA HEGEMONIA NAS UPPS.... TRISTE SINA DE UMA POLICIA SEM PLANEJAMENTO E SEM IDEAIS...
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