BLOG DO REINALDO AZEVEDO
E se Cabral tentasse agora prender bandidos para ver o que acontece?
Leiam primeiro o post abaixo
Eu gosto que lembrem o que escreve e gosto de lembrar também. É uma questão de honestidade com os leitores. Afinal, construímos juntos este troço aqui. Pois é. A bandidagem anda inquieta no Rio. Sérgio Cabral, o maior marqueteiro do país depois de Lula, atribui a explosão de violência ao sucesso de sua política de segurança. É um raciocínio interessante. No dia em que ele for 100% eficaz, então o Rio vira uma praça de guerra. Peço licença para relembrar o que escrevi no dia 15 de outubro. Volto depois.
*Eu gosto que lembrem o que escreve e gosto de lembrar também. É uma questão de honestidade com os leitores. Afinal, construímos juntos este troço aqui. Pois é. A bandidagem anda inquieta no Rio. Sérgio Cabral, o maior marqueteiro do país depois de Lula, atribui a explosão de violência ao sucesso de sua política de segurança. É um raciocínio interessante. No dia em que ele for 100% eficaz, então o Rio vira uma praça de guerra. Peço licença para relembrar o que escrevi no dia 15 de outubro. Volto depois.
Aplaudam quantos quiserem, e eu continuarei a chamar de mistificação. A polícia do Rio de Janeiro ocupou ontem o chamado Morro dos Macacos, no Rio, onde um helicóptero foi derrubado por traficantes no ano passado. Marketing da polícia: instalou-se a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) sem um único tiro! Uau! A bandidagem também fica grata e pacificada!
O que terá acontecido? Assinale a alternativa correta:
a - ( ) os bandidos se converteram em trabalhadores honestos;
b - ( ) foram aterrorizar a população em outro morro;
c - ( ) fizeram um acordo de cavalheiros com a polícia.
Essa política de segurança do governador Sérgio Cabral (PMDB), que Dilma Rousseff considera modelo e que seduz tanta gente na imprensa, especialmente a carioca, é uma piada! Ontem, José Mariano Beltrame, secretário de Segurança, concedeu uma entrevista, que vi no Jornal da Globo. Segundo o valente, o objetivo principal dessa política é recuperar território, não prender malfeitores. Ah, bom! Agora está explicado!
Digamos que tenha acontecido a alternativa “b”, não a “c” (embora eu não esteja bem certo disso): há de se supor que Cabral pretenda “libertar” todas as áreas da cidade, acabando com o domínio do narcotráfico por ali, certo?. Certo! Mas sem prender ninguém! Assim, entendemos que os criminosos não estarão nos morros do Rio, mas também não estarão nas cadeias. Logo, se o governador for 100% eficiente em sua obra, os outros estados que se cuidem porque ele estará exportando seus maus rapazes para outras unidades da federação: “O Rio não dá! Vamos para outros estados”.
Cabral é esperto: ele “pacifica”, ganha manchetes positivas e não tem o trabalho de manter presos em cadeias, o que é sempre difícil de administrar e caro. Alguns números explicam certas coisas.
Em dezembro de 2009, a população carcerária no país era de 474.626 pessoas. Do total, nada menos de 34.6% estavam em São Paulo, que tem apenas 22% da população. Será que o estado tem mais pilantras do que os outros ou prende demais? Não! Tem uma polícia e uma segurança mais eficientes. O Rio vinha em quinto lugar, com menos presos do que Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. São 399,79 os presos por 100 mil habitantes em São Paulo, contra apenas 166,56 no Rio.
Agora vejam que interessante: no Mapa da Violência, com dados de 2007, São Paulo estava em 25º lugar (antepenúltimo) nos estados com o maior número de homicídios (15 por 100 mil - já baixou para quase 10); o Rio estava em quarto: 45 por 100 mil; a média brasileira é 26 por 100 mil. Não é que mais bandidos na cadeia significa menos cadáveres nas ruas? Incrível!!!
Fico feliz pelas áreas pacificadas - na hipótese de não ter havido apenas uma pacificação com o crime, não sem ele. Mas chegou a hora de Cabral começar a prender os marginais. Ou, então, que ele nos apresente essas almas pias, convertidas ao bom-mocismo. Se não o fizer, no dia em que ele pacificar todo o Rio de Janeiro, terá passado seus malfeitores para seus colegas governadores.
Tudo bem… Eu sei que vêm Olimpíada, Copa do Mundo, o diabo a quatro, e esse papo de polícia pacificadora faz parte desse grande marketing do nosso bundalelê cordial. Mas respeitem minimamente a inteligência de quem lida com a lógica e sabe fazer conta. Quero saber onde estão os traficantes das áreas que a polícia de Cabral ocupou. Sem eles, aconteceu, na verdade, uma de duas coisas: ou acordo ou mera transferência de base de operação.
Se o governador ou o secretário Beltrame tiverem alternativas novas, cartas para o blog.
Voltei
Pois é… Algo ficou fora do arranjo de Cabral. Já se sabe, a esta altura, que o tráfico segue fazendo o seu “trabalho” nos morros onde estão instaladas as UPPs. O que mudou? A bandidagem não desfila mais com revólveres e fuzis nas mãos, e o narcotráfico não promove mais seus megabailes funk. É para mostrar à comunidade que “algo” mudou. “Pacificado”, o tráfico se tornou mais discreto. Vende menos, mas também emprega menos mão-de-obra, já que não precisa mais temer as incertas da polícia. Afinal, ela já está ali. Consta que a lucratividade aumentou. Tudo se tornou muito urbano, muito civil, muito, assim, “cidadão”!!! O tráfico, finalmente, adquire consciência social, entenderam? O tráfico quer ser respeitado! Ainda fornecerá seus personagens às colunas sociais, como o bicho nos anos 80. Brizola “domou”, à sua maneira, os bicheiros; Cabral, os narcotraficantes.
Pois bem… Houve termo que ficou fora da equação. Ninguém se espantou quando Cabral avançava levando a sua “paz” sem prender ninguém, certo? Só o Tio Rei aqui. Até pedi em outro texto que Cabral apresentasse ao público seus “convertidos” à legalidade. Eles não apareceram. Quem é essa gente que está aterrorizando a população do Rio? Será mesmo coisa do Comando Vermelho, que estaria sendo afrontado pelas UPPs? Huuummm… E se forem pessoas “desempregadas” pelo crime organizado, os pés de chinelo do tráfico, de que os chefões não precisam mais?
Bandidos desocupados e soltos logo arrumam o que fazer, não é mesmo? Eu tendo a achar que seria conveniente que Cabral começasse a prender os bandidos do Rio. Quem sabe a situação melhore…
Por Reinaldo Azevedo
O que terá acontecido? Assinale a alternativa correta:
a - ( ) os bandidos se converteram em trabalhadores honestos;
b - ( ) foram aterrorizar a população em outro morro;
c - ( ) fizeram um acordo de cavalheiros com a polícia.
Essa política de segurança do governador Sérgio Cabral (PMDB), que Dilma Rousseff considera modelo e que seduz tanta gente na imprensa, especialmente a carioca, é uma piada! Ontem, José Mariano Beltrame, secretário de Segurança, concedeu uma entrevista, que vi no Jornal da Globo. Segundo o valente, o objetivo principal dessa política é recuperar território, não prender malfeitores. Ah, bom! Agora está explicado!
Digamos que tenha acontecido a alternativa “b”, não a “c” (embora eu não esteja bem certo disso): há de se supor que Cabral pretenda “libertar” todas as áreas da cidade, acabando com o domínio do narcotráfico por ali, certo?. Certo! Mas sem prender ninguém! Assim, entendemos que os criminosos não estarão nos morros do Rio, mas também não estarão nas cadeias. Logo, se o governador for 100% eficiente em sua obra, os outros estados que se cuidem porque ele estará exportando seus maus rapazes para outras unidades da federação: “O Rio não dá! Vamos para outros estados”.
Cabral é esperto: ele “pacifica”, ganha manchetes positivas e não tem o trabalho de manter presos em cadeias, o que é sempre difícil de administrar e caro. Alguns números explicam certas coisas.
Em dezembro de 2009, a população carcerária no país era de 474.626 pessoas. Do total, nada menos de 34.6% estavam em São Paulo, que tem apenas 22% da população. Será que o estado tem mais pilantras do que os outros ou prende demais? Não! Tem uma polícia e uma segurança mais eficientes. O Rio vinha em quinto lugar, com menos presos do que Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. São 399,79 os presos por 100 mil habitantes em São Paulo, contra apenas 166,56 no Rio.
Agora vejam que interessante: no Mapa da Violência, com dados de 2007, São Paulo estava em 25º lugar (antepenúltimo) nos estados com o maior número de homicídios (15 por 100 mil - já baixou para quase 10); o Rio estava em quarto: 45 por 100 mil; a média brasileira é 26 por 100 mil. Não é que mais bandidos na cadeia significa menos cadáveres nas ruas? Incrível!!!
Fico feliz pelas áreas pacificadas - na hipótese de não ter havido apenas uma pacificação com o crime, não sem ele. Mas chegou a hora de Cabral começar a prender os marginais. Ou, então, que ele nos apresente essas almas pias, convertidas ao bom-mocismo. Se não o fizer, no dia em que ele pacificar todo o Rio de Janeiro, terá passado seus malfeitores para seus colegas governadores.
Tudo bem… Eu sei que vêm Olimpíada, Copa do Mundo, o diabo a quatro, e esse papo de polícia pacificadora faz parte desse grande marketing do nosso bundalelê cordial. Mas respeitem minimamente a inteligência de quem lida com a lógica e sabe fazer conta. Quero saber onde estão os traficantes das áreas que a polícia de Cabral ocupou. Sem eles, aconteceu, na verdade, uma de duas coisas: ou acordo ou mera transferência de base de operação.
Se o governador ou o secretário Beltrame tiverem alternativas novas, cartas para o blog.
Voltei
Pois é… Algo ficou fora do arranjo de Cabral. Já se sabe, a esta altura, que o tráfico segue fazendo o seu “trabalho” nos morros onde estão instaladas as UPPs. O que mudou? A bandidagem não desfila mais com revólveres e fuzis nas mãos, e o narcotráfico não promove mais seus megabailes funk. É para mostrar à comunidade que “algo” mudou. “Pacificado”, o tráfico se tornou mais discreto. Vende menos, mas também emprega menos mão-de-obra, já que não precisa mais temer as incertas da polícia. Afinal, ela já está ali. Consta que a lucratividade aumentou. Tudo se tornou muito urbano, muito civil, muito, assim, “cidadão”!!! O tráfico, finalmente, adquire consciência social, entenderam? O tráfico quer ser respeitado! Ainda fornecerá seus personagens às colunas sociais, como o bicho nos anos 80. Brizola “domou”, à sua maneira, os bicheiros; Cabral, os narcotraficantes.
Pois bem… Houve termo que ficou fora da equação. Ninguém se espantou quando Cabral avançava levando a sua “paz” sem prender ninguém, certo? Só o Tio Rei aqui. Até pedi em outro texto que Cabral apresentasse ao público seus “convertidos” à legalidade. Eles não apareceram. Quem é essa gente que está aterrorizando a população do Rio? Será mesmo coisa do Comando Vermelho, que estaria sendo afrontado pelas UPPs? Huuummm… E se forem pessoas “desempregadas” pelo crime organizado, os pés de chinelo do tráfico, de que os chefões não precisam mais?
Bandidos desocupados e soltos logo arrumam o que fazer, não é mesmo? Eu tendo a achar que seria conveniente que Cabral começasse a prender os bandidos do Rio. Quem sabe a situação melhore…
Por Reinaldo Azevedo
COMENTO:
Muito bom.
O governo Sérgio Cabral apenas transferiu traficantes de drogas com suas armas de guerra da Zona Sul para as regiões menos nobres do Rio, uma tática elitista e uma verdadeira covardia com a população "menos nobre".
Parabéns pelo artigo.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Muito bom.
O governo Sérgio Cabral apenas transferiu traficantes de drogas com suas armas de guerra da Zona Sul para as regiões menos nobres do Rio, uma tática elitista e uma verdadeira covardia com a população "menos nobre".
Parabéns pelo artigo.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Um comentário:
Estamos em guerra urbana, e ela esta declarada, o cristo redentor chora lágrimas de sangue em cima do corcovado, enquanto isso nossa sociedade hipócrita repudia, fazendo marchinha pedindo paz, essa mesma sociedade tem que repudiar esses corruptos que destrói milhares de vidas com uma assinatura, imagine se todos os milhões de reais desviados pela corrupção fossem investidos em segurança, saúde, educação e infra-estrutura, nossas fronteiras estão abertas, estamos na rota do trafego, e o senhor da guerra já visitou Copacabana e subiu os morros cariocas oferecendo para comunidade policia pacificadora, vivemos em um país democrático mais mesmo assim temos obrigações, se todos os presos brasileiros fossem obrigados a votar, nosso sistema carcerário viraria condomínio de luxo, no jeito que a coisa anda, logo estaremos enriquecendo urânio, desmatando a Amazônia para plantar maconha, porque no Brasil os ricos e corruptos quando são julgados fazem trabalhos comunitários e nos brancos, negros, pobres e assalariados, somos condenados antes de ser julgado, exilados a zonas periféricas.
www.terceiromundo.spaceblog.com.br
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