sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CIDADÃO BRASILEIRO, LEIA COM ATENÇÃO, UM COMPLETO ABSURDO.

A NEGOCIATA COM OS RAFALES: EIS O GRANDE ESCÂNDALO - Reinaldo Azevedo
Do Blog do Reinaldo Azevedo na Veja.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010 14:59
Não fosse essa espécie de abdução coletiva a que estamos todos submetidos, com “O Cara” deitando e rolando sobre as instituições — e a moralidade pública — , o caso dos caças Rafale seria tratado como aquilo que é:
UM ESCÂNDALO, talvez o maior do governo Lula.
Não é assim porque eu quero. É assim porque é.
A Índia abriu uma concorrência internacional para a compra — ATENÇÃO!!! — de 126 caças.
Valor que se dispõe a pagar a Força Aérea Indiana: US$ 10 bilhões.
Seis modelos participaram da primeira rodada de seleção: os americanos F 18 e F 16, o Eurofighter Typhoon, o russo MiG 35, o sueco Gripen NG e o Rafale.
Só um caça foi descartado no começo da disputa: o Rafale.
Justificativa: não cumpria os requisitos mínimos de desempenho técnico exigidos pela Força Aérea Indiana.
Como vocês sabem, o Rafale é o caça que Lula decidiu comprar ao arrepio da recomendação da Aeronáutica, que é quem entende da área no Brasil.
Lula, o Homem com o Isopor na Cabeça, é especialista em outros assuntos.
Muitos indagarão:
“Mas o escândalo está em ter a Força Aérea da Índia rejeitado o Rafale, que Lula quer comprar?”
Não! Já contei onde está. É que a abdução em curso está nos impedindo de ver as coisas com a rapidez necessária.
Já chego lá. Antes, algumas outras considerações.
Ah, sim: depois de ler este post, você pode obter mais detalhes na concorrência indiana no site India Defence. Sigamos.
Enquanto o Rafale esteve na concorrência, Nicolas Sarkozy, o camelô de aviões e marido de Carla Bruni, fez o mesmíssimo lobby que vem fazendo no Brasil.
A diferença é que, na Índia, a avaliação é realmente técnica.
Por lá, não basta apenas adular o imperador absolutista, dispensar-lhe rapapés, elegê-lo “o homem do ano”, para embolsar alguns bilhões.
Desde o começo da concorrência, informam os sites indianos que trataram do assunto, o Rafale era considerado a pior alternativa entre — atenção! — SETE MODELOS.
A chamada grande imprensa, que a canalha petralha acusa de ser “antigovernista” (podem rolar de rir), se interessou pelo assunto?
Que eu tenha achado, só o Estadão Online publicou um despacho da Reuters no dia 16 de abril de ano passado.
Depois o assunto sumiu.
Como vocês sabem, a Força Aérea Brasileira também não quer o Rafale.
Entre os três caças que avaliou, preferiu o sueco Gripen NG.
Em segundo lugar, ficou o F-18. Em último, o avião francês.
Como reagiu o governo do Homem do Ano do Le Monde?
Considerou a hipótese de punir o que chamou de “vazamento” do relatório.
Onde já se viu a Aeronáutica ficar se metendo com caças?
Celso Amorim, um gigante da filosofia, ainda maior por dentro do que por fora, deu-se a especulações metafísicas:
“Às vezes, o barato sai caro”.
Samuel Pinheiro Guimarães, o chefe da banda antiamericana do governo e da Sealopra, indagou se a gente compra um carro só pensando no preço…
A mediocridade dessa gente é espantosa, especialmente quando tenta mimetizar Lula nas suas filosofadas e metáforas.
O que, nele, aspira a um saber popular revela-se pelo que é na boca dos doutores: BOÇALIDADE PURA E SIMPLES.
E o escândalo, além do fato de que Lula anunciou o vitorioso quando a avaliação estava em curso???
Vamos lá. A Dassault, que fabrica os Rafales, se ofereceu para vender 126 caças à Índia por US$ 10 bilhões.
Preço médio de cada avião: US$ 79.365.079,36.
O Brasil está disposto a pagar R$ 10 bilhões por 36 aviões — ou US$ 5.681.818.181.
Dividindo-se esse valor em dólar pelo número de aparelhos, chega-se ao custo unitário: US$ 157.828.282,82.
Cada Rafale para o Brasil custa quase o que o dobro do que custaria para a Índia.
Atenção:
ESTAMOS FALANDO DO MESMO MODELO DE AVIÃO E DE CONCORRÊNCIAS FEITAS AO MESMO TEMPO.
Agora entendo o que o sr. Samuel Pinheiro Guimarães quer dizer quando afirma que a gente não compra um carro só pelo preço.
No caso, parece que se compra também para agradar o fornecedor, não é mesmo?
Que, sei lá, se não tiver o coração tão duro quanto o do faraó, dá ao menos um chaveiro de presente ao comprador.
Já quanto a Amorim, o que pensar?
Nem uma antítese tornada um clichê popular resiste a este monumento, logo involuindo para a tautologia: O CARO SAI CARO!
É incrível que um dos maiores negócios do governo Lula, com jeito, história e números de negociata, se faça sob o silêncio cúmplice de boa parte da imprensa e, como não poderia deixar de ser, da oposição.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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