quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

RIO DE JANEIRO: UMA GESTÃO EQUIVOCADA E COM AS CALÇAS NA MÃO.

A palavra modernidade pode ser considerada como uma recorrência no discurso do governo Sérgio Cabral, pelo menos como uma tentativa de mudar o modelo de gestão.
A própria Polícia Militar experimenta uma administração feita por Coronéis muito modernos, os quais deveriam emprestar uma nova forma de gestão. Cabral promoveu essa situação quando abreviou a carreira de Coronéis mais antigos, interrompendo o exercício de direitos desses Oficiais e apostando nos seus aliados.
Sinceramente, apostou mal.
Cabral usa e abusa das terceirizações, não importa o quanto sejam mais caras, como no caso da terceirização da frota da Polícia Militar, contrato celebrado com uma empresa de São Paulo.
As UPAs são o corolário dos aluguéis, segundo a mídia noticia.
No início do governo, a Polícia Militar foi invadida por uma firma de auditoria de Minas Gerais, se a memória não estiver me traindo, que realizou uma série interminável de entrevistas para preencher os seus inúmeros formulários.
Isso iria mudar a gestão, economizar esforços e dinheiro.
Não posso (não conheço) e nem quero avaliar o trabalho dessa firma, como não avalio o da Empresa Júlio Simões (viaturas), porém não posso deixar de citar fatos:
1. O contrato de terceirização realmente é muito caro, como afirmou o Coronel de Polícia Samuel, quando era Chefe do Estado Maior.
A Polícia Militar adquiriu viaturas com equipamento para utilização de gás e até hoje essa utilização é precariamente aproveitada.
Como explicar essa falta de planejamento?
Por favor, visão de futuro, não.
Logo os 30 meses de contrato findarão e as viaturas não estarão utilizando na sua totalidade o gás.
Aliás, se o contrato não for renovado, o que acontecerá?
Cidadão, imagine se o próximo governador considerar caríssima essa terceirização, o que ocorrerá?
Essa não é uma política de estado, aprovada por todos, portanto, sendo uma política de governo, pode ser para um e não ser para o outro.
Quem ficará na sinuca de bico será a Polícia Militar.
2. Os benefícios natalinos para alguns servidores públicos também revelam uma gestão totalmente incompreensível. As duas instituições militares estaduais - Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar - agiram de forma inteiramente diversa, embora sejam ambas subordinadas à Sérgio Cabral. A Polícia Militar inovou e deu uma cesta de Natal composta (só) por frios e não informou publicamnte quanto custou cada cesta. Além disso, só deu as cestas para os ativos, deixando inativos e pensionistas no ostracismo, como se não importassem mais para a Instituição. O Corpo de Bombeiro Militar deu um cartão Green Card no valor de R$ 90,00 para cada ativo e inativo comprarem os alimentos que preferissem, segundo informações que recebi. Sendo verdade, como explicar essa disparidade de tratamento entre Policiais e Bombeiros Militares, tendoe m vista que ambos ganham o mesmo salário miserável?
Não posso considerar esses fatos como avanços.
Como formas modernas de gestão.
Muito pelo contrário, parecem erros grosseiros e primários.
A modernidade no governo Sérgio Cabral é sinônimo de erros e de atrasos, o que é lamentável, considerando que o aprimoramento da gestão é indispensável para que o serviço público atenta aos seus objetivos primordiais como a universalidade, a economicidade e a eficácia.
Urge que a Polícia Militar se estruture para uma possível interrupção do contrato de terceirização das viaturas, para não ser pega com as "calças na mão"...
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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